terça-feira, 2 de agosto de 2016

A FUNÇÃO SOCIAL DO ESPORTE DE ALTO RENDIMENTO


As Olimpíadas estão às nossas portas... Badalações, babações, reclamações, promessas não cumpridas, desculpas, desculpas, diagnósticos e prognósticos... Assuntos para especialistas... E haja especialistas...

Gostaríamos de dar uma palhinha, focando um tema que pode servir de reflexão para o pós-olimpíada: a função social do esporte de alto rendimento, título dessa postagem.

Diferentemente das olimpíadas dos tempos antigos que era mais uma festa esportiva que cultuava os deuses e também a saúde física, as olimpíadas nos tempos modernos evoluiu para privilegiar os limites físicos do ser humano e a grande motivação acabou sendo a quebra dos recordes. A simples participação acaba ficando em segundo plano

Mesmo assim ela exerce um fascínio sobre a população jovem e essa é a sua função social: transformação em motivação para a juventude no sentido de também buscar no esporte os patamares mais altos. As crianças, os adolescentes e os jovens precisam modelos, precisam de parâmetros, precisam de regras, precisam de metas, precisam de visão, precisam de horizontes, precisam de disciplina. Buscar a superação, os limites, os recordes, resumem tudo isso.

Porem, essas ideias devem chegar às escolas, aos colégios, às universidades, às periferias, Como? Através de políticas publicas, de participação política, de luta coordenada dos movimentos sociais sem partidos (ou compartidos sérios e comprometidos com o bem comum).

No Brasil há muitos problemas ( e o espaço é pequeno para enumerá-los). Nos bastidores já há a manifesta preocupação com o pós-olimpiada. Como aconteceu com a Copa de 2014, tudo piorou e todo aquele entusiasmo com os “ganhos sociais” do evento foi substituído por uma grande decepção (do tamanho dos 7x1 para Alemanha).

Atletas com patrocínio público e/ou privado, Os centros especializados, a não banalização da prática esportiva escolar, o maior celeiro de atletas no mundo inteiro, vão ficar apenas nos sonhos.

Cidades que menosprezam o esporte de alto rendimento não tem como incentivar a prática esportiva  entre as crianças, adolescentes e jovens, simplesmente porque não há modelos. Os projetos para retirá-los das ruas ficam prejudicados

O custo do patrocínio ao esporte de alto rendimento pode ser grande, mas incomparável aos ganhos com os investimentos econômicos e a agregação de valores sociais inerentes à retirada das crianças das ruas, à proteção delas das drogas, da minização da violência e do fim do luto nas famílias.

Em tempos de campanha política esse deve ser um assunto recorrente: O ganho social das olimpíadas.... E do esporte de alto rendimento... Mas esse não é um país sério!



Imagem: Google

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