Concordam
os dicionários que obstinação é o “apego
forte e excessivo às próprias ideias, resoluções, e empreendimentos. É
pertinácia, persistência, tenacidade, birra, renitência, esforço em sentido
contrário, oposição implacável”, entre outros sinônimos.
É
possível perceber que obstinação tem aspectos positivos e negativos, pois pode
limitar as ações das pessoas ou levar outras ao sucesso, portanto à grandes
vitórias.
A
história da humanidade está repleta de exemplos de grandes feitos que só foram
conseguidos com a obstinação de seus protagonistas.
Há
exemplos tocantes de grandes derrotas e tragédias... Como foi o caso do Nazismo
na Alemanha. Isso apenas para citar os casos envolvendo as grandes nações.
Em
relação às pessoas as situações se repetem. A obstinação precisa ser pensada na
dose certa. Se levada ao extremo pode resultar em fracasso, pois a obstinação
deixa de ser virtude e pode se transformar em teimosia, cegueira,
irracionalidade, gerando, por exemplo, os crimes passionais, comprometendo
vidas. A imprensa sensacionalista está repleta de exemplos e histórias a respeito.
Obstinação
abriga em seu bojo anjos e demônios.
Consciência
e equilíbrio... Eis as palavras chaves para dosar a obstinação. Aliem-se a
essas palavras a prudência e a certeza de que os objetivos buscados resultarão
em bem para si mesmo e para as pessoas envolvidas. Tomemos como exemplo Madre
Tereza de Calcutá e sua obstinação pelos pobres e excluídos da sociedade. É uma
santa e unanimidade universal.
No
triste quadro político em que estamos vivendo falta obstinação pelo bem comum,
sobrando obstinação pela dilapidação desse mesmo bem comum em favor do bem
próprio. Sinônimo? Corrupção.
Está
assim no futebol, na economia e em todas as atividades humanas. O egocentrismo
predomina, tendo como base a tecnologia colocada à disposição das pessoas.
A
sociedade atual necessita demais de gente com obstinação pelo bem do próximo,
pelo altruísmo, pela solidariedade, pela ajuda mútua, pelo acolhimento. Não de
alienação, de fuga, de irresponsabilidade.
É
correto, é ético lutar pelos bens necessários à vida, à dignidade humana, ao
futuro da sua família. Já não é ética a ganância, a luta pelo poder, com
menosprezo ao bem comum, à natureza, ao ambiente...
Obstinação
sim, mas na dose certa...
Imagem:
Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário