A família mudou muito! E como mudou! Mas...
deixo para os entendidos as elucubrações semânticas e conceituais a respeito.
Tenho minhas críticas a sobre a família de
hoje.
Não adianta tentar voltar ao passado quando a
família tinha uma estrutura diferente, certinha. Havia pátriopoder, o pai
provedor. A mãe que dominava o ambiente, colocava no colo, dava ordens uma
única vez e os seus olhos, ou a sua
maneira de olhar dizia tudo. Só os pais iam às compras e eles sabiam o que os
filhos poderiam usar ou não. A mãe dava as ordens e o pai apenas referendava.
Essa harmonia e essa estrutura forjavam o caráter, fundava a ética e a moral e
modelava pessoas coerentes e equilibradas.
Hoje não é mais assim. O mundo é outro,
veloz, imediatista, consumista, artificial. Família não é mais um conjunto
harmonioso; é um aglomerado de pessoas individuais e individualistas; cada um
por si e Deus por todos...
Ainda há famílias numerosas, Mas quase a
totalidade é pequena e os seus agregados, a babá humana e a eletrônica. E aí é
comum assistirmos “birras” homéricas em shoppings. As crianças cresceram mais
em direitos que em deveres. E algumas (ou muitas) se acham donas do mundo.
Os meus conceitos me levam a crer que a
família vai além dos laços de sangue, abrange os laços afetivos e efetivos de
amizade. De nada adianta uma família numerosa se seus integrantes não se falam.
Primos, sobrinhos, netos, bisnetos, agem como estranhos, Nem ao menos se
utilizam dos abundantes meios de comunicação para dar um “alô”, um recado, ou
um lembrete.
Penso que a família seja atenção mútua,
contatos constantes, não distanciamentos. Tenho amigos que estão mais próximos
de mim que os meus parentes. Dou valor às pessoas que sabem captar a
importância da amizade e preocupam-se em não perdê-la.
Os parentes (consangüíneos) são definitivos.
Nem por isso não podemos deixar de fazer a amizade falar mais alto.
Família p’ra mim é isso: parentes ou não, de
longe ou perto, é presença constante na nossa vida.
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