terça-feira, 17 de dezembro de 2013

CIUMES SÃO PROVAS DE AMOR?


Tem polêmica no ar...

A tendência é a consideração de que ciúmes não são provas de amor. A solução simplista é a seguinte: amor é sinônimo de algo saudável, que completa a pessoa, eleva sua auto-estima, é fonte de alegria e felicidade. O amor é transbordante, pois se projeta no outro. Já o ciúme é doença. Doença faz mal, provoca tristeza, causa isolamento da pessoa, transformando-a em chatice, ranhetice, inconveniências, arrogância, enfim, em pessoa de difícil convivência.

O ciúme apresenta-se em graus de intensidade, cada qual com suas implicações no relacionamento a dois.

O primeiro grau é o do “cuidado”. Neste, ainda é possível perceber uma atitude saudável, em que prevalece o cuidado da da pessoa que ama em relação à pessoa amada. Há uma preocupação com o ridículo, com exageros que podem gerar constrangimentos à pessoa. As boas coisas param por aí. A Luz amarela (de atenção) está acesa.

O segundo grau é o do “ciumento acidental”. A pessoa se vê de repente tomada por um sentimento de ciúme, quando percebe que está ameaçada, tem medo de perder e entra em confronto com uma terceira pessoa. A doença começa a se manifestar e o perigo de constrangimentos se volta para a pessoa enciumada. A luz começa a ficar vermelha.

O terceiro grau é o do “ciumento propriamente dito”. A pessoa se sente dominado pelo ciúme no sentido clássico. Não tem motivos para sentir ciúmes da pessoa amada. Mas sente. É desconfiado, imagina coisas, vasculha bolsas e bolsos, mexe no celular, nas redes sociais, vive com medo e sofre demais com a possibilidade de perder a pessoa amada. Coloca-a em xeque em público, causando-lhe situações de ridículo. Aí já não é mais amor, é posse. E com certeza vai perdê-la mesmo. A menos que essa pessoa seja também fraca de personalidade. É doença. Luz vermelha acesa.

O quarto grau é o do “ciumento doentil”. A pessoa é doente e perigosa. É fantasiosa, vive em delírios e é perigosa. O ciúme é patológico e corre risco de terminar em tragédia, como bem  mostra a vida real, através das páginas policiais. Perigo a vista... É melhor fugir dessa pessoa, antes que seja tarde.

A grande verdade é que em qualquer grau o ciúme nasce da incapacidade de lidar com as dificuldades da vida, da insegurança, da auto-estima baixa... Tudo isso tem como conseqüências o medo perder a pessoa amada, transformando o amor verdadeiro em possessividade.

No mundo de hoje, o ciumento é detestável e com certeza é um sério candidato a viver só. Para não correr este risco basta buscar a maturidade, acreditar no seu “taco”, elevar sua auto-estima e não se comparar com ninguém. Cada um tem suas qualidades específicas. Essa mesma maturidade vai lhe permitir vivenciar com tranqüilidade e consciência as possíveis perdas. Os relacionamentos, hoje em dia, pelas próprias características do tempo, são extremamente volúveis e voláteis. E com as redes sociais em alta, ninguém (menos os ciumentos) vai ficar “a ver navios”. Luz verde no fim do túnel.


Ciúmes não são provas de amor...

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