Prolixo
(ou verborrágico) é o indivíduo que fala demais ou escreve muito, perdendo a
oportunidade de ser assertivo, sintético, curto e grosso, facilitando o
entendimento de outra pessoa ou de uma plateia.
É o
cara “enrolão” que fala, fala e nada diz. Num discurso, aula ou palestra,
simplesmente faz a plateia “dormir”... E sair com a sensação de “tempo perdido”.
Quando
escreve, usa e abusa de adjetivos, de frases entre vírgulas, perdendo-se em
detalhes, com o que perde, também, o objetivo da afirmação.
Um
antigo professor de Língua Portuguesa alertava seus alunos quanto à extensão
dos seus textos. “Quem escreve muito erra
muito”, dizia sempre.
Não esqueçamos,
porém, a “prolixo” pode em algum momento ser usada como adjetivo. Pode-se dizer
que o conhecimento de alguém é “prolixo” no sentido de quantidade, profundidade
e extensão desse conhecimento. O mesmo
pode-se dizer de aluem que fala fluentemente várias línguas... E assim por
diante.
Voltando
ao seu aspecto negativo, lembramos-nos do Professor Mario Sergio CortelLa, que
em seu livro “Pensar bem faz bem! – volume
3”, abordou o tema da “vacuidade”, que é a capacidade das pessoas de encontrar
palavras para preencher o vácuo de conhecimento que acontece em seu
cabedal de conteúdo. Desenvolve, então,
um rosário de palavras sem sentido, uma verborragia desenfreada, tornando
aquele diálogo longo, inacabável, horrível, sonolento, chato...
E
quando o camarada se acha o sabido, o bem informado, dono da verdade, tenta
roubar a cena e sua conversa fica girando em círculo, ou melhor, como um disco
quebrado, o qual quando se imagina que está chegando ao fim e outro vai poder
emitir sua opinião, ele volta ao começo e a verborragia continua.
Duas
quase anedotas envolvendo a prolixidade e a assertividade:
1 –
Quando alguém que é visitante na cidade pergunta a um transeunte onde fica tal
instituição e a resposta vem com a história, sua fundação, seus presidentes, autoridades
que visitaram e se esquece de oferecer ao impaciente visitante informação
desejada, sendo necessária uma segunda pergunta.
2 –
Quando o mesmo visitante pergunta a um outro transeunte, este mais assertivo e
mais chato, se ele sabe onde fica a mesma instituição ele responde simplesmente:
“sei”. Azar de quem fez a pergunta de
forma errada.
Falar muito
e nada dizer, eis a contribuição da prolixidade para a cultura nihilista, isto
é, do nada... Bem à caráter do nível educacional presente em nosso pais, que é
baixíssimo, bem a gosto da elite dominante e dos políticos... Povo inculto,
dominação facilitada.
Chega
por hoje...
Imagem:
Google
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