Numa
tarde de primavera, o sol caminhava rumo ao poente. Poucas nuvens no céu, mas
uma delas momentaneamente proporcionou-me um espetáculo de rara beleza.
Acredito que pouca gente viu, eu, apenas de passagem, num relance, pois no
interior de um veículo em movimento, rapidamente me embrenhei pelo emaranhado das
sombras da cidade grande.
Mas o
que vi, ficou na minha retina e a martelar em minha mente: a cabeça de um
dragão perfeitamente delineada e a luz solar amarelada passando por ela projetava
línguas de fogo céu afora.
Um
dragão fantástico, poderoso, eloqüente e inquietante.
Inquieto,
tenho buscado um sentido para essa imagem efêmera no céu, perene no coração.
Será que só eu vi? O que vi foi real? Ou apenas ilusão?
Prefiro
algo divino, uma mensagem, que ainda não decodifiquei completamente.
Sou
tentado a refletir a respeito da postura da humanidade hodierna que está dando
as costas para o divino, buscando sublimá-lo, ou deixá-lo em segundo plano.
Deus tenta
de todas as formas mostrar que seu amor é imenso, infinito, tal qual sua
misericórdia e que seu projeto pode transformar a sociedade hedonista, fazendo
com que as pessoas construam um mundo mais justo, fraterno, sem desigualdades
profundas e com iguais oportunidades para que todos possam dar exercer suas
potencialidades.
O Deus de
nossa crença está dizendo que está ao lado de cada um amando, zelando,
orientando.
Agora
sei. Não me importo com o quê a humanidade faz ou pensa de Deus... Nem
questiono se o dragão no céu foi apenas um acaso... Alguém falou comigo... Deus
falou comigo!
Imagem: Google
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