(Adaptação livre de uma
história já conhecida)
Era uma vez um
passarinho que odiava migrar para o sul na época do inverno no hemisfério
norte. Naquele ano resolveu que não migraria de jeito nenhum. Os seus colegas o
alertaram que se não acompanhasse os demais, com certeza morreria de frio. Mas
ele insistiu em ficar. E ficou mesmo! (Teimosia pura!)
Nos primeiros sinais
de mudança do tempo, seus companheiros foram embora e, ainda, o chamaram pela última vez. Mas ele ficou.
Passados os dias, o
inverno chegou e a temperatura foi caindo bruscamente e o passarinho, percebendo
a burrada que fez e resolveu partir, na esperança de alcançar os demais do
bando. Porém, sua decisão foi tardia,
pois assim que alçou vôo o frio já era muito e suas asas começaram a ficar
pesadas e começaram a congelar. Tentou voar mais um pouco, com um grande
esforço, mas começou a perder altura e ser balançado pelo vento gelado. Foi
caindo, caindo, caindo até que despencou e foi parar dentro de um curral.
- Triste fim, pensou. Estou com
frio, sozinho e com fome!
Como estava num
curral, uma vaca que caminhava placidamente, ruminando seu delicioso capim,
soltou sobre ele um pesado pacote de estrume.
- Que susto! Agora piorou! Além de tudo vou morrer sufocado
por esterco! Ai meu santo protetor das aves desgarradas!
Mas de repente o
passarinho percebeu que o calor do estrume não o sufocou. Pelo contrário,
aquele calor lhe devolveu a força, o ânimo e a vontade de viver. Ficou tão
feliz que começou a cantar e cantar forte. Mas nem tudo foi felicidade. Um gato
que estava por perto, ouvindo aquele cantar tão bonito, foi atrás e, remexendo
aquele monte de estrume, descobriu o passarinho preguiçoso e nhact! Comeu o agora
infeliz e desafortunado! Triste fim de um bichinho preguiçoso!
Moral da história (ou lições
para nós, humanos):
1) Nem sempre aquele que joga sujeira (m...) sobre você é seu inimigo;
2) Nem sempre aquele que tira você da sujeira (m...) é seu amigo;
3) Se você está quentinho, confortável, mesmo que esteja na sujeira (m...),
mantenha o bico calado; e
4) Quem está na m... não canta!
Imagem: Google
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