Futebol, uma ciência
humana...
Copa do Mundo de 2014. A Holanda massacra a
Espanha (5x1), a Costa Rica ganha do Uruguai (3x1), a Alemanha surpreende a
França (4x0) e o Brasil acaba de empatar com o México (0x0). Quem contava com a
lógica, a lógica não apareceu. Futebol é surpreendente. É uma ciência não
exata, mas humana.
Futebol é um
divertimento, um momento em que pessoas se juntam para “correr atrás de uma
bola” e assim praticar alguns exercícios físicos, ou na pior das hipóteses,
eliminar pelas glândulas sudoríparas parte da cerveja tomada anteriormente.
A grande mudança foi a
profissionalização. A partir de então o amadorismo, isto é, a pratica do
esporte pelo esporte foi substituída pelo dinheiro. Surgem então as superestruturas:
os clubes, as federações regionais, a confederação nacional e a federação
internacional, mais conhecida como FIFA. Tais superestruturas precisam ser
mantidas pelo dinheiro, pelos patrocinadores, pela grande mídia. Os jogadores,
seus praticantes não passam de meros instrumentos dessa engrenagem toda. E tem
um período de produtividade muito curto. Logo são substituídos.
Porém, nem por isso o
futebol deixou de ser uma paixão nacional, não só no Brasil como em todas as
partes do mundo. O futebol como esporte amador continua a ser praticada nas
periferias e nas “escolinhas” (outra fonte de renda dos empresários, que nada
mais são que mercadores de jogadores potenciais).
Já nos clubes,
especialmente os de ponta, sustentados por mega-empresários, os atletas são
treinados “cientificamente”, monitorados por equipamentos de última geração,
com o objetivo de transformá-los em superatletas ou super-homens, capazes de
alto rendimento nos gramados.
Fora dos gramados,
especialmente na Europa, os ingressos são vendidos a peso de ouro (ou de euro)
para a temporada toda. Isso possibilita, em conjunto com os grandes
investidores as transações de atletas cada vez mais bilionárias. O futebol
ganha características de um grande empreendimento, tendo à frente sua maior mantenedora,
a FIFA.
São milhares de
praticantes do futebol em todo o mundo. Milhares que sonham com a fantasia dos
grandes clubes, das grandes fortunas, do corpo perfeito, da possibilidade de
ser o melhor do mundo e poder estar na mídia e faturar cada vez mais.
Mas o futebol é
humano. É criatividade... O humano é alma, é sentimento, é expectativa, é medo,
é tensão... Pode ser até condicionamento físico, saúde perfeita, mas jamais é
condicionamento psicológico.
Futebol é um jogo.
Numa partida há três resultados possíveis: vencer, perder ou empatar. Há um
campeonato, um torneio, uma copa... Durante a disputa só time sairá vencedor,
exatamente a equipe que estiver mais bem preparada, física, mental e
emocionalmente (... E com uma boa dose de sorte).
E o que aconteceu com
o Brasil ontem? Milhões de opiniões a parte, os jogadores brasileiros estavam
preparados cientificamente para vencer. Os mexicanos também. Esqueceram a
criatividade.
Ciência ajuda a
dominar a natureza, mas não melhora a criatividade, nem mesmo o dinheiro, ao
contrário, castra-a... E deu no que deu.
Imagem: Google
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