“Hoje, sorria
para um desconhecido. Esta poderá ser a única alegria que ele terá neste dia...”
Esta
é uma frase que tem circulado nas redes sociais, frase atribuída ao Papa
Francisco. Em minha opinião traduz um pedido e uma preocupação do Pontífice com
a excessiva desumanização que está ocorrendo no mundo de hoje.
Há
um grande movimento para se viver, especialmente consumir. A tecnologia está
presente na vida das pessoas, facilitando-lhes a vida. Ao facilitar a vida das
pessoas, a tecnologia as torna suas reféns. É por isso que percebemos em todos
os lugares muita gente com um equipamento nas mãos, conectadas aos seus
ouvidos. Gente que olha fixamente para a tela desses aparelhos, mas que permanecem
desconectadas ao que está acontecendo ao seu redor.
Conexão
e desconexão. Conexão com o mundo virtual, isolamento, fechamento, cabeça
baixa, redoma de vidro. Desconexão com o mundo real, desumanização. Volta à
barbárie.
Para
sorrir, para cumprimentar alguém, é necessário levantar a cabeça, religar-se,
encarar o outro olho no olho. Humanizar-se é comunicar-se, criar laços, estar
disponível, romper o isolacionismo tecnológico.
Humanizar-se
é estar pronto para dirigir uma palavra amiga. Desejar um “bom dia”... Um “bom
trabalho”... Um “ que Deus o abençoe e o guarde”... Um “seja feliz sempre”...
Um “que bom revê-lo ou revê-la”...
Sorrir
é o melhor presente que uma pessoa pode oferecer à outra. É gratuito e vem do
coração humano. Por isso sorrir é humanizar-se!
E o
mais importante de tudo é que qualquer gesto de bondade, de humanidade, de
altruísmo, volta na mesma intensidade. Com o passar do tempo esse retorno
dobra. A pessoa se torna muito mais feliz e quase não se dá conta que foi a
partir de pequenos gestos que a construção da felicidade começou.
É bem
diferente do que vai acontecer com as pessoas centradas em si mesmas, fechadas
em seu mundo, cabisbaixas, tristes, chatas, arrogantes, metidas, senhoras de
seus destinos simplesmente porque estão dotadas de tecnologia, plugadas no
mundo virtual, mas irremediavelmente solitárias.
Que
pena!
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