O que
era tradição e sabedoria popular agora está se tornando motivo de preocupação
da medicina ou dela chamando a atenção. É a relação entre espiritualidade e
doença, ou melhor, como a cura ou a piora das doenças.
Já são
realizados estudos científicos, simpósios e congressos. A ciência tem procurado
compreender o mecanismo que faz a interrelação entre a espiritualidade e a
saúde física, mental e psicológica das pessoas.
E a
novidade mais importante é que esses temas estão saindo do âmbito meramente
religioso, confessional, para o interesse geral, abrangendo as pessoas não
religiosas.
O que
já é certo é que o rancor, o ódio, a raiva, a tristeza, fazem com que o
organismo libere determinadas substâncias que diminuem a imunidade, aumentam as
taxas de infecção, de câncer, de neoplasias.
Da
mesma forma, a hiperexcitação, a agitação, faz incrementar o sistema
imunológico, trazendo doenças reumáticas, diabetes e autoimunes. É lógico que não se pode descartar as origens
naturais dessas doenças. O que está chamando a atenção dos estudiosos é a
incidência maior dessas doenças em pessoas com tais caracteres psicológicos e
espirituais.
Doenças
autoimunes são aquelas que o organismo produz anticorpos contra células não
doentes e antígenos, impedindo a cura da doença. Um exemplo é o tratamento dos diabetes,
quando os anticorpos atacam justamente a insulina que regula o açúcar produzido
pelo pâncreas, agravando a doença. A medicina já listou mais de oitenta doenças
autoimunes.
Muito
importante: nada substitui a medicina clássica e ortodoxa... Nada de
fanatismo...
Mas é
muito bom para os profissionais da saúde quando os pacientes colaboram com o
trabalho deles. E uma forma de colaborar intensamente com eles é cultivar a
espiritualidade, de forma madura, equilibrada e na dose certa.
Cultivar
o amor, a bondade, os gestos de caridade, o altruísmo, a oração ao Deus de sua
crença, a gratidão diária e constante... A fé... A fé na vida e no trabalho dos
profissionais.
Quando
insistimos no equilíbrio é porque, o exagero na fé, deixando de lado o caminho
natural das coisas também prejudica. Hoje a medicina procura ser cada vez menos
invasiva, respeitando a integridade do corpo, que é templo da vida e do Deus
Criador. Ela erra, pois é conduzida por mãos humanas, mas jamais é sua
intenção. Os abusos quer de profissionais, quer dos planos e sistemas,
acontecem pelo mesmo motivo.
A nós
cabem, como pacientes e sujeitos desse processo fazer a nossa parte, com otimismo, alegria, fé
(na medida correta). A fé, a sua vivência na sociedade, diviniza o humano e
humaniza o divino.
Imagem:
Google
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