Assim
ensina o filósofo Gibran Khalil Gibran:
“Aprendi o silêncio com os faladores,
tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos. E sou grato a esses
professores”.
A
fofoca segue um rastilho de pólvora e não tem fim. Explode mesmo! É uma espécie
de arrastão que a ninguém poupa. Todos são afetados, especialmente aqueles que
dão importância ao que é falado.
A única
forma de interromper a propagação de uma fofoca é silenciar diante dela. Se
cada um proceder dessa maneira, uma barreira será formada e ela morrerá por
falta de alimentação.
A
natureza nos proveu de dois ouvidos, dois olhos e uma só boca. A mensagem é
para que ouçamos muito e falemos menos, ou apenas o necessário. O silêncio é uma
capacidade dos fortes, pois não é fácil engolir sapos, isto é, bloquear na
garganta aquela vontade indômita de responder à altura a uma falação ou
provocação.
Entre
as múltiplas características da fofoca destaca-se aquela que vem do jargão
futebolístico: a melhor defesa é o ataque. As pessoas tendem a falar muito,
para não dar espaço ao contra-ataque. Quem fala demais, fala em demasia... E
quem responde a uma fofoca se esquece de que a passar para frente uma notícia,
da qual não tem certeza da veracidade é,
no mínimo, nivelar-se por baixo.
É legal
revisitarmos a parábola das três peneiras:
Certa
vez um homem chegou até Sócrates e disse:
- Mestre, tenho que contar-te algo importante
a respeito de teu amigo!
- Espere um pouco – interrompeu o mestre -, fizeste passar aquilo que me queres contar pelas três peneiras?
- Três peneiras?
- Então, escuta bem! A primeira peneira é a
da VERDADE. Estás convicto de que tudo o que queres dizer-me é verdade?
- Não exatamente, somente o ouvi dos outros.
-Mas, então, certamente o fizeste passar pela
segunda peneira? Trata-se da peneira da BONDADE.
O homem
ficou ruborizado e respondeu:
- Devo confessar-lhe que não.
- E pensaste na terceira peneira? Vendo se me
seria útil o que queres falar-me a respeito do meu amigo? Seria esta a peneira
da UTILIDADE.
- Útil? Na verdade, não.
- Vês – disse-lhe o mestre – Se aquilo que
queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que
guardes somente para si. (Autor desconhecido,
fonte Google)
O
silêncio é uma arma poderosa para interromper uma fofoca ou um conflito. O
silêncio é eloquente, quer dizer muita coisa e chega a incomodar. Porém, nos
impede de perdermos a razão, de falarmos o indevido, de sermos inoportunos ou
intempestivos. Faz a poeira, ou a adrenalina, ou a tensão, baixarem. Assim,
abre caminho para o diálogo maduro.
O
silêncio é um dos promotores da paz.
Imagem:
Google
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