sexta-feira, 29 de agosto de 2014

ESTAMOS EM FESTA - PRIMEIRO ANIVERSÁRIO!


Hoje o nosso blog NOS & LAÇOS completa o seu primeiro aniversário. Não foram postagens 100% diárias, por motivos alheios á nossa vontade. Atingimos 354 postagens até ontem

Estamos em tempos de comemorações, não só o primeiro ano de atividades, mas especialmente as 11.324 visualizações, completadas nesta quinta feira, as 23 horas.

Sentimo-nos profundamente agradecidos pelas visitas diárias ao nosso blog. Cada visita é um incentivo para que continuemos o trabalho. Ele é para nós uma motivação para a vida, motivação que procuramos refletir nas novas postagens.

Obrigado, com toda a força do nosso coração!

Relembrando, os objetivos do nosso blog são bem simples: apresentar textos de fácil compreensão, abordando temas do cotidiano, sempre procurando ressaltar o lado bom da vida, como encontrar forças para superar as suas dificuldades. Interessa-nos a harmonia social, as amizades sempre se fortalecendo e as pessoas cada vez mais felizes.

Nos finais de semana, tomamos a liberdade de postar mensagens motivacionais ou poemas e reflexões, primeiro para resgatar o gosto pela poesia, fazendo a sua divulgação. As reflexões seguem a linha proposta pelo blog que é sempre o bem das pessoas e o seu bem-estar.

Também postamos músicas que julgamos de qualidade em contraponto ao que está sendo popularizado pela mídia, esta mais preocupada com o lucro imediato e o consumo principalmente da juventude. A música é uma arte, sua letra um poema, também uma arte. Sua interpretação outra arte. Então, quando resgatamos uma música, que embora não tenha sido um sucesso estrondoso, ela mantém a qualidade da verdadeira arte. É, enfim, cultura e conhecimento.

Assim é o nosso blog...

Assim é a nossa maneira de agradecer o dom da vida, o dom do amor, com os quais fomos presenteamos e somos abençoados...

Estamos em festa, sim, mas a vida continua, e trabalho não nos falta...



Imagem: Google

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

SENTIR A DOR DAS PESSOAS


Não é algo muito fácil. Uns dizem que basta ter coração, isto é, sentimentos. Sentir a dor do outro é um exercício de se colocar no lugar dele e dele viver as circunstâncias que está vivendo. Mas não é bem assim. Cada ser humano tem uma história diferente, tem diferentes visões do mundo e das pessoas... E em lugares e tempos diferentes

Então o melhor projeto é ser solidário, que se colocar no mais possível no mesmo nível da outra pessoa. É necessário ouvi-las, sem interferir, sem invadir o seu mundo. A nossa manifestação só deve ser colocada se a outra pessoa pedir e estiver pronta para ouvir. Nos primeiros instantes, basta o simples ouvir, sem pré-julgamentos ou preconceitos.

Os místicos tentam provar a existência de Deus através da existência do sentimento único, pessoal, individual, intocável, indescritível. Dizem que existe em cada ser humano um cantinho especial onde só a pessoa e Deus têm acesso. Esse cantinho pode estar na mente, no coração ou na alma. A pessoa sabe, sente, mas não consegue identificá-lo. Deus sabe, lê e interpreta. Por isso a pessoa se consola, se acalma, quando reza para o Deus de sua crença.

Se sentir a dor das pessoas nas mesmas dimensões é impossível, o melhor que podemos fazer é sermos solidários a elas, não abandoná-las, quando ela estiver só, pois são nesses momentos que a dor aumenta. É muito fácil dizer: “...Eu imagino o que você está sentindo...” Dar-lhe um abraço e ir embora. Amizade não é isso, amor não é isso, solidariedade não é isso.

Solidariedade é um ato de bondade espontâneo para com o próximo. É movida por um forte sentimento, pois faz com que as pessoas se aproximem para a ajuda mútua. Vai muito além da simples ajuda imediata e busca as raízes dos sofrimentos das pessoas. Não prende, não amarra... Tem como impulso o respeito e a liberdade.

O grande lance é um longo, apertado e silencioso abraço. Deixar chorar, deixar falar, desabafar até cansar... E permanecer ão seu lado, mesmo em silêncio... É disso que as pessoas sofredoras e solitárias precisam.

As pessoas precisam de outras pessoas ao seu lado, jamais se colocar no lugar delas, o que é uma utopia. Pessoas umas ao lado das outras caminham juntas, dividem o silêncio, compartilham as falas, dores, angústias e problemas... Não se julgam e miram o mesmo horizonte.

A melhor parte do corpo é o ombro, porque nele alguém pode apoiar sua cabeça e chorar em silêncio.


Imagem: Google

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

ESPIRITUALIDADE E DOENÇA



O que era tradição e sabedoria popular agora está se tornando motivo de preocupação da medicina ou dela chamando a atenção. É a relação entre espiritualidade e doença, ou melhor, como a cura ou a piora das doenças.

Já são realizados estudos científicos, simpósios e congressos. A ciência tem procurado compreender o mecanismo que faz a interrelação entre a espiritualidade e a saúde física, mental e psicológica das pessoas.

E a novidade mais importante é que esses temas estão saindo do âmbito meramente religioso, confessional, para o interesse geral, abrangendo as pessoas não religiosas.

O que já é certo é que o rancor, o ódio, a raiva, a tristeza, fazem com que o organismo libere determinadas substâncias que diminuem a imunidade, aumentam as taxas de infecção, de câncer, de neoplasias.

Da mesma forma, a hiperexcitação, a agitação, faz incrementar o sistema imunológico, trazendo doenças reumáticas, diabetes e autoimunes.  É lógico que não se pode descartar as origens naturais dessas doenças. O que está chamando a atenção dos estudiosos é a incidência maior dessas doenças em pessoas com tais caracteres psicológicos e espirituais.

Doenças autoimunes são aquelas que o organismo produz anticorpos contra células não doentes e antígenos, impedindo a cura da doença.  Um exemplo é o tratamento dos diabetes, quando os anticorpos atacam justamente a insulina que regula o açúcar produzido pelo pâncreas, agravando a doença. A medicina já listou mais de oitenta doenças autoimunes.

Muito importante: nada substitui a medicina clássica e ortodoxa... Nada de fanatismo...

Mas é muito bom para os profissionais da saúde quando os pacientes colaboram com o trabalho deles. E uma forma de colaborar intensamente com eles é cultivar a espiritualidade, de forma madura, equilibrada e na dose certa.

Cultivar o amor, a bondade, os gestos de caridade, o altruísmo, a oração ao Deus de sua crença, a gratidão diária e constante... A fé... A fé na vida e no trabalho dos profissionais.

Quando insistimos no equilíbrio é porque, o exagero na fé, deixando de lado o caminho natural das coisas também prejudica. Hoje a medicina procura ser cada vez menos invasiva, respeitando a integridade do corpo, que é templo da vida e do Deus Criador. Ela erra, pois é conduzida por mãos humanas, mas jamais é sua intenção. Os abusos quer de profissionais, quer dos planos e sistemas, acontecem pelo mesmo motivo.

A nós cabem, como pacientes e sujeitos desse processo  fazer a nossa parte, com otimismo, alegria, fé (na medida correta). A fé, a sua vivência na sociedade, diviniza o humano e humaniza o divino.


Imagem: Google








terça-feira, 26 de agosto de 2014

CUIDAR DOS AMIGOS


As redes sociais estão inundadas de frases, pensamentos e mensagens a respeito da amizade. Muitos mandam mensagens generalizadas, isto é, a mesma mensagem para todos de sua rede. E muitos as replicam para os de sua e assim por diante. Muitas vezes sem a preocupação de retirar delas o remetente anterior. Passam a ser mensagens estereotipadas, massificadas, banalizadas.

A verdadeira amizade acaba ficando no vazio, banalizada. A solidão das pessoas aumenta, pois muitas delas necessitam naquele momento de um ombro amigo que as acolham, que simplesmente as ouçam. Nas redes sociais está apenas o consolo momentâneo.

As redes sociais têm o seu valor, a sua importância e seu valor social, quando permite o contato, as falas, as notícias, o networking... Mas não substitui o contato pessoal, o abraço afetivo, o acolhimento, o cuidado.

“O que se opõe ao descuido e ao descaso é cuidado. Cuidar é mis que um ato, é uma atitude. Portanto, abrange mais que um momento de atenção. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro”. Leonardo Boff

A amizade verdadeira cuida afetiva e efetivamente das pessoas. Há uma história por detrás de cada pessoa. Há uma série de razões para que elas sejam como realmente são. Convém pensar nisso antes de emitirmos qualquer opinião sobre elas ou julgamento delas.

Cada pessoa tem uma história de vida única, plena de luzes e sombras, contradições, enfim. Para a amizade verdadeira isso pouco importa. A amizade sozinha não basta, ela não se basta a si mesma, precisa do outro, projeta-se no outro. A amizade é humana, essencialmente humana.

Por isso é fundamento o contato, a conversa, o “alô”. Muitas vezes as pessoas correm muito, são ativas, “caem de cabeça” numa atividade; no trabalho se tornam workaholics. Mas no fundo de sua alma há uma tristeza, uma carência, uma dependência, uma saudade de algo que lhe é indefinido, mas dói e dói muito. É a saudade do abraço, do ouvir...

Uma simples fala: “... Vai dar tudo certo... Você é forte... Isso vai passar... Conte sempre comigo (de verdade)”... É o suficiente para acalmar o espírito angustiado e sofrido. Essa pessoa provavelmente já acessou o seu site preferido de relacionamento preferido, mas o que viu lá não foi suficiente. O que vale mesmo é o pessoal, a voz amiga, o sorriso, abraço acolhedor e humano.

Para uma amizade verdadeira, atenção e carinho é tudo...


Imagem: Google


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

FECHANDO O CÍRCULO DA FOFOCA


Assim ensina o filósofo Gibran Khalil Gibran:

“Aprendi o silêncio com os faladores, tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos. E sou grato a esses professores”.

A fofoca segue um rastilho de pólvora e não tem fim. Explode mesmo! É uma espécie de arrastão que a ninguém poupa. Todos são afetados, especialmente aqueles que dão importância ao que é falado.

A única forma de interromper a propagação de uma fofoca é silenciar diante dela. Se cada um proceder dessa maneira, uma barreira será formada e ela morrerá por falta de alimentação.

A natureza nos proveu de dois ouvidos, dois olhos e uma só boca. A mensagem é para que ouçamos muito e falemos menos, ou apenas o necessário. O silêncio é uma capacidade dos fortes, pois não é fácil engolir sapos, isto é, bloquear na garganta aquela vontade indômita de responder à altura a uma falação ou provocação.

Entre as múltiplas características da fofoca destaca-se aquela que vem do jargão futebolístico: a melhor defesa é o ataque. As pessoas tendem a falar muito, para não dar espaço ao contra-ataque. Quem fala demais, fala em demasia... E quem responde a uma fofoca se esquece de que a passar para frente uma notícia, da qual não tem certeza da  veracidade é, no mínimo, nivelar-se por baixo.

É legal revisitarmos a parábola das três peneiras:

Certa vez um homem chegou até  Sócrates e disse:
- Mestre, tenho que contar-te algo importante a respeito de teu amigo!
- Espere um pouco – interrompeu o mestre -, fizeste passar aquilo que me queres contar pelas três peneiras?
- Três peneiras?
- Então, escuta bem! A primeira peneira é a da VERDADE. Estás convicto de que tudo o que queres dizer-me é verdade?
- Não exatamente, somente o ouvi dos outros.
-Mas, então, certamente o fizeste passar pela segunda peneira? Trata-se da peneira da BONDADE.

O homem ficou ruborizado e respondeu:
- Devo confessar-lhe que não.
- E pensaste na terceira peneira? Vendo se me seria útil o que queres falar-me a respeito do meu amigo? Seria esta a peneira da UTILIDADE.
- Útil? Na verdade, não.
- Vês – disse-lhe o mestre – Se aquilo que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que guardes somente para si. (Autor desconhecido, fonte Google)

O silêncio é uma arma poderosa para interromper uma fofoca ou um conflito. O silêncio é eloquente, quer dizer muita coisa e chega a incomodar. Porém, nos impede de perdermos a razão, de falarmos o indevido, de sermos inoportunos ou intempestivos. Faz a poeira, ou a adrenalina, ou a tensão, baixarem. Assim, abre caminho para o diálogo maduro.

O silêncio é um dos promotores da paz.


Imagem: Google


sábado, 23 de agosto de 2014

FRANCISCO CUOCO DECLAMA "TODO O TEMPO DO MUNDO", AO SOM DE "SOLEADO"

Vídeo: Youtube

POETA POPULAR ANTONIO MARINHO, DE SÃO JOSÉ DO EGITO -PE, HOMENAGEA EDUARDO CAMPOS


O velório de Eduardo Campos (foto), precocemente falecido em acidente aéreo, em Santos – SP, no dia 13 de Agosto de 2014, foi surpreendente pelas manifestações de amor e respeito, especialmente do povo simples da sociedade pernambucana, não só de Recife, da Região Metropolitana, mas também de todo o estado e, também, do Nordeste.

No final, muitos cantores e poetas populares, pelos quais Eduardo Campos nutria profundo respeito e admiração, deram sua contribuição nas últimas homenagens, antes do corpo ser sepultado. Destacamos a poesia Antonio Marinho (foto) da cidade de São José do Egito, declamada pelo autor, como muita emoção. A fonte é o blog do Ronaldo Cesar:



Vamos plantar Eduardo e adubar este plantio
De sonhos pelo que é justo, do bem diante do hostil
Nosso guerreiro tombou, mas sua alma subiu
No céu brilhante da historia, um astro novo surgiu
Guiando todos os olhos, do rebanho que pariu
E hoje se sente órfão, pelo farol que partiu
Mas partiu para brilhar mais, no firmamento de anil
Será luz na caminhada, Deu consola quem feriu
Nós seguiremos unidos, pois ele nos reuniu
Vamos pegar no serviço, como ele sempre pediu
Pra levantar a bandeira, que a meio mastro caiu
Pois Eduardo está vivo, em tudo que construiu
Todo povo brasileiro, o seu legado assumiu
Vamos estar firmes na luta, seguindo nos uniu
Eduardo, todos nós
Seguiremos tua voz
Sem temer nenhum algoz,
sem desistir do Brasil

(Antonio Marinho – Poeta de São José do Egito – Pernambuco)


Imagens: Google

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

AJUDANDO AJUDAR


Não seremos bons pelas leis que criamos, mas pelos sentimentos, gestos e atitudes. A lei é objetiva, orienta a organização da sociedade, cria regras, normas, procedimentos, mas não nos transforma em pessoas boas.

Já comentamos muitas vezes que os filósofos clássicos já ensinaram que “nenhum ser humano é uma ilha”. Portanto, ninguém vive só. Alguém sempre precisa de alguém... Até para gerar filhos.

Há a interdependência... Uns ajudam aos outros e vice-versa (mesmo sem a intenção pré-estabelecida) para o bem ou para o mal. Há tantas boas influências, como as más são até mais intensas. Os perigos são enormes. E agora, com a internet, a situação piora em muito.

A lei existe praticamente para os maus. Os bons estão acima dela. Um exemplo: a lei que proíbe fumar em determinados locais não tem validade para quem não fuma... e assim por diante!

Bom seria, se pudéssemos investir, numa grande e solidária operação para que as pessoas todas não se deixassem influenciar por más companhias, por apelos mundanos, aquelas motivações para viver a vida intensamente, sem muita preocupação com a ética e com a preservação da saúde, com o ambiente. Isso em muito nos entristece.

Os bons ajudando os demais a serem bons... Mas como fazer isso? Difícil, muito difícil. Nada acontece por decreto ou por acaso. Não há nem haverá lei para isso. Dependerá do bom exemplo dos bons.

Gandhi disse certa vez: “Seja você a mudança que você quer ver no mundo”... E de outra feita, Martin Luther King, Jr comentou: “O que me impressiona mais não é a ação dos maus, mas o silêncio dos bons”...

Sem passeatas e quebra-quebras...

Valerá o bom exemplo. Pequenos gestos, gentilezas, sorriso franco, acolhimento, sem preconceitos... Não à violência... Sim ao diálogo franco e constante... Sim à religiosidade.

As pessoas não são más por natureza. Se agem, violentando a si mesmas e aos outros, em muitos casos são movidas por circunstâncias da vida, geradas pela ausência da sociedade, pela banalização de tudo e pela falta de autoridade.

Nesse sentido, se as pessoas não são tão más assim, resta aos bons ajudá-las a fazer o bem.

Se cada um fizer sua parte, ainda que em pequenos passos gestos, no todo, Luther King, Jr não ficará mais tão decepcionado!



Imagem: Google

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O ESTADISTA


Um assunto novo: A Política. Teve inicio nesta semana o horário político no radio e na televisão. Sobre a importância ou (dês)importância dele, muita gente já comentou, está comentando ou Irá comentar. É necessário, sim, mas precisa rever seu conteúdo, ser mais educativo, mais formador de opiniões.

Queremos refletir sobre a figura mais importante do processo político: o Estadista. Será que eles existem? Não, não existem. Se existem, ainda estão perdidos por aí..

Há muitos estudos a respeito. Filósofos, sociólogos, jornalistas especializados, têm cuidado do assunto. As livrarias possuem seções inteiras com livros de todos os tipos de comentários a respeito.

Nosso espaço é pequeno. Resta-nos uma síntese. Assim, o Estadista não é um político comum. Ele é antes de tudo um sonhador, pois visualiza do futuro da sociedade. Ele administra para as gerações que virão. O Estadista é o político por excelência. É aquele que atendendo o chamado da sociedade, vai cuidar dela.

O político comum, exatamente aquele que estamos acostumados a ver e se apresentar nos meios de comunicação e que está representando a sociedade nas casas legislativas e nos poderes país.

Há uma diferença sideral entre o Estadista e o político. O Estadista, como dissemos, governa para o futuro, pensando no coletivo, no bem comum. O político para o presente, para o individual, para ele próprio. O Estadista não é um político profissional, de carreira, isto é, não faz da política uma profissão, ao contrário dos políticos comuns, que movem céus, terra e mares, para permanecerrm no poder.

Estamos carentes de Estadistas e plenos de políticos comuns. O que tínhamos, logo perdemos: Eduardo Campos (foto). O que nos dá segurança para tal afirmação foi a reação do povo simples, que ao se sentir desamparado e sem perspectiva, chorou muito sua morte precoce. Eduardo Campos tinha traços de Estadista, sua fala era diferente, já tinha mostrado, em parte, na prática, quando governou seu estado (Pernambuco). É certo que Estadistas e políticos seguem caminhos semelhantes para chegarem ao poder. As semelhanças terminam aí.

Porém, os Estadistas precisam ser descobertos e sustentados por uma sociedade educada. Um povo educado não interessa ao político comum, pois este o confrontará no futuro. Da mesma forma que políticos comuns não gostam de obras de infra-instrutora que desaparecem quando prontas. E a sustentação acontece com a preservação dos valores humanos, com a concepção do bem comum, da educação ambiental, do fim das desigualdades e da violência em todos os seus matizes.

A formação política do povo, tal qual a preparação do Estadista é um projeto de longo prazo, pois infelizmente, a geração atual está perdida.



Imagens: Google

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

PERDAS



Perdas, sempre as teremos na vida! Em algum momento elas acontecerão, mais cedo ou mais tarde. Resta-nos prepararmos para o momento delas acontecerem, pois elas chegarão de surpresa...

E já no primeiro dia fora da barriga da mãe experimentamos uma grande perda: aquele lugar aconchegante no qual vivemos os primeiros nove meses da nossa vida. Cortam o nosso cordão umbilical e até apanhamos (levamos um tapa na bunda) para acordarmos e percebermos que devemos “sobreviver” por nossa conta e risco.

Pequenas ou grandes perdas... O cordão umbilical, uma relíquia, uma fotografia, um parente próximo, o emprego dos sonhos, o ano escolar, a medalha daquela competição, o amor da nossa vida, a tese não aprovada, o mascote da nossa casa, o carro roubado, o melhor livro emprestado e não devolvido... O modelo de nossas vidas... E tantos outros exemplos...

Algumas perdas podem ser revertidas. Outras são definitivas, irreversíveis e inevitáveis. Elas nos confrontam com nossos apegos... Com nossa maturidade...

Filosofias orientais procuram levar as pessoas ao desapego dos problemas para chegar à paz interior, ou ao paraíso, ao “Nirvana”. São exercícios intensos e que exigem grande concentração e esforços.

Religiões, como a cristã, pregam o desapego dos bens materiais, para chegar à perfeição de vida.

Porém, na contramão de tudo isso está a teoria consumista do capitalismo que impera na atualidade, quando o “ter” e mais importante que o “ser”. Assim, fica muito mais difícil “crescer” o suficiente para superar as perdas materiais e imateriais. Essa teoria inocula em nossas veias, lentamente, a idéia de não se acostumar às perdas materiais, principalmente.

Perdemos constantemente. Dia-pós-dia, hora-pós-hora, somos instigados, exigidos, a tomar decisões, a fazer escolhas... Em última análise, a preservar algumas coisas e desprezar (perder) outras.

A reflexão sobre as perdas nos leva ao crescimento, ao amadurecimento, pois precisamos desde logo aprender separar as coisas. Objetos materiais guardados e não utilizados num período de pelo menos um ano, já não serve para mais nada. Temos que nos livrar deles, doendo ou não!

Os motivos emocionais, afetivos, nos ligam ao passado, ao nosso aprendizado, que nos une familiarmente e servem de base para os enfrentamentos da vida, estes, sim, devem ser guardados e preservados.


Imagem: Google


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

FORTALEZA E FRAGILIDADE DA VIDA


De repente, mais que de repente, uma mulher grávida vai ao médico para o pré-natal e descobre que sua pressão arterial está altíssima. Mãe e filho correm perigo. O médico a interna e prescreve além da medicação, o acompanhamento contínuo da pressão. Já no meio da noite o médico decide pela antecipação do parto, pois as vidas estão por um fio. Ambos foram salvos. A vida saiu fortalecida.

A imprensa repercutiu e sensacionalizou...  Vó e neto caminhavam pela calçada. De repente, mais que de repente um carro desgovernado bate noutro e este desliza, sobe na calçada, bate na senhora atirando-a longe e passa por cima da cabeça do menino. Este se levanta rapidamente e corre para levantar a vó, que também teve ferimentos leves. A vida de novo se fortaleceu e um milagre aconteceu.

Os programas policiais estão repletos de casos em mulheres lindas e jovens se envolvem, com a melhor das intenções, com homens que surgem em suas vidas prometendo o paraíso aqui na terra. Passam-se poucos dias ou meses, os homens se transformam em monstros e as lindas jovens tragicamente morrem desfiguradas pela violência até então disfarçadas. A vida desaparece por um fio.

Crianças violentadas, enterradas praticamente vivas, porque eram estorvos nos novos relacionamentos dos pais. De repente vida fragilizada.

De repente, mais que de repente, numa estrada que liga duas grandes cidades, trânsito infernal, velocidades altíssimas, um abalroamento que gera um grande engavetamento. O carro dele bate, não capota, mas vira ao contrário e dá de frente com uma carreta que não pára. O choque é violento... As batidas se sucedem... Ele sai do carro que praticamente é um monte de ferros retorcidos. Está tomado pelos vidros estilhaçados, mas não tem um mais uns poucos arranhões. Senta-se à beira da agitada rodovia e chora, agradecendo a Deus, o milagre da vida fortalecida.

De repente, mais que de repente... Ele sente forte dor no peito. Só, corre para o pronto atendimento. No balcão mal consegue falar para o atendente: “... Dói muito, preciso de ajuda!” Ajoelha-se e já está morto... Infarto fulminante! Sirenes, ambulâncias, atendimento de emergência... Uns tiveram tempo outros nem tanto. Fortaleza e fragilidade da vida.

De repente, mais que de repente ela precisa levar o companheiro ao hospital. Lá chegando, enquanto ele aguarda atendimento, ela está com uma forte dor de cabeça. O hospital não aceita o seu plano e ela tem de procurar outro. Sem que o companheiro seja atendido, ambos correm. Ela desmaia e vai direto para a UTI. Dias depois ela está morta! A fortaleza da vida se desfaz.

De repente, mais que de repente... Um projeto de vida, uma esperança no ar, um sorriso aberto, olhos que brilham e catalisam... Não há tempo a perder, pois a luta é árdua... O avião o melhor transporte... Compromissos... O avião levanta vôo... Tudo está tranquilo... A viagem é curta. O tempo está chuvoso. O avião não pousa, arremete e cai em seguida, numa grande e inominável tragédia. O brilho da esperança se esvai como a fumaça e a onda de destruição que o acidente causa. Eduardo Campos e seus assessores estavam nesse avião. O fio frágil da vida se rompe...

Infelizmente, a fortaleza e a fragilidade da vida, unidas (ou separadas) por um tênue fio, impossível de ser explicado e compreendido.



Imagem: Google

sábado, 16 de agosto de 2014

EDUARDO CAMPOS POR ARIANO SUASSUNA

Vídeo: Youtube

EDUARDO CAMPOS (*1965 / †2014)


O Brasil está estupefato... Um acidente aéreo na cidade de Santos-SP fez vítima o candidato a presidente da República do Brasil, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Unanimidade nacional: um dos mais jovens candidatos ao cargo maior do país. Uma esperança, uma liderança surgida no período pós-ditadura, aquela que praticamente calou aquelas pessoas que poderiam levar esperanças de dias melhores para o país.

Eduardo Campos nasceu em Recife, Pernambuco, no dia 10 de Agosto de 1965 e morreu em Santos, São Paulo, no dia 13 de Agosto de 2014, no mesmo dia em que, há 09 anos, morrera seu avô e inspirador político, Miguel Arraes, um dos maiores nomes da política nordestina e um dos pilares da resistência à Ditadura Militar (Estava no exílio, quando Eduardo nasceu).

Graduado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco. Era casado com D. Renata Campos e pai de cinco filhos, sendo o caçula de apenas sete meses de idade.

Eduardo Campos ocupou vários cargos públicos e políticos, sendo Deputado Federal, Ministro de Estado, Secretário Estadual e governador do Estado de Pernambuco por duas vezes, em ambas eleito com votação extremamente significativa.

Ele tinha um futuro brilhante pela frente. Sua pessoa, por ela mesma, irradiava esperança. Sorriso franco e pronto, olhos azuis perspicazes mantinham-se atentos a tudo e enxergavam longe, atingindo os mesmos horizontes de suas idéias e ideais. Era um socialista, Presidente Nacional do PSB, Partido Socialista Brasileiro, sucedendo exatamente seu avô, Miguel Arraes.

Seu socialismo era moderno e atual, pois defendia numa economia aberta, num Estado enxuto, e muito importante, acreditava fielmente na Educação, como base para as mudanças de que o país necessita.

Simples, simpático, alegre, empático, exímio contador de histórias, catalisava em torno de si amizades, desde as pessoas mais simples até as de posições mais elevadas. Para as criticas e perguntas mais difíceis, tinha sempre uma resposta serena.

Um homem todo família, jamais se descuidava dela. Seus filhos refletem a presença e o carisma dele. Cristão, era contra o aborto, mas reconhecia as demandas da sociedade moderna, inclusive o casamento homossexual.

Uma de suas realizações mais importantes no Governo de Pernambuco foi a premiação dos melhores alunos da Rede Pública, portanto, alunos pobres, com intercâmbio internacional para aperfeiçoamento de idiomas. Só no ano passado foram mais de 1.600 alunos que viajaram para o Canadá, Austrália, Chile e outros países. O brilho dos olhos desses jovens não tem como esquecer.  A maioria das escolas da rede oficial de Pernambuco era de tempo integral. Estágio avançado, sendo que em outros Estados o sistema está apenas começando.

Administrador firme, recebeu vários prêmios internacionais de gestão, inclusive da ONU.

Eduardo Campos estava em terceiro lugar na corrida presidencial. Ele se mantinha otimista. As chances eram poucas, mas o principal estava acontecendo: o discurso novo, a alternativa, a liderança nova, o desequilíbrio.

A dor da perda é grande...  O sentimento de vazio é enorme... A certeza de que esse vazio jamais será preenchido uma realidade.

Que a preservação de sua memória inspire outras pessoas de bem a trilhar os seus caminhos. As gerações futuras agradecerão.


Imagem: Facebook

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

FIDELIDADE, FIDELIDADES


A vida testa a nossa fidelidade a todo instante. No trabalho, na vida conjugal, nas amizades, nos compromissos, enfim...

A expressão tem origem do latim “Fidelis”, que significa uma atitude de quem é fiel, de quem assume o compromisso e o leva até o fim. É uma característica daquela pessoa que é leal, que é confiável, que é honesto, que é verdadeiro.

Fidelidade rima com constância, com permanência, com continuidade...

A fidelidade, por incrível que pareça, é usada em tantos outros sentidos e está sempre perto de nós, não apenas no âmbito conjugal. Neste, fidelidade é essencial para a permanência do casal. É muito fácil ser fiel quando se está próximo, o desafio é manter a fidelidade se está longe, à distância. Ela é única, pois quando deixa de existir, a relação se desestabiliza e acaba no instante seguinte.

Exemplos de fidelidades no nosso dia a dia: em tempos não muito distantes era comum designar aparelhos de som de “Hi-Fi”, da expressão inglesa Hight Fidelity, a famosa “Alta Fidelidade”, uma espécie de garantia de que o aparelho reproduzia o som tal qual era gerado no original, no estúdio.

Hoje todos usam o “Wi-Fi” – Wireless Fidelity, tecnologia que garante à internet a fidelidade na recepção e transmissão dos sinais emitidos ou receptados por computadores, celulares, smarts, tablets e outros.

Em termos religiosos, “Fiel” significa o seguidor da sua religião, por opção consciente ou por adoção desde a infância.

No trabalho, a fidelidade faz assumir os compromissos, os regulamentos e a missão da empresa empregadora.

Na vida social ser e ter amigos é essencial, pois ninguém vive sozinho. A infidelidade destrói a confiança, mata a amizade e devolve a pessoa à sua própria solidão.

Uma pessoa “infiel” não é feliz. Primeiro que tem sempre uma preocupação a mais. A preocupação em ser desmascarado. A vida é tensa, pois no seu horizonte de vida está a reviravolta, ou a lei do retorno. Vai perder a família... Vai ser demitido... Vai ser ridicularizado pelos amigos. O estigma já existe, já marca sua alma. Sua vida já é uma farsa.

Pois é, a Fidelidade nos convida a sermos fortes, a superar as tentações, a vencer os apelos do mundo. Ser fiel é ser forte, corajoso e merecedor de todos os elogios possíveis. Ou é uma característica natural de um ser humano normal? Portanto, uma obrigação...


Imagem: Google



quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O BÊBADO E A PIZZA


... Da família

Sábado... Ele deve saiu de casa para buscar pizzas para a noite em família. Saiu mais cedo, pois certamente tinha mais algumas intenções.

Em casa a esperança, a alegria, a expectativa da saborosa pizza prometida desde o inicio da semana.

Ele está com duas... Talvez a esposa, dois ou três filhos, sem visitas. Uma reunião simples de família, mas aconchegante. Dever mais que necessário de um pai.

Porém... (Tudo tem um porém!),  entusiasmou-se com a cerveja. Ainda bem que comprou antes as pizzas... Já voltava pra casa, mas a situação era de uma tragédia grega.

Ele tinha mão direita uma lata de cerveja aberta... Na mão esquerda uma sacola com algumas latas cheias... E as pizzas estavam onde?

As pizzas, coitadas, estavam prezas entre o braço esquerdo e o corpo, mas, imaginem (eram semi-prontas, embaladas em caixas, aquelas de marca), dobradas ao meio, iguais cadernos de alunos relaxados.

Sim, sobradas ao meio e prezas junto ao corpo pelo seu braço esquerdo.

Temos facilidades em divertirmos com a infelicidade alheia. Ele estava mal, muito mal, cambaleante... Mas caminhava em direção de sua casa. Semi-lúcido sabia que a esposa e as crianças esperavam por eles e pelas pizzas.

Não sabemos como terminou esta história. Ela está na imaginação. Seu estado de embriaguez total, as cervejas e as pizzas dobradas e provavelmente desmanchadas. As decepções...

Talvez tenha dado tudo certo... A esposa tenha feito uma arrumação e ela e as crianças satisfeitas. Talvez não.

...E o álcool, a bebida, a má companhia, a irresponsabilidade, aprontando mais uma? As marcas indeléveis nas almas de pessoas inocentes, que apenas ansiavam por alguns momentos de alegria.

Até quando? Até quando esta civilização dos grandes feitos tecnológicos continuará refém do vício que amesquinha pessoas e a torna tão escrava!

Lembro-me de uma cena do filme “Paixão de Cristo”, em que Cristo está caído pela terceira vez e uma mulher no meio da multidão que acompanha aquela tragédia humana grita: “Alguém faça isso parar!”

A situação é a mesma. ...Mas, quem?



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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

DIAMANTES E PESSOAS


Diamantes valem muito e fazem o imaginário, especialmente de mulheres que anseiam por tê-los entre suas jóias, ainda mais quando os recebem como provas de amor de seus amados.

Os diamantes valem muito e movimentam milhões mundo afora. Envolvem instituições, empresas e até o crime organizado.

Mas, não isso não interessa agora...

O que interessa mesmo é que pessoas são como diamantes, pois são dilapidadas durante a vida. O diamante demora horas para ficar pronto para se tornar a maravilha que a mulher gosta de ver e ter. As pessoas demoram a vida inteira para estarem prontas para vencer a vida e na vida.

Os diamantes são dilapidados pela paciência e arte arte  do dilapidador. Este tenta visualizar os sonhos e os desenhos de quem vai usá-lo, quanto ele for transformado em joia.

As pessoas são formadas pelas experiovivências, que começam no ato de sua concepção. É desejável que uma vida comece sempre como um ato de amor. Duas pessoas se amam profundamente e desse amor nasce uma nova vida. Assim deve ser a vivência do sexo, ato supremo do amor entre duas pessoas. Muitas vezes vidas são geradas de forma violenta ou sem o consentimento pleno de uma das partes. A mulher é sempre o elo mais fraco da corrente.

É no ventre materno que a “dilapidação” começa. Se vida foi gerada com amor e por amor, é um bom começo. A infância até a puberdade é, também, um período crítico. É a fase em que se solidifica na mente da criança os valores vividos em família. Após esta fase começa a puberdade, ou a fase hormonal, ou a adolescência, ou a “aborrescência”, fase em que o amor familiar e os exemplos de ética e cidadania, são  fundamentais para a formação do caráter da pessoa.

A dilapidação é um processo contínuo... Nunca termina... Ah!, Sim... Termina com o ocaso da vida, ou melhor, com a morte. Ai, não tem mais jeito.

Dilapidação é colheita, é formação. Pode-se escolher o plantar, mas nunca o quê colher. Caminhos bons levam a bons destinos. O contrário também é verdade. Assim, muita gente se perde... e culpam os pais!

Os diamantes são violentados para se tornarem jóias raras, admiradas e desejadas. A vida nem sempre é amável para com as pessoas. Violenta-as, purificam-nas no calor do fogo (sofrimento) e com as dores dos problemas, pois as soluções de uns geram novos problemas e assim por diante. É o processo contínuo...

Porém, uma coisa é certa: pessoas felizes, realizadas, consolidadas, vitoriosas, valem muito, mas muito mais que um diamante. 

Quem as conhecem, façam o favo de preservá-las como amigas.



Imagem: Google.

NÃO SE AMOFINE!



“Resolvi mudar, voltei a malhar... Estava me amofinando!”

Esta frase contendo a palavra “amofinando”, remete-nos a uma antiga música do cancioneiro brasileiro, na qual num dos versos consta a expressão: “... O homem não deve se amofinar” (da música “De Papo pro Ar”, de autoria de Jouber de Carvalho e Olegário Mariano)

Amofinar-se é tornar-se triste, acabrunhado, sem esperanças, infeliz.. É quando a pessoa se fecha sobre si mesma, numa espécie de depressão. É negar-se a viver, a sorrir.

Isso é muito ruim, pois a tristeza, a negatividade que começa na própria pessoa e vai se espalhando e atingindo as pessoas que fazem parte Do seu ciclo de vida. Os familiares ficam aborrecidos, angustiados, aflitos, desaparece a calma.

Frustração? Decepção? Objetivos não atingidos? Não saber lidar com as perdas? Dívidas? Desemprego? Introspecção pessoal? Insucesso com mulheres? Negócios mal conduzidos? Agiotas? Drogas?

Difícil é determinar as causas... Alguma (ou algumas) tem!

O importante mesmo é a tomada de consciência e perceber que as coisas estão mudando: afastamento dos amigos, solidão, nada tem graça, a música é barulhenta, as conversas desagradam, vontade de dormir, dormir, dormir... É um buraco. O jeito é sair dele, mudar a concepção do mundo.  Se não conseguir, imediatamente pedir ajuda. Ajuda séria...

Essa tomada de consciência, com ajuda ou não, deve partir do autoconhecimento. Saber o quê está acontecendo... Quais as motivações? Qual a linha do tempo? Quanto começou?

O que interessa é a superação, a transformação. A vida é para ser vivida de maneira feliz, intensa, realizando sonhos, transformando e melhorando outras pessoas.

Está nervoso? Irritado? Triste? Faça alguma coisa diferente. Vá dançar, visitar amigos, caminhar na praia, fazer trilha, pescar, namorar conversar... Tenha paciência com os amigos chatos, com os ambientes, mesmo que bons, mas com os quais não está acostumado.

Melhore seu marketing pessoal e incremente seu networking, principalmente com as redes sociais, combatendo a solidão.  Ao invés de tristeza, alegria. Ao invés de pessimismo, otimismo.

A felicidade é questão de tempo!


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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

PASSEIO SOCRÁTICO


Nós, deste blog, aprendemos esse assunto com frei Beto. É o “Passeio Socrático". O filósofo Sócrates, um dos grandes pilares da filosofia grega, passeava pelo mercado de Atenas, quando foi visto por um dos seus discípulos. Seguiu-se o seguinte diálogo:
- Mestre, o senhor por aqui? – Pensando que o  mestre estava interessado pelos produtos vendidos no mercado, especialmente aquelas novidades do oriente.
- Sim, respondeu Sócrates. Estou vendo tudo que eu não preciso para ser feliz.

Esta fala de Sócrates seduziu frei Beto que fez um estudo a respeito das influências do consumismo capitalista e dá ensejo a uma série de reflexões a respeito do cotidiano das pessoas no mundo de hoje.

O que é um “Passeio Socrático” hoje? É não ceder aos apelos da propaganda. O mundo midiático procura fazer a massificação, isto é, tornar todos indistintamente uma massa homogênea de pessoas voltadas para o consumo. É o consumo que move o capitalismo, que gera empregos, que faz toda a engrenagem econômica girar.

Sócrates dizia que passear pelo mercado era para perceber as coisas que não lhe são necessárias, que não lhe são úteis. A felicidade dele estava embasada em outros valores. Hoje tudo se inverteu.

A massificação tenta incutir na cabeça das pessoas a necessidade de consumir. Num passado não muito distante as pessoas vestiam suas melhores roupas para irem ao templo. Hoje o “templo" é o shopping. As pessoas comparecem para o “culto” de comprar. É muito comum se perceber crianças fazendo birras homéricas, querendo coisas que talvez os pais não possam comprar, ou já tiveram o limite do cartão de crédito estourado.

“Passeio Socrático” é ter a consciência plena de que ir ao shopping é um direito, até uma  terapia. Ver as novidades, tal como Sócrates fazia, mas jamais ceder ao impulso de consumir. Todos que trabalham ali querem vender, é a missão da vida de cada um. Muitos até necessitam vender pela simples sobrevivência, ou porque se não cumprirem as metas estabelecidas pelo patrão, correm o risco de perderem o emprego. É um jogo silencioso, bruto, para não dizer cruel.

Assim é o mundo atual. Muitos dramas escondidos nas expressões de felicidade estampadas nos sorrisos das pessoas. Ansiedade por vender, ansiedade por comprar... No centro do redemoinho a batalha financeira.

O jeito mesmo é fazer parte da “Família Miranda”, aquela que vai ao shopping, caminha, passeia, “mira e anda”, “mira e anda” e quando entra numa loja é simplesmente para perguntar: “...Que horas são?”

Assim se faz um “Passeio Socrático”, Comprar apenas o que é necessário e que contribui para a nossa felicidade.

Esse assunto merece mais reflexão...


Imagem:  Google