Não
raras vezes a vida nos coloca em contradição, em situações de fala de coerência
entre o que pensamos e o que agimos na prática. Às vezes, também, nem nos damos
conta de que isso nos afeta... Mas em outras, é uma ação consciente nossa, pois
isso passa pela nossa razão.
Exemplos
há em todos os campos da atividade humana. Em algumas áreas essa contração é
mais forte, como na religião, onde a fé demonstrada nos cultos e nos ritos não
se repete na vida. Há, portanto, uma incoerência entre fé e vida.
Na
política é muito grave essa contração... Os políticos prometem uma coisa e não
cumprem, agindo completamente diferente na realidade, configurando um
verdadeiro estelionato. E assim segue.
No
campo da ostentação situação se repete.
Os dicionários são unânimes em afirmar que “ostentação
é uma palavra que tem origem no termo em latim ostentatio, que significa exibição vã ou inútil. Uma
pessoa que recorre à ostentação é muitas vezes conhecida como afetada ou fútil”.
Na
ostentação há uma grande dose de incoerência. A pessoa quer se afirmar, quer
atrair olhares, quer ser o centro das atenções... Querem, enfim, maquiar ou
mascarar vulnerabilidades ou deficiências de conteúdos... Então recorrem a artifícios
como ostentar riquezas, realizações, viagens, feitos com mulheres, fatos que
pouco interessam aos ouvintes mais sérios.
A
incoerência da ostentação reside no fato de falarem uma coisa teoricamente, mas
na vida real é (ou faz) outra. Transforma-se em pessoa banal, fútil e não
inspira confiança. Pode ser até alvo de comentários maldosos e (verdadeiros)...
Hoje em
dia político passou a ser sinônimo de falsidade, incoerência... São salvo de
chacotas, quando deveriam ser reverenciados como representantes do povo e como
aqueles que são vozes de quem não t em voz. Mas a democracia se deteriorou
justamente com a incoerência e falsidade deles.
Os
religiosos incoerentes também são vítimas de sua própria incoerência. Apegados
a ritos e cultos, aparentam piedade, mas na realidade são maldosos, maliciosos,
adúlteros, gananciosos, ostentadores, vazios, comportamentos com os quais depõem
terrivelmente contra a religião que adotam e dizem seguir.
Ostentar
é um direito inalienável... Ser incoerente uma opção livre... Ser ou não ser...
E assumir as consequências. A sociedade e a vida sabem separar o “joio do trigo”.
Imagem:
Google
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