Joseph Rudyard Kipling, nasceu em Bombaim – Índia, em 30 de Setembro de 1865 e faleceu em 18 de Janeiro de 1936, em Londres. Foi um dos mais populares entre os autores e poetas britânicos
Se és
capaz de manter tua calma, quando,
Todo
mundo ao redor já perdeu e te culpa.
De crer
em ti quando estão todos duvidando,
E para
esses, no entanto achar uma desculpa.
Se és
capaz de esperar sem te desesperares,
Ou,
enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo
odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não
parecer bom demais, nem pretensioso.
Se és
capaz de pensar – sem que a isso só te atires,
De sonhar
– sem fazer dos sonhos teus senhores
Se,
encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
Tratar da
mesma forma a esses dois impostores.
Se és
capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
Em armadilhas
as verdades que disseste
E as coisas,
por que deste a vida estraçalhadas,
E refazê-las
com o bem pouco que te deste.
Se és
capaz de arriscar numa única parada,
Tudo quanto
ganhaste em toda sua vida,
E
perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado
tornar ao ponto da partida.
De
forçar coração, nervos, músculos, tudo,
A dar
seja o que for que neles ainda existe.
E a
persistir assim quando, exausto, contudo,
Resta a
vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!
Se és
capaz de, entre a plebe, na te corromperes,
E,
entre Reis, não perder a naturalidade.
E de
amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
Se a
todos podes ser de alguma utilidade.
Se és,
capaz de dar, segundo por segundo,
Ao minuto
fatal todo valor e brilho,
Tua é a
Terra com tudo o que existe no mundo,
E – o que
ainda é muito mais – és um Homem, meu filho!
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