A
parábola “O Semeador” é uma das mais conhecidas de Jesus Cristo. Ela é uma das
raras que aparecem nos chamados Evangelhos Sinóticos. É, também, uma das poucas
que Jesus esclarece praticamente o seu sentido.
Mas não
vamos entrar no mérito religioso, teológico ou qualquer outro tipo de exegese.
Tentaremos uma consideração mais humanística...
Vivemos
um mundo louco, dominado pela instantaneidade, com mensagens de todos os tipos
e meios. Essas mensagens, principalmente, no que se referem ao consumismo. Mensagens que se juntam com
tantas outras, como religiosas e, inclusive, para o uso de drogas lícitas e
ilícitas.
Como na
parábola “O Semeador”, que semeia é identificado apenas como o lavrador que sai
a semear, não é identificado, ficando no âmbito do mistério. O mais importante
são a semente e o tipo de solo que vai
receber a semente.
Hoje,
também, é assim. Há um semeador (ou semeadores) extremamente atuante,
invertendo os valores da parábola original... Mas os conteúdos são intensos...
Muitos são formadores de opinião. Aliás, a maioria é composta de formadores de
opinião, aqueles que se utilizam de meios específicos para atingir um público
cada vez maior para disseminar suas ideias.
Como
sobreviver a tamanha tempestade? Parece
que somos o solo fértil que recebe todas as sementes, de todos os tipos... As
árvores crescem boas e más, e estas sufocam as boas. Sucumbindo ao longo da
vida, tornam infelizes as pessoas e suas famílias, co-dependentes de suas
tristezas.
Bons
semeadores persistem e subsistem. São os formadores de opinião sérios e
honestos... São os religiosos (padres, freiras, pastores e pastores),
jornalistas, radialistas, artistas, atores, enfim de eterna luta do bem contra
o mal.
Portanto,
essa luta envolve o semeador que quer aparecer e as ideias, cada vez mais
confusas... As pessoas ficam em segundo plano, jogadas ao imediatismo da mídia
e da tecnologia da informação. Situações como essas apenas reforçam a condição
de massa de manobra, a serviço da elite dominante.
É
preciso que cada pessoa tome consciência dessa rede de mensagens que a envolve,
e se posicione de forma crítica buscando separar o joio do trigo e se
transformar em solo fértil para as sementes do bem.
Vai
ajudar muito a adoção de momentos de desplugue, isto é, desligamento do mundo
tresloucado das comunicações imediatas, e praticar um mergulho no mundo do
conhecimento, através da inflexão e
reflexão... E arrumar a “caixa” das ideias.
Imagem:
Google
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