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"O amor é isso: Não prende, não aperta, não sufoca. Porque quando vira nó, já deixou de ser laço". Mário Quintana
domingo, 31 de agosto de 2014
sábado, 30 de agosto de 2014
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
ESTAMOS EM FESTA - PRIMEIRO ANIVERSÁRIO!
Hoje o
nosso blog NOS & LAÇOS completa o seu primeiro aniversário. Não foram
postagens 100% diárias, por motivos alheios á nossa vontade. Atingimos 354
postagens até ontem
Estamos
em tempos de comemorações, não só o primeiro ano de atividades, mas especialmente
as 11.324 visualizações, completadas nesta quinta feira, as 23 horas.
Sentimo-nos
profundamente agradecidos pelas visitas diárias ao nosso blog. Cada visita é um
incentivo para que continuemos o trabalho. Ele é para nós uma motivação para a
vida, motivação que procuramos refletir nas novas postagens.
Obrigado,
com toda a força do nosso coração!
Relembrando,
os objetivos do nosso blog são bem simples: apresentar textos de fácil
compreensão, abordando temas do cotidiano, sempre procurando ressaltar o lado
bom da vida, como encontrar forças para superar as suas dificuldades.
Interessa-nos a harmonia social, as amizades sempre se fortalecendo e as
pessoas cada vez mais felizes.
Nos
finais de semana, tomamos a liberdade de postar mensagens motivacionais ou
poemas e reflexões, primeiro para resgatar o gosto pela poesia, fazendo a sua
divulgação. As reflexões seguem a linha proposta pelo blog que é sempre o bem
das pessoas e o seu bem-estar.
Também
postamos músicas que julgamos de qualidade em contraponto ao que está sendo popularizado
pela mídia, esta mais preocupada com o lucro imediato e o consumo
principalmente da juventude. A música é uma arte, sua letra um poema, também
uma arte. Sua interpretação outra arte. Então, quando resgatamos uma música,
que embora não tenha sido um sucesso estrondoso, ela mantém a qualidade da
verdadeira arte. É, enfim, cultura e conhecimento.
Assim é
o nosso blog...
Assim é
a nossa maneira de agradecer o dom da vida, o dom do amor, com os quais fomos
presenteamos e somos abençoados...
Estamos
em festa, sim, mas a vida continua, e trabalho não nos falta...
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quinta-feira, 28 de agosto de 2014
SENTIR A DOR DAS PESSOAS
Não é
algo muito fácil. Uns dizem que basta ter coração, isto é, sentimentos. Sentir
a dor do outro é um exercício de se colocar no lugar dele e dele viver as
circunstâncias que está vivendo. Mas não é bem assim. Cada ser humano tem uma
história diferente, tem diferentes visões do mundo e das pessoas... E em
lugares e tempos diferentes
Então o
melhor projeto é ser solidário, que se colocar no mais possível no mesmo nível
da outra pessoa. É necessário ouvi-las, sem interferir, sem invadir o seu
mundo. A nossa manifestação só deve ser colocada se a outra pessoa pedir e
estiver pronta para ouvir. Nos primeiros instantes, basta o simples ouvir, sem
pré-julgamentos ou preconceitos.
Os
místicos tentam provar a existência de Deus através da existência do sentimento
único, pessoal, individual, intocável, indescritível. Dizem que existe em cada
ser humano um cantinho especial onde só a pessoa e Deus têm acesso. Esse
cantinho pode estar na mente, no coração ou na alma. A pessoa sabe, sente, mas
não consegue identificá-lo. Deus sabe, lê e interpreta. Por isso a pessoa se
consola, se acalma, quando reza para o Deus de sua crença.
Se
sentir a dor das pessoas nas mesmas dimensões é impossível, o melhor que podemos
fazer é sermos solidários a elas, não abandoná-las, quando ela estiver só, pois
são nesses momentos que a dor aumenta. É muito fácil dizer: “...Eu imagino o que você está sentindo...”
Dar-lhe um abraço e ir embora. Amizade não é isso, amor não é isso,
solidariedade não é isso.
Solidariedade
é um ato de bondade espontâneo para com o próximo. É movida por um forte
sentimento, pois faz com que as pessoas se aproximem para a ajuda mútua. Vai
muito além da simples ajuda imediata e busca as raízes dos sofrimentos das
pessoas. Não prende, não amarra... Tem como impulso o respeito e a liberdade.
O
grande lance é um longo, apertado e silencioso abraço. Deixar chorar, deixar
falar, desabafar até cansar... E permanecer ão seu lado, mesmo em silêncio... É
disso que as pessoas sofredoras e solitárias precisam.
As
pessoas precisam de outras pessoas ao seu lado, jamais se colocar no lugar
delas, o que é uma utopia. Pessoas umas ao lado das outras caminham juntas,
dividem o silêncio, compartilham as falas, dores, angústias e problemas... Não
se julgam e miram o mesmo horizonte.
A
melhor parte do corpo é o ombro, porque nele alguém pode apoiar sua cabeça e
chorar em silêncio.
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quarta-feira, 27 de agosto de 2014
ESPIRITUALIDADE E DOENÇA
O que
era tradição e sabedoria popular agora está se tornando motivo de preocupação
da medicina ou dela chamando a atenção. É a relação entre espiritualidade e
doença, ou melhor, como a cura ou a piora das doenças.
Já são
realizados estudos científicos, simpósios e congressos. A ciência tem procurado
compreender o mecanismo que faz a interrelação entre a espiritualidade e a
saúde física, mental e psicológica das pessoas.
E a
novidade mais importante é que esses temas estão saindo do âmbito meramente
religioso, confessional, para o interesse geral, abrangendo as pessoas não
religiosas.
O que
já é certo é que o rancor, o ódio, a raiva, a tristeza, fazem com que o
organismo libere determinadas substâncias que diminuem a imunidade, aumentam as
taxas de infecção, de câncer, de neoplasias.
Da
mesma forma, a hiperexcitação, a agitação, faz incrementar o sistema
imunológico, trazendo doenças reumáticas, diabetes e autoimunes. É lógico que não se pode descartar as origens
naturais dessas doenças. O que está chamando a atenção dos estudiosos é a
incidência maior dessas doenças em pessoas com tais caracteres psicológicos e
espirituais.
Doenças
autoimunes são aquelas que o organismo produz anticorpos contra células não
doentes e antígenos, impedindo a cura da doença. Um exemplo é o tratamento dos diabetes,
quando os anticorpos atacam justamente a insulina que regula o açúcar produzido
pelo pâncreas, agravando a doença. A medicina já listou mais de oitenta doenças
autoimunes.
Muito
importante: nada substitui a medicina clássica e ortodoxa... Nada de
fanatismo...
Mas é
muito bom para os profissionais da saúde quando os pacientes colaboram com o
trabalho deles. E uma forma de colaborar intensamente com eles é cultivar a
espiritualidade, de forma madura, equilibrada e na dose certa.
Cultivar
o amor, a bondade, os gestos de caridade, o altruísmo, a oração ao Deus de sua
crença, a gratidão diária e constante... A fé... A fé na vida e no trabalho dos
profissionais.
Quando
insistimos no equilíbrio é porque, o exagero na fé, deixando de lado o caminho
natural das coisas também prejudica. Hoje a medicina procura ser cada vez menos
invasiva, respeitando a integridade do corpo, que é templo da vida e do Deus
Criador. Ela erra, pois é conduzida por mãos humanas, mas jamais é sua
intenção. Os abusos quer de profissionais, quer dos planos e sistemas,
acontecem pelo mesmo motivo.
A nós
cabem, como pacientes e sujeitos desse processo fazer a nossa parte, com otimismo, alegria, fé
(na medida correta). A fé, a sua vivência na sociedade, diviniza o humano e
humaniza o divino.
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terça-feira, 26 de agosto de 2014
CUIDAR DOS AMIGOS
As
redes sociais estão inundadas de frases, pensamentos e mensagens a respeito da
amizade. Muitos mandam mensagens generalizadas, isto é, a mesma mensagem para
todos de sua rede. E muitos as replicam para os de sua e assim por diante. Muitas
vezes sem a preocupação de retirar delas o remetente anterior. Passam a ser
mensagens estereotipadas, massificadas, banalizadas.
A
verdadeira amizade acaba ficando no vazio, banalizada. A solidão das pessoas
aumenta, pois muitas delas necessitam naquele momento de um ombro amigo que as
acolham, que simplesmente as ouçam. Nas redes sociais está apenas o consolo
momentâneo.
As
redes sociais têm o seu valor, a sua importância e seu valor social, quando
permite o contato, as falas, as notícias, o networking... Mas não substitui o
contato pessoal, o abraço afetivo, o acolhimento, o cuidado.
“O que se opõe ao descuido e ao descaso é
cuidado. Cuidar é mis que um ato, é uma atitude. Portanto, abrange mais que um
momento de atenção. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de
responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro”. Leonardo Boff
A
amizade verdadeira cuida afetiva e efetivamente das pessoas. Há uma história
por detrás de cada pessoa. Há uma série de razões para que elas sejam como realmente
são. Convém pensar nisso antes de emitirmos qualquer opinião sobre elas ou
julgamento delas.
Cada
pessoa tem uma história de vida única, plena de luzes e sombras, contradições,
enfim. Para a amizade verdadeira isso pouco importa. A amizade sozinha não
basta, ela não se basta a si mesma, precisa do outro, projeta-se no outro. A
amizade é humana, essencialmente humana.
Por
isso é fundamento o contato, a conversa, o “alô”. Muitas vezes as pessoas
correm muito, são ativas, “caem de cabeça” numa atividade; no trabalho se
tornam workaholics. Mas no fundo de sua alma há uma tristeza, uma carência, uma
dependência, uma saudade de algo que lhe é indefinido, mas dói e dói muito. É a
saudade do abraço, do ouvir...
Uma
simples fala: “... Vai dar tudo certo...
Você é forte... Isso vai passar... Conte sempre comigo (de verdade)”... É o
suficiente para acalmar o espírito angustiado e sofrido. Essa pessoa
provavelmente já acessou o seu site preferido de relacionamento preferido, mas
o que viu lá não foi suficiente. O que vale mesmo é o pessoal, a voz amiga, o
sorriso, abraço acolhedor e humano.
Para
uma amizade verdadeira, atenção e carinho é tudo...
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segunda-feira, 25 de agosto de 2014
FECHANDO O CÍRCULO DA FOFOCA
Assim
ensina o filósofo Gibran Khalil Gibran:
“Aprendi o silêncio com os faladores,
tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos. E sou grato a esses
professores”.
A
fofoca segue um rastilho de pólvora e não tem fim. Explode mesmo! É uma espécie
de arrastão que a ninguém poupa. Todos são afetados, especialmente aqueles que
dão importância ao que é falado.
A única
forma de interromper a propagação de uma fofoca é silenciar diante dela. Se
cada um proceder dessa maneira, uma barreira será formada e ela morrerá por
falta de alimentação.
A
natureza nos proveu de dois ouvidos, dois olhos e uma só boca. A mensagem é
para que ouçamos muito e falemos menos, ou apenas o necessário. O silêncio é uma
capacidade dos fortes, pois não é fácil engolir sapos, isto é, bloquear na
garganta aquela vontade indômita de responder à altura a uma falação ou
provocação.
Entre
as múltiplas características da fofoca destaca-se aquela que vem do jargão
futebolístico: a melhor defesa é o ataque. As pessoas tendem a falar muito,
para não dar espaço ao contra-ataque. Quem fala demais, fala em demasia... E
quem responde a uma fofoca se esquece de que a passar para frente uma notícia,
da qual não tem certeza da veracidade é,
no mínimo, nivelar-se por baixo.
É legal
revisitarmos a parábola das três peneiras:
Certa
vez um homem chegou até Sócrates e disse:
- Mestre, tenho que contar-te algo importante
a respeito de teu amigo!
- Espere um pouco – interrompeu o mestre -, fizeste passar aquilo que me queres contar pelas três peneiras?
- Três peneiras?
- Então, escuta bem! A primeira peneira é a
da VERDADE. Estás convicto de que tudo o que queres dizer-me é verdade?
- Não exatamente, somente o ouvi dos outros.
-Mas, então, certamente o fizeste passar pela
segunda peneira? Trata-se da peneira da BONDADE.
O homem
ficou ruborizado e respondeu:
- Devo confessar-lhe que não.
- E pensaste na terceira peneira? Vendo se me
seria útil o que queres falar-me a respeito do meu amigo? Seria esta a peneira
da UTILIDADE.
- Útil? Na verdade, não.
- Vês – disse-lhe o mestre – Se aquilo que
queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que
guardes somente para si. (Autor desconhecido,
fonte Google)
O
silêncio é uma arma poderosa para interromper uma fofoca ou um conflito. O
silêncio é eloquente, quer dizer muita coisa e chega a incomodar. Porém, nos
impede de perdermos a razão, de falarmos o indevido, de sermos inoportunos ou
intempestivos. Faz a poeira, ou a adrenalina, ou a tensão, baixarem. Assim,
abre caminho para o diálogo maduro.
O
silêncio é um dos promotores da paz.
Imagem:
Google
sábado, 23 de agosto de 2014
POETA POPULAR ANTONIO MARINHO, DE SÃO JOSÉ DO EGITO -PE, HOMENAGEA EDUARDO CAMPOS
O
velório de Eduardo Campos (foto), precocemente falecido em acidente aéreo, em Santos –
SP, no dia 13 de Agosto de 2014, foi surpreendente pelas manifestações de amor
e respeito, especialmente do povo simples da sociedade pernambucana, não só de
Recife, da Região Metropolitana, mas também de todo o estado e, também, do Nordeste.
“Vamos plantar Eduardo e adubar este plantio
De sonhos pelo que é justo, do bem diante do
hostil
Nosso guerreiro tombou, mas sua alma subiu
No céu brilhante da historia, um astro novo
surgiu
Guiando todos os olhos, do rebanho que pariu
E hoje se sente órfão, pelo farol que partiu
Mas partiu para brilhar mais, no firmamento
de anil
Será luz na caminhada, Deu consola quem feriu
Nós seguiremos unidos, pois ele nos reuniu
Vamos pegar no serviço, como ele sempre pediu
Pra levantar a bandeira, que a meio mastro
caiu
Pois Eduardo está vivo, em tudo que construiu
Todo povo brasileiro, o seu legado assumiu
Vamos estar firmes na luta, seguindo nos uniu
Eduardo, todos nós
Seguiremos tua voz
Sem temer nenhum algoz,
sem desistir do Brasil”
(Antonio
Marinho – Poeta de São José do Egito – Pernambuco)
Imagens: Google
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
AJUDANDO AJUDAR
Não
seremos bons pelas leis que criamos, mas pelos sentimentos, gestos e atitudes.
A lei é objetiva, orienta a organização da sociedade, cria regras, normas,
procedimentos, mas não nos transforma em pessoas boas.
Já
comentamos muitas vezes que os filósofos clássicos já ensinaram que “nenhum ser humano é uma ilha”.
Portanto, ninguém vive só. Alguém sempre precisa de alguém... Até para gerar
filhos.
Há a
interdependência... Uns ajudam aos outros e vice-versa (mesmo sem a intenção
pré-estabelecida) para o bem ou para o mal. Há tantas boas influências, como as
más são até mais intensas. Os perigos são enormes. E agora, com a internet, a
situação piora em muito.
A lei
existe praticamente para os maus. Os bons estão acima dela. Um exemplo: a lei
que proíbe fumar em determinados locais não tem validade para quem não fuma...
e assim por diante!
Bom
seria, se pudéssemos investir, numa grande e solidária operação para que as
pessoas todas não se deixassem influenciar por más companhias, por apelos
mundanos, aquelas motivações para viver a vida intensamente, sem muita
preocupação com a ética e com a preservação da saúde, com o ambiente. Isso em
muito nos entristece.
Os bons
ajudando os demais a serem bons... Mas como fazer isso? Difícil, muito difícil.
Nada acontece por decreto ou por acaso. Não há nem haverá lei para isso.
Dependerá do bom exemplo dos bons.
Gandhi
disse certa vez: “Seja você a mudança que
você quer ver no mundo”... E de outra feita, Martin Luther King, Jr
comentou: “O que me impressiona mais não
é a ação dos maus, mas o silêncio dos bons”...
Sem
passeatas e quebra-quebras...
Valerá
o bom exemplo. Pequenos gestos, gentilezas, sorriso franco, acolhimento, sem
preconceitos... Não à violência... Sim ao diálogo franco e constante... Sim à religiosidade.
As
pessoas não são más por natureza. Se agem, violentando a si mesmas e aos
outros, em muitos casos são movidas por circunstâncias da vida, geradas pela
ausência da sociedade, pela banalização de tudo e pela falta de autoridade.
Nesse
sentido, se as pessoas não são tão más assim, resta aos bons ajudá-las a fazer
o bem.
Se cada
um fizer sua parte, ainda que em pequenos passos gestos, no todo, Luther King,
Jr não ficará mais tão decepcionado!
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quinta-feira, 21 de agosto de 2014
O ESTADISTA
Um
assunto novo: A Política. Teve inicio nesta semana o horário político no radio
e na televisão. Sobre a importância ou (dês)importância dele, muita gente já comentou,
está comentando ou Irá comentar. É necessário, sim, mas precisa rever seu conteúdo,
ser mais educativo, mais formador de opiniões.
Queremos
refletir sobre a figura mais importante do processo político: o Estadista. Será
que eles existem? Não, não existem. Se existem, ainda estão perdidos por aí..
Há
muitos estudos a respeito. Filósofos, sociólogos, jornalistas especializados,
têm cuidado do assunto. As livrarias possuem seções inteiras com livros de
todos os tipos de comentários a respeito.
Nosso
espaço é pequeno. Resta-nos uma síntese. Assim, o Estadista não é um político
comum. Ele é antes de tudo um sonhador, pois visualiza do futuro da sociedade.
Ele administra para as gerações que virão. O Estadista é o político por
excelência. É aquele que atendendo o chamado da sociedade, vai cuidar dela.
O
político comum, exatamente aquele que estamos acostumados a ver e se apresentar
nos meios de comunicação e que está representando a sociedade nas casas
legislativas e nos poderes país.
Há uma
diferença sideral entre o Estadista e o político. O Estadista, como dissemos,
governa para o futuro, pensando no coletivo, no bem comum. O político para o
presente, para o individual, para ele próprio. O Estadista não é um político
profissional, de carreira, isto é, não faz da política uma profissão, ao
contrário dos políticos comuns, que movem céus, terra e mares, para permanecerrm
no poder.
Estamos
carentes de Estadistas e plenos de políticos comuns. O que tínhamos, logo
perdemos: Eduardo Campos (foto). O que nos dá segurança para tal afirmação foi a
reação do povo simples, que ao se sentir desamparado e sem perspectiva, chorou
muito sua morte precoce. Eduardo Campos tinha traços de Estadista, sua fala era
diferente, já tinha mostrado, em parte, na prática, quando governou seu estado
(Pernambuco). É certo que Estadistas e políticos seguem caminhos semelhantes
para chegarem ao poder. As semelhanças terminam aí.
Porém,
os Estadistas precisam ser descobertos e sustentados por uma sociedade educada.
Um povo educado não interessa ao político comum, pois este o confrontará no
futuro. Da mesma forma que políticos comuns não gostam de obras de
infra-instrutora que desaparecem quando prontas. E a sustentação acontece com a
preservação dos valores humanos, com a concepção do bem comum, da educação
ambiental, do fim das desigualdades e da violência em todos os seus matizes.
A formação
política do povo, tal qual a preparação do Estadista é um projeto de longo
prazo, pois infelizmente, a geração atual está perdida.
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quarta-feira, 20 de agosto de 2014
PERDAS
Perdas,
sempre as teremos na vida! Em algum momento elas acontecerão, mais cedo ou mais
tarde. Resta-nos prepararmos para o momento delas acontecerem, pois elas
chegarão de surpresa...
E já no
primeiro dia fora da barriga da mãe experimentamos uma grande perda: aquele
lugar aconchegante no qual vivemos os primeiros nove meses da nossa vida. Cortam
o nosso cordão umbilical e até apanhamos (levamos um tapa na bunda) para
acordarmos e percebermos que devemos “sobreviver” por nossa conta e risco.
Pequenas
ou grandes perdas... O cordão umbilical, uma relíquia, uma fotografia, um
parente próximo, o emprego dos sonhos, o ano escolar, a medalha daquela competição,
o amor da nossa vida, a tese não aprovada, o mascote da nossa casa, o carro
roubado, o melhor livro emprestado e não devolvido... O modelo de nossas
vidas... E tantos outros exemplos...
Algumas
perdas podem ser revertidas. Outras são definitivas, irreversíveis e
inevitáveis. Elas nos confrontam com nossos apegos... Com nossa maturidade...
Filosofias
orientais procuram levar as pessoas ao desapego dos problemas para chegar à paz
interior, ou ao paraíso, ao “Nirvana”. São exercícios intensos e que exigem
grande concentração e esforços.
Religiões,
como a cristã, pregam o desapego dos bens materiais, para chegar à perfeição de
vida.
Porém,
na contramão de tudo isso está a teoria consumista do capitalismo que impera na
atualidade, quando o “ter” e mais importante que o “ser”. Assim, fica muito
mais difícil “crescer” o suficiente para superar as perdas materiais e
imateriais. Essa teoria inocula em nossas veias, lentamente, a idéia de não se
acostumar às perdas materiais, principalmente.
Perdemos
constantemente. Dia-pós-dia, hora-pós-hora, somos instigados, exigidos, a tomar
decisões, a fazer escolhas... Em última análise, a preservar algumas coisas e
desprezar (perder) outras.
A
reflexão sobre as perdas nos leva ao crescimento, ao amadurecimento, pois
precisamos desde logo aprender separar as coisas. Objetos materiais guardados e
não utilizados num período de pelo menos um ano, já não serve para mais nada. Temos
que nos livrar deles, doendo ou não!
Os
motivos emocionais, afetivos, nos ligam ao passado, ao nosso aprendizado, que
nos une familiarmente e servem de base para os enfrentamentos da vida, estes,
sim, devem ser guardados e preservados.
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segunda-feira, 18 de agosto de 2014
FORTALEZA E FRAGILIDADE DA VIDA
De
repente, mais que de repente, uma mulher grávida vai ao médico para o pré-natal
e descobre que sua pressão arterial está altíssima. Mãe e filho correm perigo.
O médico a interna e prescreve além da medicação, o acompanhamento contínuo da
pressão. Já no meio da noite o médico decide pela antecipação do parto, pois as
vidas estão por um fio. Ambos foram salvos. A vida saiu fortalecida.
A
imprensa repercutiu e sensacionalizou...
Vó e neto caminhavam pela calçada. De repente, mais que de repente um
carro desgovernado bate noutro e este desliza, sobe na calçada, bate na senhora
atirando-a longe e passa por cima da cabeça do menino. Este se levanta
rapidamente e corre para levantar a vó, que também teve ferimentos leves. A vida
de novo se fortaleceu e um milagre aconteceu.
Os
programas policiais estão repletos de casos em mulheres lindas e jovens se
envolvem, com a melhor das intenções, com homens que surgem em suas vidas
prometendo o paraíso aqui na terra. Passam-se poucos dias ou meses, os homens
se transformam em monstros e as lindas jovens tragicamente morrem desfiguradas
pela violência até então disfarçadas. A vida desaparece por um fio.
Crianças
violentadas, enterradas praticamente vivas, porque eram estorvos nos novos relacionamentos
dos pais. De repente vida fragilizada.
De
repente, mais que de repente, numa estrada que liga duas grandes cidades,
trânsito infernal, velocidades altíssimas, um abalroamento que gera um grande
engavetamento. O carro dele bate, não capota, mas vira ao contrário e dá de
frente com uma carreta que não pára. O choque é violento... As batidas se
sucedem... Ele sai do carro que praticamente é um monte de ferros retorcidos.
Está tomado pelos vidros estilhaçados, mas não tem um mais uns poucos arranhões.
Senta-se à beira da agitada rodovia e chora, agradecendo a Deus, o milagre da
vida fortalecida.
De
repente, mais que de repente... Ele sente forte dor no peito. Só, corre para o
pronto atendimento. No balcão mal consegue falar para o atendente: “... Dói muito, preciso de ajuda!” Ajoelha-se
e já está morto... Infarto fulminante! Sirenes, ambulâncias, atendimento de
emergência... Uns tiveram tempo outros nem tanto. Fortaleza e fragilidade da
vida.
De
repente, mais que de repente ela precisa levar o companheiro ao hospital. Lá
chegando, enquanto ele aguarda atendimento, ela está com uma forte dor de
cabeça. O hospital não aceita o seu plano e ela tem de procurar outro. Sem que
o companheiro seja atendido, ambos correm. Ela desmaia e vai direto para a UTI.
Dias depois ela está morta! A fortaleza da vida se desfaz.
De
repente, mais que de repente... Um projeto de vida, uma esperança no ar, um
sorriso aberto, olhos que brilham e catalisam... Não há tempo a perder, pois a
luta é árdua... O avião o melhor transporte... Compromissos... O avião levanta
vôo... Tudo está tranquilo... A viagem é curta. O tempo está chuvoso. O avião
não pousa, arremete e cai em seguida, numa grande e inominável tragédia. O
brilho da esperança se esvai como a fumaça e a onda de destruição que o
acidente causa. Eduardo Campos e seus assessores estavam nesse avião. O fio
frágil da vida se rompe...
Infelizmente,
a fortaleza e a fragilidade da vida, unidas (ou separadas) por um tênue fio,
impossível de ser explicado e compreendido.
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sábado, 16 de agosto de 2014
EDUARDO CAMPOS (*1965 / †2014)
O
Brasil está estupefato... Um acidente aéreo na cidade de Santos-SP fez vítima o
candidato a presidente da República do Brasil, o ex-governador de Pernambuco,
Eduardo Campos.
Unanimidade
nacional: um dos mais jovens candidatos ao cargo maior do país. Uma esperança,
uma liderança surgida no período pós-ditadura, aquela que praticamente calou
aquelas pessoas que poderiam levar esperanças de dias melhores para o país.
Eduardo
Campos nasceu em Recife, Pernambuco, no dia 10 de Agosto de 1965 e morreu em
Santos, São Paulo, no dia 13 de Agosto de 2014, no mesmo dia em que, há 09
anos, morrera seu avô e inspirador político, Miguel Arraes, um dos maiores
nomes da política nordestina e um dos pilares da resistência à Ditadura Militar
(Estava no exílio, quando Eduardo nasceu).
Graduado
em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco. Era casado com D. Renata
Campos e pai de cinco filhos, sendo o caçula de apenas sete meses de idade.
Eduardo
Campos ocupou vários cargos públicos e políticos, sendo Deputado Federal,
Ministro de Estado, Secretário Estadual e governador do Estado de Pernambuco
por duas vezes, em ambas eleito com votação extremamente significativa.
Ele
tinha um futuro brilhante pela frente. Sua pessoa, por ela mesma, irradiava
esperança. Sorriso franco e pronto, olhos azuis perspicazes mantinham-se
atentos a tudo e enxergavam longe, atingindo os mesmos horizontes de suas
idéias e ideais. Era um socialista, Presidente Nacional do PSB, Partido
Socialista Brasileiro, sucedendo exatamente seu avô, Miguel Arraes.
Seu
socialismo era moderno e atual, pois defendia numa economia aberta, num Estado
enxuto, e muito importante, acreditava fielmente na Educação, como base para as
mudanças de que o país necessita.
Simples,
simpático, alegre, empático, exímio contador de histórias, catalisava em torno
de si amizades, desde as pessoas mais simples até as de posições mais elevadas.
Para as criticas e perguntas mais difíceis, tinha sempre uma resposta serena.
Um
homem todo família, jamais se descuidava dela. Seus filhos refletem a presença
e o carisma dele. Cristão, era contra o aborto, mas reconhecia as demandas da
sociedade moderna, inclusive o casamento homossexual.
Uma de
suas realizações mais importantes no Governo de Pernambuco foi a premiação dos
melhores alunos da Rede Pública, portanto, alunos pobres, com intercâmbio
internacional para aperfeiçoamento de idiomas. Só no ano passado foram mais de
1.600 alunos que viajaram para o Canadá, Austrália, Chile e outros países. O
brilho dos olhos desses jovens não tem como esquecer. A maioria das escolas da rede oficial de
Pernambuco era de tempo integral. Estágio avançado, sendo que em outros Estados
o sistema está apenas começando.
Administrador
firme, recebeu vários prêmios internacionais de gestão, inclusive da ONU.
Eduardo
Campos estava em terceiro lugar na corrida presidencial. Ele se mantinha
otimista. As chances eram poucas, mas o principal estava acontecendo: o
discurso novo, a alternativa, a liderança nova, o desequilíbrio.
A dor
da perda é grande... O sentimento de
vazio é enorme... A certeza de que esse vazio jamais será preenchido uma
realidade.
Que a
preservação de sua memória inspire outras pessoas de bem a trilhar os seus
caminhos. As gerações futuras agradecerão.
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quinta-feira, 14 de agosto de 2014
FIDELIDADE, FIDELIDADES
A vida
testa a nossa fidelidade a todo instante. No trabalho, na vida conjugal, nas
amizades, nos compromissos, enfim...
A
expressão tem origem do latim “Fidelis”,
que significa uma atitude de quem é fiel, de quem assume o compromisso e o leva
até o fim. É uma característica daquela pessoa que é leal, que é confiável, que
é honesto, que é verdadeiro.
Fidelidade
rima com constância, com permanência, com continuidade...
A fidelidade,
por incrível que pareça, é usada em tantos outros sentidos e está sempre perto
de nós, não apenas no âmbito conjugal. Neste, fidelidade é essencial para a
permanência do casal. É muito fácil ser fiel quando se está próximo, o desafio
é manter a fidelidade se está longe, à distância. Ela é única, pois quando
deixa de existir, a relação se desestabiliza e acaba no instante seguinte.
Exemplos
de fidelidades no nosso dia a dia: em tempos não muito distantes era comum
designar aparelhos de som de “Hi-Fi”, da expressão inglesa Hight Fidelity, a
famosa “Alta Fidelidade”, uma espécie de garantia de que o aparelho reproduzia
o som tal qual era gerado no original, no estúdio.
Hoje
todos usam o “Wi-Fi” – Wireless Fidelity, tecnologia que garante à internet a
fidelidade na recepção e transmissão dos sinais emitidos ou receptados por
computadores, celulares, smarts, tablets e outros.
Em
termos religiosos, “Fiel” significa o seguidor da sua religião, por opção
consciente ou por adoção desde a infância.
No
trabalho, a fidelidade faz assumir os compromissos, os regulamentos e a missão
da empresa empregadora.
Na vida
social ser e ter amigos é essencial, pois ninguém vive sozinho. A infidelidade
destrói a confiança, mata a amizade e devolve a pessoa à sua própria solidão.
Uma
pessoa “infiel” não é feliz. Primeiro que tem sempre uma preocupação a mais. A
preocupação em ser desmascarado. A vida é tensa, pois no seu horizonte de vida
está a reviravolta, ou a lei do retorno. Vai perder a família... Vai ser
demitido... Vai ser ridicularizado pelos amigos. O estigma já existe, já marca
sua alma. Sua vida já é uma farsa.
Pois é,
a Fidelidade nos convida a sermos fortes, a superar as tentações, a vencer os
apelos do mundo. Ser fiel é ser forte, corajoso e merecedor de todos os elogios
possíveis. Ou é uma característica natural de um ser humano normal? Portanto,
uma obrigação...
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quarta-feira, 13 de agosto de 2014
O BÊBADO E A PIZZA
... Da
família
Sábado...
Ele deve saiu de casa para buscar pizzas para a noite em família. Saiu mais
cedo, pois certamente tinha mais algumas intenções.
Em casa
a esperança, a alegria, a expectativa da saborosa pizza prometida desde o
inicio da semana.
Ele
está com duas... Talvez a esposa, dois ou três filhos, sem visitas. Uma reunião
simples de família, mas aconchegante. Dever mais que necessário de um pai.
Porém...
(Tudo tem um porém!), entusiasmou-se com
a cerveja. Ainda bem que comprou antes as pizzas... Já voltava pra casa, mas a
situação era de uma tragédia grega.
Ele
tinha mão direita uma lata de cerveja aberta... Na mão esquerda uma sacola com
algumas latas cheias... E as pizzas estavam onde?
As
pizzas, coitadas, estavam prezas entre o braço esquerdo e o corpo, mas,
imaginem (eram semi-prontas, embaladas em caixas, aquelas de marca), dobradas
ao meio, iguais cadernos de alunos relaxados.
Sim,
sobradas ao meio e prezas junto ao corpo pelo seu braço esquerdo.
Temos
facilidades em divertirmos com a infelicidade alheia. Ele estava mal, muito
mal, cambaleante... Mas caminhava em direção de sua casa. Semi-lúcido sabia que
a esposa e as crianças esperavam por eles e pelas pizzas.
Não
sabemos como terminou esta história. Ela está na imaginação. Seu estado de
embriaguez total, as cervejas e as pizzas dobradas e provavelmente
desmanchadas. As decepções...
Talvez
tenha dado tudo certo... A esposa tenha feito uma arrumação e ela e as crianças
satisfeitas. Talvez não.
...E o
álcool, a bebida, a má companhia, a irresponsabilidade, aprontando mais uma? As
marcas indeléveis nas almas de pessoas inocentes, que apenas ansiavam por
alguns momentos de alegria.
Até
quando? Até quando esta civilização dos grandes feitos tecnológicos continuará
refém do vício que amesquinha pessoas e a torna tão escrava!
Lembro-me
de uma cena do filme “Paixão de Cristo”, em que Cristo está caído pela terceira
vez e uma mulher no meio da multidão que acompanha aquela tragédia humana
grita: “Alguém faça isso parar!”
A
situação é a mesma. ...Mas, quem?
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segunda-feira, 11 de agosto de 2014
DIAMANTES E PESSOAS
Diamantes
valem muito e fazem o imaginário, especialmente de mulheres que anseiam por
tê-los entre suas jóias, ainda mais quando os recebem como provas de amor de
seus amados.
Os
diamantes valem muito e movimentam milhões mundo afora. Envolvem instituições,
empresas e até o crime organizado.
Mas,
não isso não interessa agora...
O que
interessa mesmo é que pessoas são como diamantes, pois são dilapidadas durante
a vida. O diamante demora horas para ficar pronto para se tornar a maravilha que
a mulher gosta de ver e ter. As pessoas demoram a vida inteira para estarem
prontas para vencer a vida e na vida.
Os
diamantes são dilapidados pela paciência e arte arte
do dilapidador. Este tenta visualizar os sonhos e os desenhos de quem
vai usá-lo, quanto ele for transformado em joia.
As
pessoas são formadas pelas experiovivências, que começam no ato de sua
concepção. É desejável que uma vida comece sempre como um ato de amor. Duas
pessoas se amam profundamente e desse amor nasce uma nova vida. Assim deve ser
a vivência do sexo, ato supremo do amor entre duas pessoas. Muitas vezes vidas
são geradas de forma violenta ou sem o consentimento pleno de uma das partes.
A mulher é sempre o elo mais fraco da corrente.
É no
ventre materno que a “dilapidação” começa. Se vida foi gerada com amor e por
amor, é um bom começo. A infância até a puberdade é, também, um período
crítico. É a fase em que se solidifica na mente da criança os valores vividos
em família. Após esta fase começa a puberdade, ou a fase hormonal, ou a
adolescência, ou a “aborrescência”, fase em que o amor familiar e os exemplos
de ética e cidadania, são fundamentais
para a formação do caráter da pessoa.
A
dilapidação é um processo contínuo... Nunca termina... Ah!, Sim... Termina com
o ocaso da vida, ou melhor, com a morte. Ai, não tem mais jeito.
Dilapidação
é colheita, é formação. Pode-se escolher o plantar, mas nunca o quê colher.
Caminhos bons levam a bons destinos. O contrário também é verdade. Assim, muita
gente se perde... e culpam os pais!
Os
diamantes são violentados para se tornarem jóias raras, admiradas e desejadas.
A vida nem sempre é amável para com as pessoas. Violenta-as, purificam-nas no calor
do fogo (sofrimento) e com as dores dos problemas, pois as soluções
de uns geram novos problemas e assim por diante. É o processo contínuo...
Porém,
uma coisa é certa: pessoas felizes, realizadas, consolidadas, vitoriosas, valem
muito, mas muito mais que um diamante.
Quem as conhecem, façam o favo de
preservá-las como amigas.
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NÃO SE AMOFINE!
“Resolvi mudar, voltei a malhar... Estava me
amofinando!”
Esta
frase contendo a palavra “amofinando”, remete-nos a uma antiga música do
cancioneiro brasileiro, na qual num dos versos consta a expressão: “... O homem não deve se amofinar” (da
música “De Papo pro Ar”, de autoria de Jouber de Carvalho e Olegário Mariano)
Amofinar-se
é tornar-se triste, acabrunhado, sem esperanças, infeliz.. É quando a pessoa se
fecha sobre si mesma, numa espécie de depressão. É negar-se a viver, a sorrir.
Isso é
muito ruim, pois a tristeza, a negatividade que começa na própria pessoa e vai
se espalhando e atingindo as pessoas que fazem parte Do seu ciclo de vida. Os
familiares ficam aborrecidos, angustiados, aflitos, desaparece a calma.
Frustração?
Decepção? Objetivos não atingidos? Não saber lidar com as perdas? Dívidas?
Desemprego? Introspecção pessoal? Insucesso com mulheres? Negócios mal
conduzidos? Agiotas? Drogas?
Difícil
é determinar as causas... Alguma (ou algumas) tem!
O
importante mesmo é a tomada de consciência e perceber que as coisas estão
mudando: afastamento dos amigos, solidão, nada tem graça, a música é
barulhenta, as conversas desagradam, vontade de dormir, dormir, dormir... É um
buraco. O jeito é sair dele, mudar a concepção do mundo. Se não conseguir, imediatamente pedir ajuda.
Ajuda séria...
Essa
tomada de consciência, com ajuda ou não, deve partir do autoconhecimento. Saber
o quê está acontecendo... Quais as motivações? Qual a linha do tempo? Quanto
começou?
O que
interessa é a superação, a transformação. A vida é para ser vivida de maneira
feliz, intensa, realizando sonhos, transformando e melhorando outras pessoas.
Está
nervoso? Irritado? Triste? Faça alguma coisa diferente. Vá dançar, visitar
amigos, caminhar na praia, fazer trilha, pescar, namorar conversar... Tenha
paciência com os amigos chatos, com os ambientes, mesmo que bons, mas com os
quais não está acostumado.
Melhore
seu marketing pessoal e incremente seu networking, principalmente com as redes
sociais, combatendo a solidão. Ao invés
de tristeza, alegria. Ao invés de pessimismo, otimismo.
A
felicidade é questão de tempo!
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Google
sábado, 9 de agosto de 2014
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
PASSEIO SOCRÁTICO
Nós,
deste blog, aprendemos esse assunto com frei Beto. É o “Passeio Socrático". O
filósofo Sócrates, um dos grandes pilares da filosofia grega, passeava pelo
mercado de Atenas, quando foi visto por um dos seus discípulos. Seguiu-se o seguinte
diálogo:
- Mestre, o senhor por aqui? – Pensando
que o mestre estava interessado pelos produtos vendidos no mercado,
especialmente aquelas novidades do oriente.
- Sim, respondeu Sócrates. Estou vendo tudo que eu não preciso para ser
feliz.
Esta fala
de Sócrates seduziu frei Beto que fez um estudo a respeito das influências do
consumismo capitalista e dá ensejo a uma série de reflexões a respeito do
cotidiano das pessoas no mundo de hoje.
O que é
um “Passeio Socrático” hoje? É não ceder aos apelos da propaganda. O mundo
midiático procura fazer a massificação, isto é, tornar todos indistintamente
uma massa homogênea de pessoas voltadas para o consumo. É o consumo que move o
capitalismo, que gera empregos, que faz toda a engrenagem econômica girar.
Sócrates
dizia que passear pelo mercado era para perceber as coisas que não lhe são
necessárias, que não lhe são úteis. A felicidade dele estava embasada em outros
valores. Hoje tudo se inverteu.
A
massificação tenta incutir na cabeça das pessoas a necessidade de consumir. Num
passado não muito distante as pessoas vestiam suas melhores roupas para irem ao
templo. Hoje o “templo" é o shopping. As pessoas comparecem para o “culto” de
comprar. É muito comum se perceber crianças fazendo birras homéricas, querendo
coisas que talvez os pais não possam comprar, ou já tiveram o limite do cartão
de crédito estourado.
“Passeio
Socrático” é ter a consciência plena de que ir ao shopping é um direito, até
uma terapia. Ver as novidades, tal como Sócrates fazia, mas jamais ceder
ao impulso de consumir. Todos que trabalham ali querem vender, é a missão da
vida de cada um. Muitos até necessitam vender pela simples sobrevivência, ou
porque se não cumprirem as metas estabelecidas pelo patrão, correm o risco de
perderem o emprego. É um jogo silencioso, bruto, para não dizer cruel.
Assim é
o mundo atual. Muitos dramas escondidos nas expressões de felicidade estampadas
nos sorrisos das pessoas. Ansiedade por vender, ansiedade por comprar... No
centro do redemoinho a batalha financeira.
O jeito
mesmo é fazer parte da “Família Miranda”, aquela que vai ao shopping, caminha,
passeia, “mira e anda”, “mira e anda” e quando entra numa loja é simplesmente
para perguntar: “...Que horas são?”
Assim
se faz um “Passeio Socrático”, Comprar apenas o que é necessário e que
contribui para a nossa felicidade.
Esse
assunto merece mais reflexão...
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