Muito se fala sobre o
amor, sobre o amar e o ser amado, sobre o amor em tempos de mudanças, sobre o
amor desvinculado dos valores humanos (contradição?), sobre a banalização do
amor, sobre o conflito entre o amor e o sexo.
Há quem diga que o
amor à moda antiga, de fato, hoje, se fosse concreto, seria peça de museu.
Polêmica? Nem tanto... Banalização, sim. As relações humanas estão pautadas
pelo imediatismo, pela superficialidade, algo parecido como todas as coisas
hoje em dia: descartável. Não deu certo? Larga-se, vai p’ra outra. Aventuras,
aventuras, aventuras...
E os sentimentos? Ah!
Isso é coisa de museu! Ledo engano... As banalidades, as vulgaridades, os
superficialismos, os artificialismos, geram, isto sim, vazios nas almas...
Pessoas saudáveis fisicamente, malhadas, torneadas, bronzeadas, sobrancelhas em
alinhamento com o rosto, cútis bem cuidadas, mas tristes, solitárias, ansiosas,
olhos perdidos no horizonte... Estresse à vista...
O consumismo como
panacéia, fazendo a alegria dos capitalistas... A coisificação das pessoas é o
grande mal do mundo atual. Ninguém percebe. Essa constatação apenas acontecerá
no futuro, sendo, então um dos grandes desafios para os historiadores sociais.
Pessoas existem para
amar e serem amadas... O amor é nobre, humaniza o divino e diviniza o humano,
mesmo que os pragmáticos torçam o nariz. Não dá para fugir da beleza do amor da
mãe que amamenta o seu filho. Dos olhares brilhantes dos adolescentes que se
descobrem amando. Das mãos que sobrepõem complementando as promessas de amor
eterno. Não, não dá para esconder a importância do amor, como essência humana.
Coisas são objetos de
consumo. Estas são manufaturadas para
servirem às pessoas, como utensílios necessários para o desenrolar da vida. Não
são feitas para serem acumuladas, guardadas como troféus supérfluos e depois de
algum tempo transformadas em lixo.
Porém, como já está
provado que quem está inserido no paradigma não o percebe e dele não se dá
conta, o mundo atual continua com os valores invertidos. E essa é a fonte do
caos reinante. As pessoas permanecem sendo usadas e as coisas mais amadas que
nunca.
Durma-se com um
barulho como esse!
Imagem: Google
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