Encontramos
os ambientes corporativos nas grandes empresas, muitas delas multinacionais, aquelas
que vêm de “fora”, pois têm sede em outros países, como aquelas que têm sede aqui
e se expandem para o exterior.
Essas empresas
geralmente funcionam como holdings, controlando um grande número de empresas. Funcionam
como “guarda-chuva”, abrigando essas empresas e exercendo influências em suas
administrações exatamente para que elas gerem lucros para seus acionistas.
Revistas
e jornais especializados veiculam notícias que informam a dança das cadeiras
dos executivos que são substituídos exatamente em busca de melhoria do desempenho
financeira da empresa.
E uma
das ferramentas para a dar ênfase à esperança de melhoria da performance são as
consultorias, que são, por sua vez, empresas ou grupos de pessoas experientes
que analisam os resultados, a sua cultura empresarial, as perspectivas de
mercado, o tratamento dado à marca e o desempenho das equipes. E propõem as
soluções.
Muitos
já vivenciaram nesses ambientes corporativos o trabalho desses consultores, com
dinâmicas diagnósticas do desempenho das equipes. As frases conclusivas giravam
em torno do seguinte: “É, eles mal
conseguem sair do situacional”. Acontece que esses consultores não vivem o
dia-a-dia e não sabem da pressão que existe, principalmente para o atingimento
das metas. Com a palavra os bancários.
Outro
exemplo: os pedagogos de aquário. São aquelas pessoas que estudam pedagogia,
fazem pós-graduação, imaginam-se donos da verdade e constroem grandes teorias a
respeito das salas de aulas, sem um mínimo de experiência, especialmente na
periferia. Nada a ver. Pior, as autoridades educacionais preferem ficar do lado
delas, jogando toda a responsabilidade pelo fracasso escolar dos alunos sobre o
professor, punindo-os principalmente com os baixos salários. Que luta contra a
baixa autoestima!
Vejam
os clubes de futebol e o inferno de seus bastidores. Os corneteiros, os
conselheiros, os empresários, donos dos passes dos jogadores... E a “currrpa
é do ténico que não sabe orientá..” (Adoniram Barbosa)...
A
realidade da prática é muito diferente e distante da realidade teórica (se é
que existe). Quem nunca fez, quem nunca arquivou papel, quem nunca ministrou
aulas, quem nunca jogou futebol, jamais vai conhecer essa realidade, por mais
que teorize.
O ruim
de tudo isso é que não dá para bater de frente. No mundo capitalista todos
somos apenas número. Para cada emprego há centenas na fila, por um preço muito
menor. Concorrência desleal quando está em jogo a sobrevivência, o sustento da
família e a dignidade de vida.
O mundo
corporativo e os “consultores” sabem disso.
Imagem:
Google (www.bonde.com.br)
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