quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

ESQUECENDO DEUS


Não, não é uma pregação. Apenas umas considerações a respeito. Quase não dá para competir e muito menos combater a velocidade dos tempos atuais. É uma realidade irreversível... Então, resta a adaptação e, na medida do possível, manter a essência dos valores humanos.

Uma das grandes preocupações das pessoas maduras e conscientes deve ser a não banalização de aspectos importantes da pessoa humana, como a própria vida, os valores espirituais, a cultura, a sabedoria, a religiosidade.

Caminhamos para um mundo banal. As pessoas estão perdendo a capacidade da perplexidade. Não há tempo para preocupações com essas coisas. A violência, a destruição da natureza, o consumismo, a busca do lucro fácil (com produtos a base de materiais que causam prejuízo à saúde), a pedofilia, o sexo fácil, o desamor, a corrupção, a política de carreira, a amizade por interesse. Tudo isso e muito mais, considerados como banais, comuns, inerentes ao mundo atual, causam espanto às pessoas com um mínimo de senso de humanismo e humanidade.

Um desses aspectos, que aparentemente não tem importância alguma, é a negligência da religiosidade e da divindade. Muitas pessoas continuam religiosas, mas buscam uma religião do imediatismo, dos favores, dos milagres, como se fossem balcão de negócios. Esquecem a essência.

Outras tantas deixam isso para um plano secundário ou terciário... Ou dela nem se dá conta. O resultado é a valorização, por exemplo, do consumismo, bem a gosto do capitalismo selvagem. É a busca de algum conforto para o espírito, para a sua essência. Mas o que é material jamais cumprirá esse papel. O espírito continuará vazio e necessitado da divindade. Ou de valores que vão de encontro às coisas mais elevadas. De fato, é muito difícil compreender isso, principalmente quem está no grupo de risco da banalidade.

Para quem pode, as clínicas de aconselhamento e terapia individual ou de grupo estão cheias. Para esses profissionais não interessa que as pessoas se liguem à religião ou à religiosidade, pois perderão seus clientes.

Para os que não podem, resta o refúgio na banalidade: shoppings, baladas, vícios, sons altos, consumo enfim.

Em ambos os casos, as pessoas estão se esquecendo de Deus. Deus como sinônimo de valores humanos, de relacionamentos saudáveis, das belas paisagens naturais, dos sorrisos das crianças, do abraço acolhedor, da luta pelo bem comum...

Esquece-se de Deus quem deixa de fazer suas orações, de frequentar o templo, de agradecer os dons da vida, da sabedoria, da saúde, da maturidade, de acolher. È preciso acordar para essa realidade: Deus é necessário, querendo ou não. O equilíbrio pessoal, familiar e social, a paz, enfim, que o digam.

Não à banalização!



Imagem: Google

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