segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

"PÃO E CIRCO" MODERNOS... NO BRASIL



Estamos no terceiro dia do ano. Na imprensa a repercussão da posse dos prefeitos e vereadores eleitos em 2016. No foco a crise e a constatação de que a grande maioria das prefeituras está com os cofres vazios, salários e 13ºs não pagos, bem como fornecedores e prestadores de serviço. Culpa da crise que vem atingindo do país. Será que é só da crise?

Não vamos comentar isso... Já tem muita gente cuidando disso. Gostaríamos de tentar o velho foco da educação política.

No ano novo renovam-se as esperanças e as mensagens dão conta de que tudo vai melhorar. Assim são os votos, os desejos, o protocolo. Porém, nada vai mudar, porque a estrutura da sociedade não vai mudar. Principalmente a classe política.

A classe política está tão contaminada pela prática do enriquecimento pessoal, que de nada adiantam as pressões sociais para mudança, para o fim da corrupção. Eles continuam fazendo as mesmas coisas de antes. Às favas os interesses do bem comum. Mas é para isso que a classe política serve: para defender o bem comum, isto é de todos, da sociedade como um todo.

A classe política nasce do povo... Portanto, é a partir do povo que a mudança tem de acontecer. E sem educação, educação completa, inclusiva, holística, humanística, sem esquecer as exigências da modernidade, nada vai acontecer.

Pensamos numa educação política, com ênfase dos direitos e deveres humanos, no bem comum, a partir da condição de que a sociedade precede, isto é, vem antes da classe política e de todos os poderes constituídos. Essa ideia é fundamental para se restabelecer o equilíbrio nas relações sociais, sem exclusividade para as elites econômica, social e política. Os poderes est à serviço da sociedade e não o contrário.

Vivemos, no Brasil, um mundo de mentiras. A inflação é uma mentira, pois a realidade das gôndolas dos supermercados não é a mesma oficialmente divulgada. Nos discursos políticos são visíveis (e risíveis) as mentiras descaradas e deslavadas. A grande mídia se não mentem, falseiam as notícias para que a verdade (se é que ela existe) não chegue às camadas populares. É o mesmo critério utilizado pelos imperadores romanos no ocaso do império, quando ofereciam às massas populares desempregadas e perambulantes, comida e circo para distraí-las, enquanto os desmandos e a corrupção corriam soltos nos palácios e no senado.

Na atualidade o “pão” está simbolizado nas “bolsas” que o governo federal distribui para a população carente. O “circo” está por conta da grande mídia, que funciona como luz que atrai a atenção do povo, enquanto os poderes constituídos deitam e rolam.

As bolsas são necessárias num determinado momento. Mas eleas devem ser acompanhas de medidas, possibilidades e oportunidades para que os  beneficiários delas se utilizem nesse determinado tempo e cresçam social e economicamente. É no ingresso desse contingente no mercado de trabalho e do consumo que reside a verdadeira esperança de salvação da sociedade brasileira. Educação transformadora.

Pouca gente se dá conta disso. E quem percebe não tem os canais adequados para a se manifestar.

Tudo vai melhorar, sim, se a educação mudar já. E isso não está acontecendo... Então...



Imagem: Google

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