quarta-feira, 31 de agosto de 2016

ELEIÇÕES: UM POUCO MAIS DE FORMAÇÃO POLÍTICA - 3

Separar o bom do ruim:

É fundamental saber separar quem é quem na hora de votar. Para não ser enganado, a melhor coisa é:
·        Não ficar sozinho. Forme um grupo com seus amigos, vizinhos e, juntos, procurem conhecer o passado de cada candidato.
·        Verificar suas propostas
·        Ver se o candidato realmente merece seu voto. É aquela velha história: “Diz-me com quem andas e te direi quem és“

Tipos de eleitor:

Eleitor que vota pela tradição: Há tradições, mas há outras que são atraso e fator de empobrecimento. Votar só pela tradição é argumento fraco. Será que a situação de hoje é a mesma do passado?

Eleitor que vota no mais forte: Há pessoas que votam em candidatos mais fortes e poderosos e que estão gastando muito dinheiro com propaganda. Tais candidatos podem ser “testas de ferro” para defender os interesses de grupos privilegiados e que querem manter-se sempre no poder.

Eleitor que vota na aparência: Muitas pessoas se enganam com a aparência do candidato. O que vale mais: o papel que embrulha o presente ou o conteúdo? Um critério importante é verificar se as propostas são de fato exequíveis.

Eleitor que anula o voto ou vota em branco: Isto contribui para manter as coisas como estão. É preciso não abrir mão do direito de votar a fim de mudar para melhor ou evitar males maiores.

Eleitor que aceitam a conversa de cabos eleitorais: Muitos votam pela conversa bonita dos cabos eleitorais e por aquilo que dizem os meios de comunicação.

Eleitor consciente: é aquele que valoriza o voto. É preciso analisar, refletir sobre o passado e o presente e acreditar num futuro melhor. Depois das eleições é necessário acompanhar os eleitos.

Tipos de político:

Político Profissional: É aquele que há muito tempo está no poder e quase nada faz de concreto para o bem comum.

Político Interesseiro: É aquele que trabalha para o seu próprio proveito, tendo em vista as próximas eleições e não o bem comum.

Político exibicionista: É o gastador de recursos públicos para a sua autopromoção. Está comprometido com os grandes grupos econômicos.

Político “engomadinho”: É aquele que fala bonito, se apresenta bem, mas não tem conteúdo e nem propostas sérias.

Político de promessa: É aquele que somente se lembra do povo na época das eleições e que abusa dos meios de comunicação com propagandas enganosas.

Político sem identidade: É aquele que muda de partido conforme as suas conveniências, não é comprometido com os anseios do povo. É conhecido também como “camaleão”, pois muda de acordo com o que mais lhe convém.

Político ideal: É aquele que tem proposta política viável, defende a vida, os direitos humanos, é preocupado com os empobrecidos e luta pelo bem comum.

Pensamentos que devemos evitar:
“Vou votar em quem está na frente, porque não quero perder o meu voto”.
“Ele rouba, mas faz!”.
“Política e religião não se misturam!”.
“Política não se discute!”.
“Políticos são todos farinha do mesmo saco!”.

Assim, devemos votar em quem...
·        Defenda uma sociedade que tenha a pessoa humana como valor central, tenha uma prática política passada e presente de defesa das causas populares e do bem comum.
·        Pertença a um Partido Político com plano de governo bem elaborado, que se proponha a resgatar a nossa cidadania, e a melhorar nossa sociedade.
·        Seja honesto e que suas propostas atendam ao que esperamos para a sociedade.
·        Não faça promessas miraculosas, nem gaste muito dinheiro em campanha.
·        Não ofereça presentes ou favores pessoais para conquistar o nosso voto

Concluindo: Democracia não é feita só de eleições

Não devemos reduzir a democracia só às eleições, deixando que os eleitos tudo resolvam durante o seu mandato. Ao contrário, uma verdadeira democratização da sociedade requer que os cidadãos sejam corresponsáveis pela gestão dos bens públicos (escolas, postos de saúde, orçamento municipal) e assumam a tarefa de orientar e vigiar a administração pública por meio de conselhos paritários, previstos na lei ou que podem ser criados para garantir transparência ao serviço público e a participação do maior número possível dos cidadãos.


(Este texto foi preparado com base na Cartilha Política da Diocese de São José dos Campos nos anos 90)

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