“Nada amassa mais os louros do que deitar eles!”.
(Autor desconhecido)
A seleção espanhola
veio para a Copa do Mundo, como um das favoritas, apesar de ter perdido a Copa
das Confederações, exatamente para o Brasil no ano passado. Havia até certa
arrogância. Internamente, a última temporada fora emocionante. Os jogos com os
estádios lotados e seus clubes participando das finais dos principais torneios
da Europa.
Em várias
oportunidades o mundo parou para ver Barcelona, Real Madrid e Atlético de
Madrid em campo. Exemplos de belos espetáculos.
E começa a Copa do
Mundo do Brasil. Expectativa altíssima do primeiro jogo da Espanha, exatamente
contra a Holanda. Uma partida, no mínimo equilibrada. E deu no que deu. Holanda
5, Espanha 1. Decepção espanhola total. Todas as bolsas de apostas entraram em
colapso. Mas teria sido apenas um mau começo, um susto!
Veio o segundo jogo,
contra o Chile. Resultado: derrota de 2x0 e a eliminação. Agora é a vez dos
urubus detonarem o boi morto. Muitos “entendidos” em futebol darão seu
veredicto.
Mas a situação é bem
simples. A Espanha é vítima do capitalismo no futebol. Como foi fito na
postagem de ontem, futebol não é uma ciência exata, mas humana, pois ele é
feito de gente para gente, e sujeito às variantes, às incertezas, e à
imponderabilidade do fator humano.
O futebol espanhol é
feito por estrangeiros. Seus clubes, fortemente capitalizados contratam os
melhores jogadores em todas as partes do mundo. Formam verdadeiras seleções,
imbatíveis e que fazem a alegria de seus torcedores.
Porém, quando
convocados esses jogadores vão para seus países, onde são considerados heróis e
salvadores da pátria, mas não passam de jogadores normais, e sozinhos, pouco ou
nada podem fazer. Salvo raras exceções.
A Espanha é uma
seleção envelhecida! E percebe-se que sem a “legião estrangeira” ela fica
desarmada e desarrumada. Mas fica claro o desdém em relação á renovação de
valores. Em todos os sem tidos da vida é preciso a “oxigenação”, isto é idéias
novas, novos valores, novos métodos e fundamentalmente investimento nas
categorias de base. Não esperar que os outros países façam isso, pois esses
novos valores vão defender as suas seleções de origem.
E uma lição que deve
ser aprendida não apenas pela Espanha, mas por todas as seleções. Renovação. E
não “deitar sobre os louros”... E confiar nas forças do passado (peças de
museu).
A Copa do Mundo vai
muito além da geração de lucros para quem quer que seja. Ela é uma manifestação
de civismo, de nacionalismo, de alegria, de emoção. Mexe com as estruturas.
É certo que um só será
o vencedor, mas a sensação de ter desempenhado um bom papel fica bem melhor do
que vivenciar um terrível vexame.
Imagem: Google
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