Estúpido,
sem instrução, tolo, inepto, ter desconhecimento de algo, imbecil, inocente,
imperito, ingênuo... Segundo os dicionários, são sinônimos de ignorante, fruto,
portanto da ignorância.
Alguns
aspectos qualitativos envolvem essa expressão, que veio do latim “ignorante” e em inglês “ignorant”. Em primeiro lugar ela denota
um sentido amplamente pejorativo, que depõe contara a pessoa, tornando-a
indesejável, por exemplo, um relacionamento social ou num círculo de amizade.
De fato,
é muito ruim e chato a pessoa ser ignorante. Uma de sua marcas é a arrogância,
o grande veneno que torna a pessoa detestável. Outra marca é a escravidão. A
ignorância escraviza, pois a pessoa fica girando em sob o seu próprio eixo,
olhando fixamente apenas para seu umbigo, quer ser o centro das atenções, porém
nada acrescenta, nada agrega de valor às pessoas que estão por perto. O ignorante é autoritário, pois fica preso ao
seu conhecimento limitado, preenchendo o vazio existente com banalidades. São
aquelas conversas, atitudes e posturas que não levam a lugar algum.
Porém,
esta é a segunda possibilidade, a ignorância é fruto de história própria de
vida da pessoa. Ela não teria tido oportunidade de aprender coisas, de
experienciar situações que geram conhecimento
e maturidade. Não teve oportunidades... Isso a faz ignorante pelo simples
desconhecimento. Não tem culpa. Nem por isso sua arrogância, sua infantilidade,
seu autoritarismo são menos detestáveis.
Pelo
sim, pelo não, o ignorante, escravo, peca pela falta de dúvida. Quem não duvida
não pergunta, quem não pergunta não busca o saber, o conhecimento, não sai da
zona de conforto, consolida a escravidão, a chatice, a rejeição.
A
ignorância individual, pessoal, vai se somando, se juntando às de outras pessoas
e assim se espalhando pela sociedade. O resultado disso é a sociedade inteira
sofrendo de apatia, de inércia e não participado das grandes questões do país.
A ignorância nasce, também, do analfabetismo, principalmente do analfabetismo funcional, aquele que revela, apesar de saber ler e escrever, total desinteresse pelo mundo à sua volta. Muito menos das questões políticas, fundamentais para afazer história e contribuir para que o mundo seja melhor. Impossível não lembrarmos de Bertolt Brechet, com cuja reflexão concluímos a postagem de hoje:
A ignorância nasce, também, do analfabetismo, principalmente do analfabetismo funcional, aquele que revela, apesar de saber ler e escrever, total desinteresse pelo mundo à sua volta. Muito menos das questões políticas, fundamentais para afazer história e contribuir para que o mundo seja melhor. Impossível não lembrarmos de Bertolt Brechet, com cuja reflexão concluímos a postagem de hoje:
O
Analfabeto Político.
“O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem pratica dos acontecimentos políticos. Ele não sabe
o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato
e do remédio depende de decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que
se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil
que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de
todos os bandidos: o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio dos
exploradores do povo”.
Qualquer semelhança
com a nossa realidade será mera coincidência?
Imagens:
Google
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