A crônica policial
veiculada atualmente pela mídia, especialmente a televisiva, tem bombardeado a
nossa cabeça com noticias que dão conta de crimes cada vez mais violentos. A
cada fato noticiado temos certeza de ainda não vimos tudo nessa vida. Estamos
vivendo um verdadeiro caos, uma verdade guerra.
Na base de tudo está a
banalização: dos valores, dos costumes, da família como instituição fundamental
para a paz social, da vida, enfim. E a banalização quando combinada com o
desequilíbrio emocional, é capaz de gerar atos humanos de tamanha barbárie, que
são mortes por motivos fúteis, esquartejamentos, sobrinhos menores amantes dos
tios e juntos matando as tias, jovens perdendo a vida em troca de celulares...
Desequilíbrio Emocional, o fantasma que ronda as pessoas.
Não vamos entrar no
mérito científico do Desequilíbrio Emocional...
Porém, é difícil
prever quando ele vai entrar em ação, isto é, quando uma pessoa, até então
normal (ou aparentemente normal), se altera, perde o controle da reação e parte
para violência ou toma atitudes intempestivas, com conseqüências geralmente
trágicas.
Lidar com as emoções é
um desafio diário para os seres humanos. A grande maioria entende que são
maduros o suficiente para manter-se equilibrando diante de situações difíceis e
inesperadas da vida e que lhes causam um forte abalo emocional. Mas não é
assim. O desequilíbrio corre quando não entendem ou não aceitam que, de fato,
não são capazes de sair ilesos desses abalos. A reação pode ser imediata e inesperada. Falam o que não devem, agridem, violentam,
entram em pânico ou em crise de choro, de medo, de prostração. Outros sofrem da
síndrome do avestruz, enterrando a cabeça na areia e deixando o traseiro
exposto. Resultado: sangue, dor, lágrimas e ranger de dentes. Pior, há casos em
que a pessoa em crise, no instante seguinte, simplesmente alegam que “não se
lembram de nada”. Mas já causaram
tragédias, destruíram famílias, infelicitaram pessoas para o resto de suas
vidas.
O desequilibrado
emocionalmente perde totalmente credibilidade, quando não vão direto para a
cadeia (para lamentar o “branco” mental).
A solução do
desequilíbrio emocional no adulto passa necessariamente pelo médico especializado
e pela terapia. Porém, antes de tudo pela toma de consciência da existência do
problema e da aceitação da ajuda externa. Exercer uma religiosidade, fazer o
bem, atuar como voluntário e ter uma elevada autoestima são o objetivo final,
cujo resultado é o equilíbrio.
Pais, professores e
agentes de catequese podem e devem identificar crianças com esse desequilíbrio.
São crianças ciclotímicas, Ora são extrovertidas demais, ora introvertidas ao
extremo. São egoístas e não sabem dividir coisas básicas. Brigam facilmente,
choram por qualquer coisa.
Orientadas a tempo,
levadas ao autoconhecimento, poderão ser adultos normais, equilibrados,
maduros, com autoestima alta, felizes, aceitas e integradas socialmente.
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