"O amor é isso: Não prende, não aperta, não sufoca. Porque quando vira nó, já deixou de ser laço". Mário Quintana
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
HUMANIZAR-SE
“Hoje, sorria
para um desconhecido. Esta poderá ser a única alegria que ele terá neste dia...”
Esta
é uma frase que tem circulado nas redes sociais, frase atribuída ao Papa
Francisco. Em minha opinião traduz um pedido e uma preocupação do Pontífice com
a excessiva desumanização que está ocorrendo no mundo de hoje.
Há
um grande movimento para se viver, especialmente consumir. A tecnologia está
presente na vida das pessoas, facilitando-lhes a vida. Ao facilitar a vida das
pessoas, a tecnologia as torna suas reféns. É por isso que percebemos em todos
os lugares muita gente com um equipamento nas mãos, conectadas aos seus
ouvidos. Gente que olha fixamente para a tela desses aparelhos, mas que permanecem
desconectadas ao que está acontecendo ao seu redor.
Conexão
e desconexão. Conexão com o mundo virtual, isolamento, fechamento, cabeça
baixa, redoma de vidro. Desconexão com o mundo real, desumanização. Volta à
barbárie.
Para
sorrir, para cumprimentar alguém, é necessário levantar a cabeça, religar-se,
encarar o outro olho no olho. Humanizar-se é comunicar-se, criar laços, estar
disponível, romper o isolacionismo tecnológico.
Humanizar-se
é estar pronto para dirigir uma palavra amiga. Desejar um “bom dia”... Um “bom
trabalho”... Um “ que Deus o abençoe e o guarde”... Um “seja feliz sempre”...
Um “que bom revê-lo ou revê-la”...
Sorrir
é o melhor presente que uma pessoa pode oferecer à outra. É gratuito e vem do
coração humano. Por isso sorrir é humanizar-se!
E o
mais importante de tudo é que qualquer gesto de bondade, de humanidade, de
altruísmo, volta na mesma intensidade. Com o passar do tempo esse retorno
dobra. A pessoa se torna muito mais feliz e quase não se dá conta que foi a
partir de pequenos gestos que a construção da felicidade começou.
É bem
diferente do que vai acontecer com as pessoas centradas em si mesmas, fechadas
em seu mundo, cabisbaixas, tristes, chatas, arrogantes, metidas, senhoras de
seus destinos simplesmente porque estão dotadas de tecnologia, plugadas no
mundo virtual, mas irremediavelmente solitárias.
Que
pena!
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
UM CORAÇÃO CARIDOSO
A
caridade é o mais profundo sentimento de amor. Amor-caridade são sinônimos de
“Ágape”, o amor levado às últimas consequências, isto é, a doação total e
completa de uma pessoa à outra.
Para
falar de um coração caridoso não tem como fugir. As melhores definições estão
na Bíblia. Foi o próprio Jesus Cristo que ensinou “Amai-os uns aos outros como
eu vos amei” (Jô 13,34). E amou a humanidade dando a vida, morrendo, o “Ágape
Perfeito”. É difícil hoje em dia alguém morrer pelo outro. Mas essa idéia está muito próxima da doação de
todos os dons pela pessoa amada.
Outra
definição Bíblica é a de São Paulo, na Primeira Carta aos Coríntios, Capítulo
13, versículos...
1 Ainda que eu falasse as línguas dos
homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o
címbalo que retine. 2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos
os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que
transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. 3 E ainda que
distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que
entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me
aproveitaria. 4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não
se vangloria, não se ensoberbece, 5 não se porta inconvenientemente, não busca
os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; 6 não se regozija
com a injustiça, mas se regozija com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê, tudo
espera, tudo suporta. 8 O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão
aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; 9
porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; 10 mas, quando vier o que
é perfeito, então o que é em parte será aniquilado. 11 Quando eu era menino,
pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de
menino. 12 Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos
face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como
também sou plenamente conhecido. 13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança,
o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.
Como
ter um coração caridoso se as bases do amor são essas? Numa atualidade marcada
pela dessacralização dos valores, pela secularização, pelo materialismo,
centralização do eu (para não falar em egoísmo), ser amoroso parece ser de
outro planeta ou surgir do túnel do tempo, vindo de outra e distante época...
Mas é
possível, basta querer, ter vontade... Ou passar por uma grande necessidade e estar
sujeito à bondade humana, ou a caridade de pessoas abnegadas que (por incrível
que pareça) ainda existem. É isso mesmo... Pessoas dotadas de coração caridoso
ainda existem. Umas trabalham solitariamente. Outras estão engajadas em
instituições de caridade. São pobres, desprovidas de recursos, mas se doam,
partilham seu tempo, seu trabalho, seu esforço, simplesmente pela vocação de
servir e ver outras pessoas felizes. São no mínimo altruístas... E anônimas.
Por isso não aparecem.
Então o
caminho é esse: experimentar o engajamento. No começo parecerá difícil, mas com
o tempo, os sorrisos das pessoas serão mais compensadores do que os valores do
egoísmo.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
UM DRAGÃO NA TARDE
Numa
tarde de primavera, o sol caminhava rumo ao poente. Poucas nuvens no céu, mas
uma delas momentaneamente proporcionou-me um espetáculo de rara beleza.
Acredito que pouca gente viu, eu, apenas de passagem, num relance, pois no
interior de um veículo em movimento, rapidamente me embrenhei pelo emaranhado das
sombras da cidade grande.
Mas o
que vi, ficou na minha retina e a martelar em minha mente: a cabeça de um
dragão perfeitamente delineada e a luz solar amarelada passando por ela projetava
línguas de fogo céu afora.
Um
dragão fantástico, poderoso, eloqüente e inquietante.
Inquieto,
tenho buscado um sentido para essa imagem efêmera no céu, perene no coração.
Será que só eu vi? O que vi foi real? Ou apenas ilusão?
Prefiro
algo divino, uma mensagem, que ainda não decodifiquei completamente.
Sou
tentado a refletir a respeito da postura da humanidade hodierna que está dando
as costas para o divino, buscando sublimá-lo, ou deixá-lo em segundo plano.
Deus tenta
de todas as formas mostrar que seu amor é imenso, infinito, tal qual sua
misericórdia e que seu projeto pode transformar a sociedade hedonista, fazendo
com que as pessoas construam um mundo mais justo, fraterno, sem desigualdades
profundas e com iguais oportunidades para que todos possam dar exercer suas
potencialidades.
O Deus de
nossa crença está dizendo que está ao lado de cada um amando, zelando,
orientando.
Agora
sei. Não me importo com o quê a humanidade faz ou pensa de Deus... Nem
questiono se o dragão no céu foi apenas um acaso... Alguém falou comigo... Deus
falou comigo!
Imagem: Google
Imagem: Google
domingo, 23 de fevereiro de 2014
CAVALINHO DE PAU
Remexendo
em guardados me dei conta de uma música sertaneja antiga, a qual foi tocada
muito poucas vezes no rádio, nunca na televisão, mas que remete à infância de
qualquer menino. A música se chama “Cavalinho de pau” e foi gravada pela dupla
Belmonte e Amarai que hoje já não existe mais. (Na internet estão letra e
música).
A
letra, um tanto lamuriosa, estilo de pouca aceitação hoje em dia, trata do
brinquedo que principalmente os meninos faziam, ou ainda fazem, de simular a
montaria de um cavalo utilizando-se de um cabo de vassoura, ou um bambu, ou
algo semelhante.
Este
brinquedo cria uma fantasia no menino remetendo-o ao mundo dos adultos, do
trabalho, do manejo do gado, das viagens, dos desfiles de cavalaria, das
cavalgadas enfim.
A fantasia
é questionável. Porém, ela é muito útil no sentido de gerar sonhos, projetos de
vida e vontade de viver. Nesse sentido a fantasia é necessária. Quem não sonha,
quem não cria expectativas, quem não partilha suas esperanças, torna-se fechado
em seu próprio mundo, introvertido, e de difícil convivência. Em outras
palavras, um chato. Falta sentido para sua vida.
A
citação desse assunto é não é saudosismo. É sim uma tentativa de refletir um
pouco sobre as formas das crianças brincarem atualmente. Até que ponto as
crianças estão livremente criando suas fantasias, seus sonhos? Estão vivendo
seus mundos, seus relacionamentos de acordo com as suas idades? Será que não
está havendo um excesso de interferência dos adultos no mundo infantil? As
crianças não estão sendo sobrecarregadas de compromissos, justamente para que
elas não tenham tempo para pensar por elas mesmas?
Os
tempos são outros. As realidades diferentes... Estamos no pós-moderno, na era
da comunicação. O equilíbrio se faz necessário.
A
quadra final da musica, o homem “já feito” lamenta a infância que não teve:
Ao ver o garoto
brincar sossegado
Alegre montado em seu
cavalinho
Eu homem já feito
ainda guardo no peito
Saudade da infância
soluço baixinho
Talvez
tenhamos que pensar nesse aspecto do que as crianças vivenciarão no futuro: a
saudade da infância que não tiveram.
Não
exatamente brincar de cavalinho de pau, mas ser livre para criar naturalmente
os seus brinquedos, montar seus mundos, seus diálogos, suas fantasias...
E isso
fará muita falta, com certeza...
O POETA
O poeta está no mundo
Tudo observa
Tudo vê
Tudo admira
Tudo canta
O poeta faz rir
Faz chorar
Emoções constrói
Edifica sonhos
Felicidade semeia
Vislumbra o futuro
Descortina horizontes
O poeta sente
O poeta retrata
O poeta se cala
O poeta é um fantasma
Mas o volta poeta
Para o Seu recôndito
Para o seu mundo
Para sua gente
Para o seu ambiente
Real
Nu
Frio ...
O poeta se defronta consigo mesmo
Está só ... Livre?
Ou acorrentado?
Então o poeta
Solitário
Chora ...
Zz
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
A MOLDURA DE UM QUADRO VAZIO
Conta-se
que Clara de Assis, estava, numa certa tarde, muito triste. Suas companheiras,
preocupadas. Aproximaram-se dela e a indagaram sobre a razão do abatimento.
Disse ela:
- Estou com saudade de Francisco!
Imediatamente,
antes do cair da tarde os companheiros de Clara foram ter com os irmãos de
Francisco que, sabendo do interesse de Clara, conversaram com ele e acertaram
um jantar, ainda para aquela noite, no convento onde os rapazes moravam.
E assim
aconteceu. Antes, durante e depois do jantar Francisco e Clara conversaram
animada e intensamente. Mas algo diferente ocorreu naqueles momentos...
De
repente, todas as atenções da cidade de Assis se voltaram para a região onde
ficava a casa de Francisco. Um fogaréu muito forte parecia emergir daquele
bosque, preocupando toda a população que acorreu para o local. Ao chegar, nada
viram, senão os jovens que conversavam singelamente.
Não sei
se essa historia é verdadeira, mas acho ser esse o sentido de uma amizade intensa e sincera:
Deus dela participa e por isso ela emociona!
Foi o
que aconteceu com aqueles amigos...
Final
do ano letivo, sala vazia. Lá fora o burburinho da vida que seguia seu rumo
natural. A porta aberta parecia uma moldura de um quadro sem paisagem. No fundo
apenas o escuro da noite.
Mergulhado
nos afazeres ele não se dava conta no que aconteceria nos momentos que se
seguiram. De repente ela apareceu à porta e ele a percebeu estática, apenas
olhando para o interior da sala, mas numa posição que indicava a intenção de
seguir em frente. Surpreso pelo inesperado da cena, disse ele:
- Pode entrar... A casa é sua!
E ela
entrou. Iniciou-se um diálogo que não durou muito, mas digno dos encontros dos
Santos de Assis (Clara e Francisco), tal a intensidade da relação de amizade
que ali se instalou.
Falaram
das perdas que a vida impõe, do passado, do futuro, da solidão de amigos, do
rompimento dos círculos que amarram as pessoas ao cotidiano.
Choraram.
Choraram lágrimas contidas, envergonhadas, mas sinceras, revelando pureza de
sentimento, honestidade de propósitos.
Não
houve culpas nem culpados... Nem despedidas, e sim a convicção de que marcas
indeléveis ficaram para sempre em suas almas.
Por
isso é preciso estar atento às pequenas coisas, aos detalhes, que somando
formam um grande painel, o painel da vida, que longa para quem sofre, é curta
demais para vivenciar a felicidade.
Vale
mais a qualidade do tempo que se está ou vive feliz que a quantidade do tempo
em que se busca essa felicidade aleatoriamente, pois as ausências são
inexoráveis, os encontros jamais se repetirão. As vidas jamais serão as mesmas.
Aquela
porta continua emoldurando um quadro jamais preenchido. O fundo escuro
contrasta com vazio da sala.
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
CUIDA DOS TEUS OLHOS
Conheces teus
olhos?
Não, não os
conheces
O espelho?
O espelho te
falseiam
A realidade!
Teus olhos...
Para vê-los
E preciso sair de
ti
Pois então,
Isso é utopia!
Teus olhos...
Lindos, azuis
Pertencem
Aos que os vem
Mais que a ti...
Cuida deles!
Teus olhos...
Quem os contempla
Olhos nos olhos
Encontra
O brilho da paz...
Zz
Zz
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
ESPERANDO DEUS (A GRANDE REPORTAGEM)
A aurora ainda
lembrava a chuva intermitente do dia anterior e parte da noite. A frente fria,
em dissipação, trazia em sua retaguarda muito ar frio.
O repórter
despertou de uma noite aconchegante, povoada de sonhos e preocupações quanto ao
futuro. Ao sentir o sol tímido penetrando pelas frestas da janela, levantou-se
depressa, fez o lanche matinal, arrumou-se e, antes de sair, olhou fixamente
para a santinha de sua devoção, emoldurada na parede da sala. Nada disse, apenas
imaginou a possibilidade de realizar nesse dia uma grande reportagem que o
consagrasse definitivamente na equipe do jornal.
A santinha
olhava-o candidamente, como a lhe dizer: “Vai
filho, vai, realiza teus sonhos...”
Já na rua, a brisa
gelava-lhe o rosto. Passou a caminhar pela cidade que iniciava a faina diária,
em direção da redação do jornal. Perdido em pensamentos, na praça principal,
quase tropeçou num menino que, sentado na areia ainda úmida, cabisbaixo, fazia
sulcos no chão, com os dedos.
- Que e isso, garoto? O que faz aqui, neste
frio? Perguntou.
- Nada, não. Estou esperando Deus...
- Como? Esperando Deus?
- É. Estou esperando Deus. Minha mãe morreu esta semana, mas
antes me disse para não me preocupar, porque Deus cuidaria de mim...
Nesse instante, um
homem aproximou-se e dizendo que procurava o menino há algum tempo, tomou-lhe
pela mão e o levou embora.
O sol já quente,
os pardais ativos, o buzinaço, o vai-e-vem anônimo, faziam a rotina de mais um
dia. Ele, o repórter, ali estático, observava o homem e o menino perderem-se
pelos labirintos da cidade, pelos meandros da vida.
O olhar da
santinha... O Deus que veio... Os meandros da vida...
Assim nasceu a sua
grande reportagem!
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
CONHECIMENTO HOLÍSTICO
Holo
vem do grego e quer dizer “todo”. Conhecimento holístico é o conhecimento do
todo, do inteiro ou o conhecimento total.
Eduardo
Galeano sempre diz que a utopia está no horizonte e que sempre que a gente
caminha em direção dela, ela se afasta. E pergunta: “Então para que serve a utopia?” Ele mesmo responde: “...Serve para caminhar”. Assim, como o saber total é impossível e
passa para campo da utopia, portanto, é uma busca constante
A
busca da sabedoria e/ou do conhecimento assemelha-se à
escalada de uma montanha. No inicio vemos a realidade que nos cerca de forma
parcial, limitada. Mas à medida que avançamos na direção de seu topo passamos a
ampliar o nosso horizonte de visão e, se chegarmos lá em cima, ai sim, teremos
a visão de todo o panorama, o holo, o holístico.
O
conhecimento holístico é fundamental para a vida pessoal, para a vida
empresarial, enfim no relacionamento social em todos os sentidos. Uma decisão
de liderança para ser justa, humana, comprometida, precisa levar em conta todos
os ângulos da questão. Assim como decisões estratégicas empresariais e, no
campo pessoal, para se conhecer bem as pessoas que nos cercam.
Mas,
como conseguir esse tal de conhecimento holístico?
Quais “ferramentas” devem ser usadas para “escalar” essa montanha? Não existe a fórmula
correta, nem chave secreta. É possível, porém, sugerir algumas “táticas”:
a)
Tomada de
consciência: é necessário buscar incessantemente o conhecimento.
b)
Atitude: querer
subir a montanha e ter vontade para iniciar a escalada;
c)
Questionar
sempre, pois há sempre uma pergunta a ser feita. Uma resposta obtida,
geralmente gera outras dúvidas. E assim o conhecimento aumenta.
d)
Procurar em
lugares certos, pessoas certas, livros certos, meios de comunicação certos.
Nesse garimpo encontrar pepitas é questão de tempo.
e)
Não perder muito
tempo com futilidades. Ler muito.
f)
Ter planos,
disciplina, não cultivar a ansiedade, fazer as coisas naturalmente.
g)
Não desdenhar o
lazer, a família, a oração, as boas amizades
h)
Fazer o bem, ser
solidário, caridoso, paciente, ouvir as pessoas
i)
Amar as pessoas.
O amor e um sentimento que à medida que é dividido, partilhado, na mesma
proporção, multiplica-se e o maior beneficiário e aquele que tomou a
iniciativa.
O
conhecimento não chega de forma abrupta e sim naturalmente, como a noite sucede
ao dia. É um processo de construção... De repente se está acima das
mediocridades.
Experimente...
Tenha paciência... Não desista... Tudo vai acontecer no tempo certo!
domingo, 16 de fevereiro de 2014
O EU E O NÓS
O eu é um só
Solitário...
Só, não se vai
Para lugar algum
Caminha em círculo
A energia se esvai
Perde-se o vínculo
É um só, solitário...
Até que vem o
encontro
O amor que nasce
Que cresce
Morre o eu, surge o
nós
Nós que funde, em
um...
Mas já não é um
Mais de um... Uma
força...
O amar é um mistério,
O divino que se
humaniza
O humano que se
diviniza
O amar é força
Fraquezas que
fortalece
Dúvidas que dissipam
Sonhos colimados
Concretizados...
Caminhos do eu
Destino do nós...
Quem assim ama...
Sublima o humano
De Deus se
aproxima...
Assim eu amo
Assim nos amamos!
Autor: Zz
sábado, 15 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
DEFINIÇÃO DE FILHO Por José Saramago
“Filho
é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além
de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores
exemplos e de aprendermos a ter coragem! Ser pai ou ser mãe é o maior ato de
coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo o tipo de dor,
principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo
tão amado.
Perder?
Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo!”
Observação:
Esta
definição é atribuída a José Saramago, mas negada pela Fundação que leva o seu
nome
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
ALGO FUGAZ
Uma música
Toca o sentimento
Uma visão,
Afeta à imaginação.
Saudades...
Do poeta, ladrão de
arrebatamentos
Da juventude, seara
dos movimentos
Um diálogo sem voz
Um olhar para lugar
algum
Uma solidão atroz
Um passado nenhum
Um futuro veloz
Um final comum
Homenagem...
Talvez, nada mais
A mística do dever
cumprido
Dos projetos
construídos
Desconstruídos
Mantidos
Algo fugaz, apenas...
fugaz!
Agora Mercedes
canta...
“Gracias
a la vida”
É o que devo
gritar...
Para dar vazão ao
desespero?
Algo fugaz, apenas
fugaz...
Efêmero!
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
O MEU ENVELHECER
Senhor,
quero mais uma vez colocar-me em suas mãos. Sei que me conduz, como sempre tem
conduzido ao longo de minha existência.
Ah!
Senhor, como Lhe sou grata! Tenho tanto, tanto a agradecer e tão pouco a pedir.
Mas, permita-me, Senhor, hoje quero pedir uma coisa bem pequena; quero
envelhecer naturalmente!
Sei,
meu Senhor, que a vida é imprevisível e que os Seus desígnios são insondáveis à
razão humana. Sei dos acidentes de trânsitos. Sei dos desastres naturais. Sei
das imprudências. Sei dos AVCs. Sei que o Senhor manda chamar pessoas que estão
na flor da idade para livrá-las de um sofrimento maior. Mas, Senhor, sem ser
petulante ou insistente, deixe-me envelhecer em paz, na paz que hoje vivo.
Minha
vida, Senhor, foi cheia de experiências boas e ruins. Mas que no final das
contas sempre foram boas, pois com elas eu aprendi muito, cresci, amadureci,
adquiri a paz de alma, de espírito, de consciência. Obrigada, Senhor por tudo isso.
Sei,
Senhor, que velhice é sinônimo de passos lentos, de visão turva, de surdez, de perda
de movimentos, de falhas na memória, de doenças próprias da idade, de cuidados,
de ranhetices. Mas é, também, Senhor, fonte de experiência, de sabedoria, de
histórias, muitas histórias.
Sim,
Senhor, é isso que Lhe peço agora. Não tenho medo de envelhecer, não tenho medo
de Lhe ver face a face. Porém, quero muito, Senhor, ser luz para as pessoas que mais amo: aquelas
que fazem parte da minha família, dos meus amigos, como meus pais, graças ao
Seu cuidado e às Suas bênçãos, iluminaram meus caminhos, mesmo depois que o
Senhor os chamou.
Nada
tenho a lamentar, Senhor. Em minha vida lutei muito, trabalhei muito, chorei
muito, ri muito, viajei, amei, fui amada, como hoje amo e sou amada. Vivi
muito, fui e sou muito feliz e em paz. Quero, Senhor, que minha velhice seja
natural e que minha passagem também seja natural, simples e com sorriso
estampado no meu rosto.
Sem
tristeza, Senhor... Para sua maior gloria, hoje e sempre, Amém!
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
O VERBO AMAR
Conjugar
o verbo amar a gente aprende desde criancinha. Pelo menos era assim... A questão é colocá-lo em prática.
Fala-se
muito em amor, pouco no verbo amar.
Até
dividiram o amor em partes. Uns falam em três, outros em quatro: Eros, Philion,
Ágape, Apeíron... Nomes gregos... Pois é, na Grécia onde tudo começa. E há os
que dizem que o amor quanto mais é dividido mais se multiplica. Estranho...
Amor,
não seria um só? Ama-se ou ama-se...
Seria o
amor de mãe diferente do amor doação de Jesus Cristo? E do irmão mais velho que
cuida do irmãozinho? E da esposa que aguarda o esposo, ansiosamente, chegar do
trabalho, e se desdobrar em carinho? E do esposo, que mesmo cansado, tenso,
esgotado, ainda tem forças, tempo e cuidado para com a esposa que ama tanto? Ama-se
ou ama-se!
Cristo
amou demais! Chamou para si todos os pecados da humanidade... Pecados passados,
presentes e futuros...
Minha
mãe me aguardava na sala, com terço na mão, ou na janela abraçada à imagem de
Nossa Senhora. Não se deitava em quanto eu não chegava. Quantas vezes me
acordava quando eu dormia sobre os livros...
É um amor, mais que demais.
E
aquela mulher caminhando a passos largos, ofegantes, com o filho desfalecido
nos braços rumo ao hospital? Essa mesma mulher que ainda tem forças para
aceitar o marido glutão por sexo, sempre necessitado em satisfazer seus
instintos primitivos e animalescos.
São
incontáveis os exemplos de amor pleno. O amor é infindo, inesgotável. É
infinito, pois abraça o universo em toda a sua imensidão e profundeza, pois é
obra pura e simples do amor de Deus. A Física que tente explicá-lo.
O amor
transita à velocidade da luz do macro (universo infinito) ao micro, fazendo o
grande milagre da geração da vida no
instante da fecundação.
Assim é
o amor, tão inacreditavelmente gigantesco como o espetáculo das estrelas... Tão
simples como um sorriso que balbucia docemente um comovente “te amo”!
Esse é
o meu jeito de conjugar o meu amor por você...
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
AFINAL, O QUE É A VIDA?
Muito
se questiona sobre o real sentido da vida.
É um tema do qual se ocupam os filósofos, os poetas, os religiosos, os
espiritualistas, os materialistas, enfim, todos procuram defini-la, cada um ao
seu modo e de acordo com suas premissas. Porém, ninguém o faz corretamente,
porque a vida continua sendo um mistério.
Uns
dizem ser apenas “trabalho e cansaço”(*)... Pois vivem para
trabalhar, trabalhar, lutar, cumprir metas, atingir objetivos. Para os que
assim pensam tempo é sinônimo de dinheiro.
Outros afirmam
que a vida é “uma luta no escuro” de
foice e machado/), uma vez que não é possível saber o que mais acontecer amanhã
e muito menos antever o futuro. Todo trabalho tem um resultado imagina,
projetado, mas nunca se sabe se tal resultado vai acontecer de verdade., Há um
pessimismo no ar.
Tão
pessimistas quanto são aqueles que afirmam que a vida é constituída de “lágrimas, só lágrimas”. Para começar a
gente já nasce apanhando e chorando. E no transcorrer da ida nada se consegue
de graça, na facilidade. O que vem fácil vai fácil. É superficial, sem tempero,
Não tem sentido. A vida é feita de esforço e choro.
Como o
bambu que se conforma ao vento sem se quebrar, a “vida é um inclinar-se sob uma força”. Vence aquele que tem a
qualidade da resiliência, como o bambu. Resiliência é a propriedade do corpo (ou
do material) de adaptar-se a uma força externa e depois voltar ao estado
original sem perder sua essência. Na vida, vence quem tem essa qualidade, uma
força que vem de seu interior, de sua alma.
Há, ainda,
quem diga: “A vida é aproveitar as
oportunidades, enquanto outros dormem”. Viver é manter-se desperto e
esperto. As oportunidades costumam se apresentar uma única vez. E a sorte é
isso: estar no lugar certo e no momento certo. Então, ninguém deve dormir...
Há os
que estão sempre de bem com a vida, por “n” razões, sendo que uma das
principais o espírito alegre, otimista, entusiasmado e entusiasmante. Para
essas pessoas “a vida é só alegria e brilho”.
A vida
é voar. A vida é evolução, não apenas no sentido da mudança, mas também
melhoria constante. Adaptações para vencer os obstáculos. Assim “a vida é um esforço para subir”, ganhar
as alturas.
Para
aqueles que pensam que o mundo vai
acabar amanhã e que é preciso curtir cada minuto como se fosse o último
(...Ás vezes acabam acertando!), a vida “é
uma busca constante de felicidade e uma longa corrente de decepções”.
Enfim,
a vida é uma bênção de Deus, milagre do amor entre duas criaturas, também
criaturas de Deus. A vida é um caminhar rumo ao coração de Deus Criador. “Assim como o dia é um instante diante da
vida, a vida pé um instante diante da Eternidade”.
(*) Citações
constantes na “Mensagem do Dia” (09/02/2014) Portal Paulinas.
sábado, 8 de fevereiro de 2014
O ESSENCIAL E O FUNDAMENTAL
Texto e
Mário Sérgio Cortella
“O essencial é o mesmo para todos. É aquilo
que não pode ser, aquilo que dá sentido à minha vida na dupla acepção do termo,
significado e direção, ou seja, amizade, lealdade, religiosidade, sexualidade,
felicidade, fraternidade, honestidade. Precisamos de sentido para o que fazemos
enquanto não morremos, para que a vida não seja vazia e desperdiçada. Difere do
fundamental, que apóia o essncial como carreira e dinheiro”.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
PESSOAS DISSIMULADAS
Parece
que não, mas não são poucas as pessoas que praticam a dissimulação em seu
dia-a-dia. Cuidado, você pode estar muito próxima de uma pessoa com essa
capacidade e ainda não se deu conta disso.
Dissimulação
é arte de esconder sentimentos, de enganar fingindo uma coisa, quando na
verdade é outra totalmente ao contrário. Seu projeto de vida sempre é agradar a
todos e odeia desagradar alguém.
Pessoas
dissimuladas são aqueles que se fingem de mortas para... (O coveiro que se
cuide). São incapazes de agir por elas próprias e não conseguem uma convivência
normal, natural, amiga, com as pessoas de seu meio social.
Não
suportam perdas e muito menos ver outras se dando bem na vida. Elas querem e
fazem de tudo para serem o centro das atenções. Por isso mentem, fingem e não
se importam em prejudicar os demais.
Para
atingir seus objetivos, utilizam de todos os artifícios. Fazem-se de boazinhas,
caridosas, cuidadosas, atenciosas... Enganação plena.
São
manipuladoras... Pegajosas,,, Disfarçam
suas reais intenções e fazem de tudo para mostrar que agem com boa vontade...
Que perigo!
São
pessoas infantilizadas e acovardadas. Quando colocadas em check não resistem.
Espanam facilmente a rosca, pois não são sólidas de caráter e nessa condição,
não fazem cerimônia em aprontar escândalos, falar palavrões, agredir, enfim,
perdem literalmente o controle. Barracos à vista.
Ah!
Sim, pessoas dissimuladas são mestres na arte da fofoca.
Que
coisa, não!?
Como
identificar essas pessoas para se afastar delas? Difícil dizer. O caminho é
suspeitar daquelas pessoas melosas, elogiosas, entronas, “cara de pau”, que
sabem de tudo e insistem em defender suas opiniões, merecem atenção e cuidado. Longe delas...
Alguma coisa elas estão planejando.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
BOM DIA MEU AMIGO
Bom
dia, meu amigo. Hoje minhas palavras são suas... Hoje quero parabenizá-lo pela
sua existência... Quero dar graças a
Deus que permitiu a gente se encontrar numa grande amizade.
Você é
muito importante p’ra mim. Junto de você sinto-me mais de um, pois sua presença
me fortalece para viver esta vida, nem sempre fácil e traiçoeira.
Você é meu
amigo, não meu juiz. Você me acrescenta, você me orienta. Você me consola, não
sai da minha cola, quando me vê em perigo. Isso sim é amigo.
Você é
meu amigo, caminha comigo, ao meu lado, sem me fazer sombra. Tem seus
compromissos, sua vida, seu amor, seu trabalho, seus gostos, seus prazeres. Nem
sempre são os meus. Eu os respeito, tanto quanto você respeita as coisas que
gosto de fazer.
Você é
meu amigo e nunca se esquece mim. Liga-me sempre. Não! Não você não me importuna.
Pelo contrário, só me dá alegria. Tenha certeza disso!
Você nada
me cobra. De você nada cobro. Toleramo-nos e nos ajudamos mutuamente.
Você é
meu amigo. Você sabe disso! Minha casa é a sua casa. Não seja tão reservado!
Aqui você é livre, pode falar o que quiser, pode chorar suas mágoas, suas
tristezas, suas frustrações... (Mas não deixe de contar aquelas histórias
alegres que só você conhece e que me fazem muito bem),
Você é
meu amigo. Não se canse de mim. Às vezes sou chato, melancólico, e talvez não
uma boa companhia. Tenha paciência, sou humano, fraco e cheio de ilusões
perdidas. Você é forte, tem um alto astral, a música na ponta da língua. É pura
alegria.
Quanta
gente precisa de gente como você!
Você,
meu amigo, se não existisse haveria um vazio no mundo. Cuide-se. Você é uma
peça rara, está em extinção, nesse mundo eivado de egoísmo, de arrogância, de
prepotência, de pessoas ensimesmadas.
Você,
meu amigo... Ensinou-me que ainda existe luz no túnel e que por isso ainda vale
a pena acreditar no amor e na amizade que constrói seres humanos verdadeiros.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
O QUE IMPORTA... É O SEXO?
O que é
mesmo importante no relacionamento conjugal?
Para o
homem é a mulher que lave suas roupas?
Para
mulher é o homem que lhe garante casa, comida e roupa lavada?
Para
ambos um bom desempenho sexual?
Por
quanto tempo? E depois?
Pois na
verdade há muitas outras coisas que podem ser classificadas prioritárias na
vida de um casal:
Expressar
o amor que o casal sente um pelo outro a todo instante, mais por atos que por
palavras, em pequenos e significativos gestos.
Exercitar
sempre a verdade, jamais mentir. Confiança é como virgindade, perdeu não tem
mais volta. Portanto, verdade e transparência sempre.
Ser compreensivos,
dialogar dando prioridade ao ouvir e jamais levantar a voz. O diálogo está se
dando entre duas pessoas que se amam e ambos não merecem qualquer tom ríspido
de voz. A amabilidade é a chave para o sucesso nos diálogos.
Nada a esconder
um do outro. Corações abertos, sem segredos, sinceridade, prontidão para ouvir
críticas e conselhos. Renunciar às premissas ultrapassadas É o diálogo que
constrói.
Ter a
consciência de que já não são mais duas pessoas diferentes, mas uma só, vivendo
um grande mistério. Fundidos no amor, mas caminhando lado a lado, sem que um
não esteja por baixo ou por cima, mirando um único horizonte, um único destino.
Manter-se
juntos mesmo quando um viaja e o outro fica em casa. Ser fiel
incondicionalmente, mesmo distante. A fidelidade quando está próximo é fácil.
Ao longe exige sacrifícios, renúncias e superação das tentações. O amor sempre
fala mais alto.
Orar
juntos, agradecer sempre, a Deus em primeiro lugar, depois um ao outro,
valorizando-o pela dedicação, empenho, apoio... Pelos serviços da casa, pela
alimentação preparada com esmero. Um
respeitando o espaço do outro, não por obrigação, mas pelo amor que os une.
Romantismo,
simpatia, empatia, alegria, vontade de estar junto, atenção aos detalhes,
palavras doces, são ingredientes que valoriza a união e a fortalece na
caminhada, torna o casal apto a vencer todas as dificuldades que vida
inexoravelmente vai lhe apresentar.
E o
sexo? Ele não é importante? Sim, claro que é! Mas o sexo não é o fim último da
vida conjugal. O sexo, como essência do amor, não deve acontecer de qualquer
jeito, de qualquer maneira, a qualquer hora, apenas para atender ao instinto
animal, principalmente do homem. O sexo é maravilhoso, é o corolário de uma
série de movimentos afetivos, gentilezas, carinhos, cuja intensidade crescente
faz gerar em ambos a vontade de fazer amor. De repente acontece o momento
propicio para que o sexo aconteça e o resultado é a satisfação de ambos. Não a
vitória de um só.
Então,
o que importa? É a paz, a segurança, a verdade, que o amor no melhor sentido do
termo, colocado em prática no cotidiano da vida, gera nas pessoas que rompem suas
zonas e conforto e abraçam a doce ventura de constituir uma família... Para sempre, ou enquanto o amor
permanecer.
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