(www.diarioliberdade.org)
É
absolutamente a perda do emprego. É extremamente trágica quando a demissão acontece por telegrama. É desumano... É indigno... Mas é a
essência do capitalismo... O capitalismo necessita de sua mão de obra, que
“eventualmente” é fornecida por uma pessoa.
Quando essa mão de obra deixa de ser necessária é descartada como se
descarta uma ferramenta velha que não tem mais conserto.
Esse é
o paradigma do mundo capitalista. O capitalismo faz um bem enorme à sociedade
quando paga a seus empregados salários acima da média, fornece-lhes benefícios,
como planos de saúde, auxílios e licenças acima dos previstos em leis. Gera nas
pessoas um sentimento forte de orgulho por trabalhar nesta ou naquela empresa
multinacional. Se houver criatividade, vínculos afetivos, melhor ainda.
Mas tem
o outro lado da moeda. Empregados são apenas números, ou ferramentas de
trabalho e de produção. Uma empresa instalada numa determinada região em que o
sindicalismo é forte e a pressão por aumentos salariais suficientes para
compensar a mais-valia, num dado momento percebe que precisa se readequar,
baixar os custos... Nesse momento, friamente demite, fecha as portas, junta os
maquinários e simplesmente vão embora, deixando os apaixonados e dedicados empregados
“chupando os dedos”.
Mas a
boa notícia é que existe vida lá fora. Isto é, fora do ambiente daquela empresa
em que se viveu durante muito tempo, trabalhando de sol a sol...
Porém,
há um “porém”: o trabalho domesticado numa fábrica de grande porte,
principalmente, gera uma zona de conforto. As pessoas não se dão conta de que
são apenas números e que são, de fato, empregados de manhã e sobreviventes à
tarde, correndo o risco de chegar à casa junto com o telegrama maldito.
É
preciso estar preparado. É preciso ter um plano “B” no bolso do colete para
poder aproveitar o que a vida oferece caso haja necessidade, ou melhor, em caso
de demissão.
É necessário
autoconhecimento... Capacidade para perceber quando as coisas começam a não
caminhar bem no emprego. As empresas dão sinais: redução de lucro, isolamento
do grupo, falta de feedback, falta de investimento em formação dos empregados
de determinadas equipes e departamentos. De repente vem “o facão”.
Outros
cuidados: informação, uma segunda faculdade numa área diferente, uma pós-graduação,
uma especialização em ensino superior, uma segunda língua, estudo do mercado
para eventual investimento em atividades por conta própria (negócios, consultorias,
assessorias, aulas em faculdades, em escolas técnicas ou mesmo, públicas).
Chega, então, a hora de mostrar o talento e a criatividade que estavam
guardados a sete chaves há muito tempo...
Nada de
apegos insignificantes...
Tudo estudado
com calma, sem desespero, em conformidade com a família. Diálogo, diálogo,
diálogo...
Sim,
existe vida lá fora... O Capitalismo é selvagem... Se não podemos com ele,
vamos nos aliar a ele e tomar de volta o que ele de maneira selvagem nos
tirou...
Imagem:
Google
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