Coisas
do cotidiano...
Ele
caminhava pelo centro da cidade
resolvendo alguns problemas do seu cotidiano, problemas do tipo pagar contas na
casa lotérica.
Já
estava sentindo a bexiga cheia... Precisava aliviar, mas ao passar pela loteria
percebeu que apesar de cheia, a fila dos idosos estava vazia, com apenas uma
única pessoa na “boca do caixa”. Achou que aguentaria mais um pouco, pois o
atendimento seria rápido. É idoso e seus pagamentos estavam rodos muito bem
organizados, justamente para não atrasar, a ele e aos demais que fatalmente
chegaria.
Seria
rápido...
A
senhorinha que estava nq oca do caixa discutia com a atendente sobre um boleto
do mês passado que insistia em pagar, mas que a moça não podia receber devido
ao vencimento antigo. Demorou em que ela percebesse o erro. E demorou mais
ainda procurando o boleto atual, o qual “tinha
certeza” que estava na bolsa. Achou... Até que enfim...
O
aperto começa a aumentar... E ele estava ainda longe do shopping, onde usaria o
WC.
De
repente a senhorinha que estava no atendimento perguntou à atendente:
- Eu posso pagar aqui o carne das Casas Bahia?
- Sim, respondeu a moça serenamente, claro que pode...
- Ah! Moça vou então procurar. Ele está na
bolsa, Só mais um minutinho...
Lá se
foram longos e ternos minutinhos... E o aperto dele aumentando, fazendo-o
cruzar as pernas, fazer leves batuques nas pranchas da loteria e respirar mais
profundamente.
- Veja
moça, está aqui o carnê... Vou pagar duas... Será que o dinheiro que está junto
dá?
- Não
senhora, faltam R$10,00...
- Eu
tenho trocado na bolsa... Vou pegar...
E
recomeça a busca... Tudo revirado, resmungos e outras palavras
incompreensíveis, a conclusão lógica: “Infelizmente não os encontrei. Tire
desses R$ 100,00 mesmo”.
A fila
já estava grande, mas isso não era o mais importante... Ele queria era pagar suas contas e ir
urgentemente, desesperadamente ao WC.
Enfim
ela pagou seus carnês, porém, gastou mais um tempinho “organizando” sua bolsa.
Ele não
se lembra como entregou os documentos à atendente, que felizmente foi esperta.
Entretanto, ao sai da casa lotérica, a esposa liga, chamando para almoçar e já
estava demorando... Nem se lembrava do almoço e nem fome estava sentido.
Sentindo-se
como sardinha grande em lata pequena foi para casa, de ônibus, almoçou até que
bem... Lavou os pratos e só depois foi ao WC...
Parecia
que os rins estavam despencando... Mas logo (logo?) já estava pronto para novas
“batalhas”.
Fila de
loteria? Loteria não mamãe!
Imagem:
Google
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