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"O amor é isso: Não prende, não aperta, não sufoca. Porque quando vira nó, já deixou de ser laço". Mário Quintana
sábado, 30 de abril de 2016
quinta-feira, 28 de abril de 2016
COMISERAÇÃO E AUTOCOMISERAÇÃO
Que
coisas são essas? Não são difíceis de explicar...
Comiseração
é sinônimo de pena, de dó, de piedade, de compaixão. Então, demonstramos esses
sentimos por alguém, ou por um animal de estimação, estamos exercendo a comiseração.
É um sentimento negativo, pois, sentir pena, simplesmente não é o melhor. O
melhor é quando sentimos a dor do outro e o ajudamos a superá-la. Isso passa a
ser caridade, que é o sentimento maior, o mesmo que “Amor-Ágape”, o amor doação
e que constrói o novo ser humano.
Autocomiseração
corresponde aos mesmos sentimentos, mas voltados para nós próprios. Aqui o
bicho pega... Pois é extremamente paralisante e destrutivo. Ela nos transforma
em vítimas, em coitados, em dignos de pena. Nada mais prejudicial
A
vivência do amor, em todos os sentidos sempre os leva a uma renúncia de nos
mesmos. Mas é uma postura consciente, madura, pois, na verdade, o amor é um
sentimento que multiplica quando dividido. Quando amo alguém, quando pratico a
caridade, ganha a pessoa a quem amamos e ajudamos e ganhamos e nós ganhamos
também... E talvez até mais. A diferença é que o amor dedicado ao outro não
espera recompensa, não espera elogio, não espera gratidão. Porém, tudo isso vem
por acréscimo e sem que gente perceba. Quem ama e ajuda nessas condições
simplesmente é feliz e ama e ajuda cada vez mais.
Com a
autocomiseração o efeito é contrário. Sentimos pena de nos mesmos...
Apresentamo-nos como vítimas... Esperamos a comiseração dos outros.... Somos
sempre “o coitado”, “o infeliz”, “o sem sorte”... Só temos notícias ruins para
dar... Só sabemos relatar tragédias em nossas vidas... Vivemos a angústia da
mão estendida...
Como
dissemos a autocomiseração é paralisante. É paralisante porque os impede de
tomarmos uma atitude positiva diante da vida. Ela nos faz correr o risco de
vermos afastados todos os nossos melhores amigos, pois, eles vão se cansar de
nos ajudar, de nos aconselhar, de nos oferecer caminhos. E, quando a gente
precisar, de fato deles, longe eles estarão, pois não acreditam mais em nós.
A
autocomiseração nos torna derrotistas e derrotados. É diferente e muito mais
grave que uma tristeza ou uma frustração, que são momentâneas. As vezes podem
durar até um pouco mais, mas logo passam, pois temos força e fé, coragem e determinação,
não para ficar lamentando as portas fechados, mas ver a janelas que vão se
abrir.
Autocomiseração
é infantilidade... Amor próprio, amor pelos outros, simpatia, empatia,
acolhimento, são maturidade. A autocomiseração nos leva a inveja pelo sucesso
alheio. A maturidade nos faz ver o sucesso alheio como modelo de vida e
reflexão sobre nossa postura diante da vida.
Enfim,
quem tem autocomiseração é uma pessoa chata, pessimista e insuportável... As pessoas maduras, alegres
otimistas, empáticas e completamente diferentes. Nem precisávamos dizer isso.
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terça-feira, 26 de abril de 2016
QUANDO O CORAÇÃO FICA PARALISADO
Quando
o coração para a pessoa morre. Não tem como. O tempo necessário para fazê-lo
bater novamente e a pessoa retornar à vida sem sequelas é mínimo. Isso ninguém
discute.
Mas há
muitas maneiras do coração parar e a pessoa continuar vivendo... Ou melhor,
sobrevivendo. Há de se perguntar, como assim? Claro, a resposta está nas
especulações. O ódio, o paixão, a arrogância, a estupidez, o ser autoritário, a
indiferença, são atitudes Aqui o coração está sendo considerado como o portal
dos sentimentos e da alma.
Santo
Agostinho disse que “... A indiferença é
uma paralisia do coração”. Coração parado ou paralisado sinônimo de morte.
Morte em vida, morto-vivo.
É
lógico que as atitudes e os comportamentos não estão vinculados ao coração e
sim ao que está enraizado na mente das pessoas.
E é
comum as pessoas brutas, estúpidas, violentas, serem consideradas como “sem
coração”. Sim, pessoas com tais comportamentos têm o coração fechado para o
sentimento.
Santo
Agostinho um dos maiores pensadores da história da humanidade, Doutor da Igreja
Católica, fala de um sentimento que hoje é considerado o oposto do amor: a
indiferença. Esta mata qualquer sentimento, qualquer relacionamento, mina na
base todas as estruturas sentimentais das pessoas. Elas se tornam frias, sem
qualquer gesto amoroso, simpático ou empático. A indiferença torna as pessoas
mortas-vivas...
Os mais
ingênuos consideram o ódio o contrário do amor. Isso é questionável. Tal como a
paixão, o ódio é o amor levado às últimas consequências, mas ainda passível de
diálogo. Se há diálogo há esperança, se há conflito igualmente há uma janela
para a concordância, para o acordo, para a viabilização de relacionamentos afetivos,
de amizade, comerciais ou parcerias... Com a indiferença não. Não há diálogo,
não há conflito, não há esperança. É tudo indiferente... E terrível.
O
indiferente constrói o seu próprio mundo e tenta viver nele sem a ajuda de
ninguém. é um candidato seriíssimo à solidão, à depressão e a morte, pois
depressão mata.
Não
entra em consideração as pessoas doentes. Estamos nos referindo àquelas que conscientemente
optam pela atitude da indiferença, podendo ou não terem razões próprias para
isso: famílias desestruturadas, grandes decepções e frustrações na vida,
acidentes e tantos outros eventos negativos e prejudiciais. Elas precisam de
ajuda especializada e de autoajuda. Mas como fazê-las compreender isso se elas
são indiferentes até as aproximações para orientações em favor delas mesmas?
Talvez amor e compreensão. Não pena...
Talvez
massagens no coração com carinho, com afeição, com amizade, com tolerância.
Talvez o sorriso de uma criança... Talvez uma mão estendida de uma senhorinha
simpática e alegre. Talvez a leitura de Cora Coralina que vivia pregando “toques suaves na alma”.... Talvez o
milagre... Talvez...
Corações
paralisados... Quão diferente seria a vida e eles voltassem a bater como nos
tempos do equilíbrio emocional e da maturidade humana!
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segunda-feira, 25 de abril de 2016
VARIAÇÕES SOBRE A IMPARCIALIDADE
Muito
se tem discutido ultimamente a respeito da imparcialidade.. Estamos caminhando
para o final do mês de Abril de 2016, época em que muitos acontecimentos
políticos estão tomando conta do espaço noticioso na grande imprensa.
Operações
da Polícia Federal, ordens de prisão e condução coercitivas de pessoas notórias
da sociedade, executivos de grandes empreiteiras e líderes governamentais
envolvidos em situações de cassação e de impeachment.
Os
nervos se agitam... As pessoas esbravejam, saem às fruas... Os políticos se
inflamam... Os formadores de opinião, especialmente da grande imprensa, entram
em êxtase.
Os
políticos estão na berlinda. O Judiciário, que deveria ser o último baluarte da
imparcialidade, ao invés do resguardo, da prudência, do equilíbrio, é o
primeiro a se manifestar publicamente, talvez não suportando o assédio da
imprensa, ávida em furos de reportagens e por ter a primazia da grande notícia.
A
votação do impeachment foi um verdadeiro circo dos horrores. Sob a luz forte
dos holofotes os deputados não perderam a oportunidade de se manifestarem como uma
sessão de barracos de pessoas ciumentas. E soltaram o verbo sem medo serem
felizes. Alguns por poucas horas apenas, como aquela deputada de Minas Gerais
que fez questão de exaltar a probidade, a moral e o modelo ético de gestão de
seu marido, prefeito da cidade de Montes Claros, quando no dia seguinte o mesmo
prefeito seria preso pela Polícia Federal, sob a acusação de desvio de dinheiro
destinado a hospitais públicos da cidade, em favor de hospital de sua família.
Que mico!
Nesse
mesmo evento quantas vezes Deus foi citado em vão? Quantas esposas
homenageadas? Quanto civismo enaltecido? Quantas amantes esquecidas? Quantas
inverdades proferidas? Quanta parcialidade exercida?
A
imparcialidade é a qualidade do que é imparcial... Rima com equidade, com
isenção, com justiça, com amor a verdade, com o respeito ao bem comum. Porém
isso é uma utopia... Pois, ninguém, absolutamente ninguém, é imparcial
completamente. Só o Deus de nossa crença. Verdade doída. Todos nós, seres
humanos e mortais, por mais que queiramos, não somos e jamais seremos
totalmente imparciais.
Somos
nós a soma de nossas emoções, de nossas premissas, de nossas crenças, de nossos
valores... Verdades enraizadas em nossa essência pela família, pela cultura,
pelo meio em que crescemos e vivemos... Valores que assumimos voluntariamente
por opção e por interesses. Aspectos que foram notórios para quem prestou muita
atenção às manifestações dos deputados na votação do impeachment.
Quem dá
uma opinião é fiel à sua verdade e, não raras vezes têm dificuldades em
discuti-la (pois têm medo do risco de ter de mudá-la).
E nem
poderia se diferente. Dado que os deputados são os “legítimos” representantes
do povo na estrutura do “Estado Democrático”.
As leis
não são totalmente imparciais, pois foram engendradas por legisladores
(deputados) imperfeitos e também não totalmente imparciais. A palavra final
fica por conta do judiciário... Esperança de imparcialidade. Até quando?
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sábado, 23 de abril de 2016
sexta-feira, 22 de abril de 2016
O CRIME NA TV
Algumas
considerações sobre este árido tema. Há controvérsias, polêmicas muitos narizes
torcidos. Há quem goste... Há quem não goste... Mas, acontece que esses
programas permanecem na mídia
televisiva, com c de aumentar o número de concorrentes.
Dá
mesmo para escolher, pois as opções são várias. E a briga pela “exclusividade”
é interessante.
Verdades
ou não... Toleradas as repetições... Esses programas podem até exercer uma
função social, que é a de mostrar o verdadeiro retrato da sociedade em que estamos
inseridos.
Alguns
veículos televisivos primam pela “qualidade” e centram sua programação no
entretenimento, na informação superficial, sem mergulhar no âmago dos problemas.
Aliás, esse é o “papel” de todos os veículos, pois atuam sob concessão estatal.
Os canais que eles usam são propriedade do Estado (este como instituição federal)
e concedidos para exploração de uma empresa ou grupo (pool). Rádio também é
assim.
Voltando
aos programas policiais... O que eles mostram é um mundo cão. Crimes, crimes,
crimes... Dos mais variados tipos, desafiando os legisladores. Aumenta, isto
sim, o sentimento de insegurança da população.
Quando
nos referimos à sua função social, como denúncia, levamos em conta que os crimes
são cometidos e não punidos. Muitos criminosos são reincidentes, são
beneficiários das brechas da lei ou favorecidos por decisões discutíveis de
juízes que os liberam sob qualquer argumento. Basta um bom advogado.
Muitas
vezes está visível e patente a autoria do crime e o criminoso sai peoa porta da
frente da delegacia, rindo de tudo e de todos e pronto para um novo ataque.
Quantas
mulheres são mortas quando deveriam estar protegidas pela “lei Maria da Penha”,
por exemplo. Os homens que agridem as mulheres, são presos e soltos, mandam às
favas essa lei, procuram as mulheres, matam-nas e fogem. E o juiz que o liberou
continua como se nada tivesse acontecido. Mas as famílias estão esgarçadas para
sempre. Não é isso que mais se vê nesses programas?
E as
autoridades, por pertencerem à elite do entretenimento, não levam em
consideração esses acontecimentos, achando que é divertimento para a classe
pobre, excluída e desprotegida.
Quantos
crimes são cometidos por aqueles que usufruem dos indultos em datas especiais.
Quantos criminosos hediondos são beneficiados por uma lei frouxa e logo saem
das cadeias e com a cabeça erguida estão livres para fazerem tudo novamente e,
de fato, fazem.
Todos
os dias esses programas mostram situações assim. Sem contar o trabalho de “enxugar
gelo” da polícia que prende e a justiça solta. Não há “moral de tropa” que
resita.
É bom a
gente aprender a ver os programas de televisão com um sentido mais crítico... Vamos
assistir de tudo um pouco. Porém, não podemos aceitar a condição de “massa de
manobra”.
Entretenimento
sim... Ferramenta de dominação não!
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quinta-feira, 21 de abril de 2016
É PRECISO CRER
Antes
de tudo algumas considerações a respeito da religião e da religiosidade. Alguém
disse que “...Para quem tem fé nenhuma
explicação é necessária. Para quem não tem fé nenhuma explicação é possível”.
Não
vamos aprofundar nos méritos dessas questões. Acreditamos, sim, que a religião
é a religiosidade são necessárias para a condição humana. A fé é necessária para
dar sentido à vida. A religiosidade é necessária para que os relacionamentos humanos ganhem
qualidade, equilíbrio, harmonia.
A vida
precisa ter sentido para ser preservada, protegida, valorizada. A sociedade precisa
ter respeito aos valores humanos, de harmonia e paz.
Acreditamos
da religião. Cada ser humano precisa acreditar num Deus que o ame, que o oriente, que seja a certeza de que
a vida valha a pena e que a morte não é o fim, mas a continuidade numa dimensão
maior e melhor.
Isto
posto, a divindade, assim concebida, não tem parâmetros e/ou paradigmas
humanos. A criatura não é maior que o criador. Para os pragmáticos a ciência
tudo explica, tudo compreende, tudo define. Mas há limites. Por exemplo: o cérebro
humano. Ele ainda é um mistério para a ciência. Estão aí as doenças
psiquiátricas, neurológicas, emocionais que ainda desafiam os médicos. Doenças
como a Demência Senil, o “Alzheimer”, o “Parkinson”, a “Depressão”...
Ainda
são desconhecidos os limites do universo e que há pós as fronteiras desses
limites. Os cientistas mais humildes reconhecem esses limites e transferem as
perguntas e respostas para a esfera mítica ou mística e aí fica por cona da
religião de cada um. Sartre, o grande filósofo francês do existencialismo, ao tentar
provar que Deus não existe no seu livro “O Ser e o Nada”, conclui que Deus é a “única causa incausada”, portanto, cá
entre nós, Deus existe sim!
Deus é
necessário, tão necessário quanto fundamental. E Ele não fala a linguagem
humana, não é a nossa imagem... Nós somos a sua imagem. É diferente. Ele nos
ouve e nos compreende e as vezes em que Ele não nos atende é porque Ele tem
algo melhor para nós. Ele não trabalha no varejo. Ele é sábio, infinitamente
sábio... Ele coloca um propósito para nossa vida. Se Deus parece não respeitar
a nossa liberdade é porque não somos capazes de enxergar para além do nosso
umbigo e somos carregados de egoísmo, de arrogância e de falta de humildade.
Deus é
tão bom, tão condescende, nos ama tanto que nos permite afastar dele, buscando
outros caminhos e até duvidar e não acreditar que Ele existe. Quem assim age
opta por viver um inferno. E inferno é isso: ausência de Deus. Como céu é
presença d’Ele.
Deus, a
gente crendo ou não n’Ele age em nosso favor não só nos limites das situações
em que vivemos. Limites que nós mesmos nos colocamos. É visão de cada um. Para
uma análise dos nossos problemas, das nossas dificuldades, nos nossos estreitos
limites de forças, de paciência, de falta de fé, basta uma comparação com o
sofrimento de Cristo na cruz. Ou pesquisar e conhecer as “Noites Escuras” de
São João da Cruz.
A
verdade irrefutável é que nas fronteiras dos sofrimentos há sempre uma
Ressurreição. Claro, é preciso crer.
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terça-feira, 19 de abril de 2016
PÉS, PESCOÇOS E COSTELAS
Saborear
pés, pescoços e costelas de frango caipira, com as mãos, sem pressa, jogando
conversa fora, é tudo de bom!
Coisas
simples da vida... Mas restritas a uma parcela das pessoas que viveram ou vivem
no interior, na zona rural. Coisas simples como comer frango (ou galinha
caipira, ou matuta), é bem diferente do frango de granja, consumido nas áreas
urbanas.
Nas
granjas as aves são industrializadas, alimentadas com ração balanceada, muitas
delas carregadas de hormônios, especialmente para o seu rápido crescimento. Já
na zona rural elas são alimentadas naturalmente, sendo o milho a base. Os
gostos, os sabores, as técnicas de cozimento são completamente diferentes... E
o tempero caseiro?!.
Nas
cidades consomem-se as partes nobres do franco: o peito, as coxas e as sobre-coxas.
Desprezam-se os pés, os pescoços, as costelas, as s e os miúdos. Estes algumas
vezes utilizados para as farofas.
Porém,
um dos grandes segredos das coisas simples e boas da vida no campo é mesmo o
“saborear” o frango caipira com as mãos, desprezando o modus faciendi
urbanus... Sim com as mãos, sem pressa de terminar, em família, jogando
conversa fora, contando e ouvindo piadas, ainda que repetidas. Claro, com
arroz, feijão, macarrão, farofa, e outras cozitas más.
O
importante é o momento, a convivência, o relacionamento. Que tenha cerveja,
caipirinha, ou suco natural de laranja ou limão, ou de melancia ou abacaxi. Há
um “quê” de místico, de romântico, de algo que vai se perder no tempo, pois são
momentos que certamente não mais se repetirão.
No esgarçar
dos dedos dos pés, com aquele “courinho”, no debulhar das pequenas vértebras do
pescoço, depois de extrair-lhe o sangue acumulado, no destrinchamento de cada
uma das costelas e aproveitar, entre uma gargalhada e outra, seus fiapos de
carne, o lamber os beiços (ou lábios) e os dedos... A vida flui, os sentimentos
afloram, as amizades e os amores se consolidam....
Pés,
pescoços e costelas de frango caipira convidam, também à reflexão. O ato de
comê-los livre das peias das etiquetas abre as portas do pensamento para as
questões como a saudade, a família, os projetos de vida, o silêncio, a paz, a
introspecção. Daí pode surgir uma nova pessoa; ou uma pessoa nova, reavivada
pelo reencontro, pelo perdão, pelo acolhimento.
Momentos
únicos, porém absolutamente necessários para o desenvolvimento da vida... Há
quem não foste de frango caipira. Respeite-se... Há quem tenha medo do
reencontro consigo mesmo, que só o ‘saboreio” sossegado dos pés, pescoços e
costelas, proporciona.
Tudo de
na vida acontece a partir de atitudes e atos de coragem. Sentar-se à mesa,
deixar de lado a timidez, as boas maneiras, as etiquetas, e meter a mão no
frango e ter dedos e lábios e parte do rosto e o queixo engordurados é uma
superação. Tirar proveito desses momentos mágicos é, também, uma grande
vitória.
Feliz
aquele que não rompeu com suas origens. Feliz daquele que ainda pode viajar no
tempo segurando nas mãos aqueles ossinhos saborosos e muito bem temperados com
pitadas eloquentes de amor.
Coisas
simples da vida...
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segunda-feira, 18 de abril de 2016
SAÚDE
MASCULINA (PRÓSTATA, DIFUNÇÃO ERÉTIL...)
É um tema
complicado, machista e pleno de situações aparentemente constrangedoras. Nada
disso... Basta o diálogo, o autoconhecimento e a superação da timidez para
encarar os problemas de frente... Conhecê-los e tratá-los. Vamos, sem entrar profundamente
no mérito médico e científico deles, apresentar alguns, conforme publicação do
IAMSPE (Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual de São
Paulo)
O que é
próstata? É um órgão masculino relacionado ao ato de urinar e à ejaculação. As
doenças mais comuns da próstata são: a Hiperplasia Benigna da Próstata (HPB),
popularmente conhecida como “inchaço da Próstata” e o “Câncer de próstata”.
O
“Câncer de Próstata” é o câncer mais frequente do homem, representando mais de
40% dos tumores que atingem os homens acima de 50 anos. No Brasil, o INCA
estima mais de 50.000 novos casos para o ano de 2016.
O
diagnóstico dessa doença é feito através de exames de sangue periódicos, como o
PSA (Antígeno Prostático Específico) e do toque retal da próstata. Esses exames
são complementares e um não substitui o outro. São indicados para os homens
acima de 40 anos com história familiar para este tipo de câncer, e acima de 45
anos, mesmo sem história familiar. Sim, existe tratamento. Porém, o diagnóstico
precoce é fundamental para um tratamento bem sucedido.
Em
relação a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), ela é caracterizada pelo
crescimento exagerado de uma das regiões da próstata, que pode comprimir a via
urinária, dificultando ou impedindo a passagem da urina. Isso favorece o
aparecimento de infecções e cálculos renais. Ocorre em cerca de 60% dos homens
acima dos 60 anos.O tratamento pode ser cirúrgico ou clinico dependendo do
paciente e da gravidade dos sintomas.
A
Disfunção Erétil é a incapacidade em obter ou manter uma ereção satisfatória
para uma relação sexual. Perto de 44% dos homens brasileiros acima dos 40 anos
apresentam algum grau de dificuldade de ereção.
As
causas mais comuns da Disfunção Erétil são: as doenças neurológicas, os
medicamentos (utilizados para outras finalidades e que prejudicam a ereção);
alterações nos níveis de testosterona; hipertensão, diabetes; doenças
urológicas (cirurgia ou radioterapia para comate ao câncer de próstata); psicológicos
(ansiedade, problemas de relacionamento) e outros como colesterol alto, consumo
de bebidas alcoólicas, cigarros e drogas, depressão estresse e obesidade.
Outro
aspecto da Disfunção Erétil é a “Ejaculação Precoce”, que é a ejaculação ou o
orgasmo antes do esperado. Suas causas ainda não são explicadas completamente
pela ciência médica, mas referem-se à fatores psicológicos e biológicos. Há
tratamentos envolvendo terapias e medicamentos, mas sempre com orientação
médica. Há, também, técnicas e práticas de retardamento da ejaculação... Isso
dependendo da superação da inibição e abertura para o diálogo com a parceira.
O
importante mesmo é a orientação médica especializada. E a certeza de que as
“Disfunções Eréteis” têm tratamento. E que não é mal nenhum o homem apresentar
alguns desses sintomas, pois são comuns a uma boa parcela da população
masculina.
Há
vasta literatura sobre esses assuntos. E na internet também...
Portanto,
a situação é de calma, autoconhecimento e busca da ajuda necessária no lugar
certo e no momento certo.
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domingo, 3 de abril de 2016
sexta-feira, 1 de abril de 2016
MODA, MODISMO E ELEGÂNCIA
A
expressão “moda” vem do francês “mode”
ou do latim “modus” e identifica uma
série de usos e costumes num determinado tempo num determinado território. É
uma tendência que transparece fortemente no vestuário e seus adereços, especialmente
no universo feminino, sem que o universo masculino, também, não deixe de ser
afetado.
Em
inglês moda é fashion, que deriva do latim “factio”,
que originalmente significa fazer, fabricar, montar.
Moda é
uma tendência que nasce a partir de um gesto
ou de uma atitude de uma pessoa influente ou celebridade do mundo da
arte, especialmente do cinema. Por isso os grandes eventos como a “entrega dos
Oscar”, prêmios relativos ao cinema atraem tanta atenção e joga os holofotes
sobre o mundo feminino. Um modelo novo, um estilo novo, aberrantes ou não tem
grande chance se tornar uma “moda”, logo absorvida pela industria e pelo
consumismo daquelas que querem se manter “na moda”. E o movimento ganha força.
Há os
grandes estilistas que arriscam nos “desfiles de moda” lançar modelos de roupas
e estilos diferenciados com o mesmo objetivo. Manter-se na moda é uma forma de
ostentação, de chamar a atenção, de manter-se por cima na sociedade.
A moda
não se preocupa muito com valores quer financeiros quer humanos. Algumas peças
do vestuário custam horrores... Outras expõem seus usuários ao ridículo. Mas
moda é moda... Muitas pessoas, na anciã de “manter-se na moda” sujeitam a essa
espécie de coerção social imposta pela indústria da moda.
Há
também os “modismos”, que são movimentos de moda efêmeros, passageiros. Pode e
com os vestuários, com a música, com artistas. São comuns cantores de uma única
música, uso de adereços um cuirto período de tempo e até linguagem ou bordões
que são usados em novelas e desaparecem com o fim da sua exibição.
Moda
vai... Moda vem... Modismos aparecem e desaparecem, mas uma coisa continua
firme, sem perigo de desaparecer: a elegância.
Elegância
é uma forma discreta, educada de se apresentar. Exige gestos comedidos,
prudência, fineza no comportar-se socialmente... O fino trato. É lógico que a
elegância no vestir, também, é uma moda, uma moda perene. As vezes pode ser
confundida com posturas elitizadas. Mas elegância cabe em qualquer lugar, em
qualquer momento. É sobriedade...
Um
exemplo: numa competição por um emprego numa empresa séria, tem mais
possibilidades aquele que se apresenta elegante e sobriamente. O extravagante,
só porque está na moda, pode ser preterido.
A
elegância tem a ver com a essência, com as premissas, com a base familiar, com
o cultivo dos valores humanos, com o respeito, com a humildade, com a não
arrogância, com a prudência, com os pés no chão.
Não se
arrepende aquele cultua a elegância em todos os sentidos. Elegância não é
modismo, muito menos se restringe à elite.
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