quinta-feira, 28 de abril de 2016

COMISERAÇÃO E AUTOCOMISERAÇÃO


Que coisas são essas? Não são difíceis de explicar...

Comiseração é sinônimo de pena, de dó, de piedade, de compaixão. Então, demonstramos esses sentimos por alguém, ou por um animal de estimação, estamos exercendo a comiseração. É um sentimento negativo, pois, sentir pena, simplesmente não é o melhor. O melhor é quando sentimos a dor do outro e o ajudamos a superá-la. Isso passa a ser caridade, que é o sentimento maior, o mesmo que “Amor-Ágape”, o amor doação e que constrói o novo ser humano.

Autocomiseração corresponde aos mesmos sentimentos, mas voltados para nós próprios. Aqui o bicho pega... Pois é extremamente paralisante e destrutivo. Ela nos transforma em vítimas, em coitados, em dignos de pena. Nada mais prejudicial

A vivência do amor, em todos os sentidos sempre os leva a uma renúncia de nos mesmos. Mas é uma postura consciente, madura, pois, na verdade, o amor é um sentimento que multiplica quando dividido. Quando amo alguém, quando pratico a caridade, ganha a pessoa a quem amamos e ajudamos e ganhamos e nós ganhamos também... E talvez até mais. A diferença é que o amor dedicado ao outro não espera recompensa, não espera elogio, não espera gratidão. Porém, tudo isso vem por acréscimo e sem que gente perceba. Quem ama e ajuda nessas condições simplesmente é feliz e ama e ajuda cada vez mais.

Com a autocomiseração o efeito é contrário. Sentimos pena de nos mesmos... Apresentamo-nos como vítimas... Esperamos a comiseração dos outros.... Somos sempre “o coitado”, “o infeliz”, “o sem sorte”... Só temos notícias ruins para dar... Só sabemos relatar tragédias em nossas vidas... Vivemos a angústia da mão estendida...

Como dissemos a autocomiseração é paralisante. É paralisante porque os impede de tomarmos uma atitude positiva diante da vida. Ela nos faz correr o risco de vermos afastados todos os nossos melhores amigos, pois, eles vão se cansar de nos ajudar, de nos aconselhar, de nos oferecer caminhos. E, quando a gente precisar, de fato deles, longe eles estarão, pois não acreditam mais em nós.

A autocomiseração nos torna derrotistas e derrotados. É diferente e muito mais grave que uma tristeza ou uma frustração, que são momentâneas. As vezes podem durar até um pouco mais, mas logo passam, pois temos força e fé, coragem e determinação, não para ficar lamentando as portas fechados, mas ver a janelas que vão se abrir.

Autocomiseração é infantilidade... Amor próprio, amor pelos outros, simpatia, empatia, acolhimento, são maturidade. A autocomiseração nos leva a inveja pelo sucesso alheio. A maturidade nos faz ver o sucesso alheio como modelo de vida e reflexão sobre nossa postura diante da vida.

Enfim, quem tem autocomiseração é uma pessoa chata, pessimista  e insuportável... As pessoas maduras, alegres otimistas, empáticas e completamente diferentes. Nem precisávamos dizer isso.
  

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terça-feira, 26 de abril de 2016

QUANDO O CORAÇÃO FICA PARALISADO


Quando o coração para a pessoa morre. Não tem como. O tempo necessário para fazê-lo bater novamente e a pessoa retornar à vida sem sequelas é mínimo. Isso ninguém discute.

Mas há muitas maneiras do coração parar e a pessoa continuar vivendo... Ou melhor, sobrevivendo. Há de se perguntar, como assim? Claro, a resposta está nas especulações. O ódio, o paixão, a arrogância, a estupidez, o ser autoritário, a indiferença, são atitudes Aqui o coração está sendo considerado como o portal dos sentimentos e da alma.

Santo Agostinho disse que “... A indiferença é uma paralisia do coração”. Coração parado ou paralisado sinônimo de morte. Morte em vida, morto-vivo.

É lógico que as atitudes e os comportamentos não estão vinculados ao coração e sim ao que está enraizado na mente das pessoas.

E é comum as pessoas brutas, estúpidas, violentas, serem consideradas como “sem coração”. Sim, pessoas com tais comportamentos têm o coração fechado para o sentimento.

Santo Agostinho um dos maiores pensadores da história da humanidade, Doutor da Igreja Católica, fala de um sentimento que hoje é considerado o oposto do amor: a indiferença. Esta mata qualquer sentimento, qualquer relacionamento, mina na base todas as estruturas sentimentais das pessoas. Elas se tornam frias, sem qualquer gesto amoroso, simpático ou empático. A indiferença torna as pessoas mortas-vivas...

Os mais ingênuos consideram o ódio o contrário do amor. Isso é questionável. Tal como a paixão, o ódio é o amor levado às últimas consequências, mas ainda passível de diálogo. Se há diálogo há esperança, se há conflito igualmente há uma janela para a concordância, para o acordo, para a viabilização de relacionamentos afetivos, de amizade, comerciais ou parcerias... Com a indiferença não. Não há diálogo, não há conflito, não há esperança. É tudo indiferente... E terrível.

O indiferente constrói o seu próprio mundo e tenta viver nele sem a ajuda de ninguém. é um candidato seriíssimo à solidão, à depressão e a morte, pois depressão mata.

Não entra em consideração as pessoas doentes. Estamos nos referindo àquelas que conscientemente optam pela atitude da indiferença, podendo ou não terem razões próprias para isso: famílias desestruturadas, grandes decepções e frustrações na vida, acidentes e tantos outros eventos negativos e prejudiciais. Elas precisam de ajuda especializada e de autoajuda. Mas como fazê-las compreender isso se elas são indiferentes até as aproximações para orientações em favor delas mesmas? Talvez amor e compreensão. Não pena...

Talvez massagens no coração com carinho, com afeição, com amizade, com tolerância. Talvez o sorriso de uma criança... Talvez uma mão estendida de uma senhorinha simpática e alegre. Talvez a leitura de Cora Coralina que vivia pregando “toques suaves na alma”.... Talvez o milagre... Talvez...

Corações paralisados... Quão diferente seria a vida e eles voltassem a bater como nos tempos do equilíbrio emocional e da maturidade humana!



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segunda-feira, 25 de abril de 2016

VARIAÇÕES SOBRE A IMPARCIALIDADE


Muito se tem discutido ultimamente a respeito da imparcialidade.. Estamos caminhando para o final do mês de Abril de 2016, época em que muitos acontecimentos políticos estão tomando conta do espaço noticioso na grande imprensa.

Operações da Polícia Federal, ordens de prisão e condução coercitivas de pessoas notórias da sociedade, executivos de grandes empreiteiras e líderes governamentais envolvidos em situações de cassação e de impeachment.

Os nervos se agitam... As pessoas esbravejam, saem às fruas... Os políticos se inflamam... Os formadores de opinião, especialmente da grande imprensa, entram em êxtase.

Os políticos estão na berlinda. O Judiciário, que deveria ser o último baluarte da imparcialidade, ao invés do resguardo, da prudência, do equilíbrio, é o primeiro a se manifestar publicamente, talvez não suportando o assédio da imprensa, ávida em furos de reportagens e por ter a primazia da grande notícia.

A votação do impeachment foi um verdadeiro circo dos horrores. Sob a luz forte dos holofotes os deputados não perderam a oportunidade de se manifestarem como uma sessão de barracos de pessoas ciumentas. E soltaram o verbo sem medo serem felizes. Alguns por poucas horas apenas, como aquela deputada de Minas Gerais que fez questão de exaltar a probidade, a moral e o modelo ético de gestão de seu marido, prefeito da cidade de Montes Claros, quando no dia seguinte o mesmo prefeito seria preso pela Polícia Federal, sob a acusação de desvio de dinheiro destinado a hospitais públicos da cidade, em favor de hospital de sua família. Que mico!

Nesse mesmo evento quantas vezes Deus foi citado em vão? Quantas esposas homenageadas? Quanto civismo enaltecido? Quantas amantes esquecidas? Quantas inverdades proferidas? Quanta parcialidade exercida?

A imparcialidade é a qualidade do que é imparcial... Rima com equidade, com isenção, com justiça, com amor a verdade, com o respeito ao bem comum. Porém isso é uma utopia... Pois, ninguém, absolutamente ninguém, é imparcial completamente. Só o Deus de nossa crença. Verdade doída. Todos nós, seres humanos e mortais, por mais que queiramos, não somos e jamais seremos totalmente imparciais.

Somos nós a soma de nossas emoções, de nossas premissas, de nossas crenças, de nossos valores... Verdades enraizadas em nossa essência pela família, pela cultura, pelo meio em que crescemos e vivemos... Valores que assumimos voluntariamente por opção e por interesses. Aspectos que foram notórios para quem prestou muita atenção às manifestações dos deputados na votação do impeachment.

Quem dá uma opinião é fiel à sua verdade e, não raras vezes têm dificuldades em discuti-la (pois têm medo do risco de ter de mudá-la).

E nem poderia se diferente. Dado que os deputados são os “legítimos” representantes do povo na estrutura do “Estado Democrático”.

As leis não são totalmente imparciais, pois foram engendradas por legisladores (deputados) imperfeitos e também não totalmente imparciais. A palavra final fica por conta do judiciário... Esperança de imparcialidade. Até quando?


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sexta-feira, 22 de abril de 2016

O CRIME NA TV

Algumas considerações sobre este árido tema. Há controvérsias, polêmicas muitos narizes torcidos. Há quem goste... Há quem não goste... Mas, acontece que esses programas permanecem na  mídia televisiva, com c de aumentar o número de concorrentes.

Dá mesmo para escolher, pois as opções são várias. E a briga pela “exclusividade” é interessante.

Verdades ou não... Toleradas as repetições... Esses programas podem até exercer uma função social, que é a de mostrar o verdadeiro retrato da sociedade em que estamos inseridos.

Alguns veículos televisivos primam pela “qualidade” e centram sua programação no entretenimento, na informação superficial, sem mergulhar no âmago dos problemas. Aliás, esse é o “papel” de todos os veículos, pois atuam sob concessão estatal. Os canais que eles usam são propriedade do Estado (este como instituição federal) e concedidos para exploração de uma empresa ou grupo (pool). Rádio também é assim.

Voltando aos programas policiais... O que eles mostram é um mundo cão. Crimes, crimes, crimes... Dos mais variados tipos, desafiando os legisladores. Aumenta, isto sim, o sentimento de insegurança da população.

Quando nos referimos à sua função social, como denúncia, levamos em conta que os crimes são cometidos e não punidos. Muitos criminosos são reincidentes, são beneficiários das brechas da lei ou favorecidos por decisões discutíveis de juízes que os liberam sob qualquer argumento. Basta um bom advogado.

Muitas vezes está visível e patente a autoria do crime e o criminoso sai peoa porta da frente da delegacia, rindo de tudo e de todos e pronto para um novo ataque.

Quantas mulheres são mortas quando deveriam estar protegidas pela “lei Maria da Penha”, por exemplo. Os homens que agridem as mulheres, são presos e soltos, mandam às favas essa lei, procuram as mulheres, matam-nas e fogem. E o juiz que o liberou continua como se nada tivesse acontecido. Mas as famílias estão esgarçadas para sempre. Não é isso que mais se vê nesses programas?

E as autoridades, por pertencerem à elite do entretenimento, não levam em consideração esses acontecimentos, achando que é divertimento para a classe pobre, excluída e desprotegida.

Quantos crimes são cometidos por aqueles que usufruem dos indultos em datas especiais. Quantos criminosos hediondos são beneficiados por uma lei frouxa e logo saem das cadeias e com a cabeça erguida estão livres para fazerem tudo novamente e, de fato, fazem.

Todos os dias esses programas mostram situações assim. Sem contar o trabalho de “enxugar gelo” da polícia que prende e a justiça solta. Não há “moral de tropa” que resita.

É bom a gente aprender a ver os programas de televisão com um sentido mais crítico... Vamos assistir de tudo um pouco. Porém, não podemos aceitar a condição de “massa de manobra”.

Entretenimento sim... Ferramenta de dominação não!


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quinta-feira, 21 de abril de 2016

É PRECISO CRER


Antes de tudo algumas considerações a respeito da religião e da religiosidade. Alguém disse que “...Para quem tem fé nenhuma explicação é necessária. Para quem não tem fé nenhuma explicação é possível”.

Não vamos aprofundar nos méritos dessas questões. Acreditamos, sim, que a religião é a religiosidade são necessárias para a condição humana. A fé é necessária para dar sentido à vida. A religiosidade é necessária  para que os relacionamentos humanos ganhem qualidade, equilíbrio, harmonia.

A vida precisa ter sentido para ser preservada, protegida, valorizada. A sociedade precisa ter respeito aos valores humanos, de harmonia e paz.

Acreditamos da religião. Cada ser humano precisa acreditar num Deus que o  ame, que o oriente, que seja a certeza de que a vida valha a pena e que a morte não é o fim, mas a continuidade numa dimensão maior e melhor.

Isto posto, a divindade, assim concebida, não tem parâmetros e/ou paradigmas humanos. A criatura não é maior que o criador. Para os pragmáticos a ciência tudo explica, tudo compreende, tudo define. Mas há limites. Por exemplo: o cérebro humano. Ele ainda é um mistério para a ciência. Estão aí as doenças psiquiátricas, neurológicas, emocionais que ainda desafiam os médicos. Doenças como a Demência Senil, o “Alzheimer”, o “Parkinson”, a “Depressão”...

Ainda são desconhecidos os limites do universo e que há pós as fronteiras desses limites. Os cientistas mais humildes reconhecem esses limites e transferem as perguntas e respostas para a esfera mítica ou mística e aí fica por cona da religião de cada um. Sartre, o grande filósofo francês do existencialismo, ao tentar provar que Deus não existe no seu livro “O Ser e o Nada”, conclui que Deus é a “única causa incausada”, portanto, cá entre nós, Deus existe sim!

Deus é necessário, tão necessário quanto fundamental. E Ele não fala a linguagem humana, não é a nossa imagem... Nós somos a sua imagem. É diferente. Ele nos ouve e nos compreende e as vezes em que Ele não nos atende é porque Ele tem algo melhor para nós. Ele não trabalha no varejo. Ele é sábio, infinitamente sábio... Ele coloca um propósito para nossa vida. Se Deus parece não respeitar a nossa liberdade é porque não somos capazes de enxergar para além do nosso umbigo e somos carregados de egoísmo, de arrogância e de falta de humildade.

Deus é tão bom, tão condescende, nos ama tanto que nos permite afastar dele, buscando outros caminhos e até duvidar e não acreditar que Ele existe. Quem assim age opta por viver um inferno. E inferno é isso: ausência de Deus. Como céu é presença d’Ele.

Deus, a gente crendo ou não n’Ele age em nosso favor não só nos limites das situações em que vivemos. Limites que nós mesmos nos colocamos. É visão de cada um. Para uma análise dos nossos problemas, das nossas dificuldades, nos nossos estreitos limites de forças, de paciência, de falta de fé, basta uma comparação com o sofrimento de Cristo na cruz. Ou pesquisar e conhecer as “Noites Escuras” de São João da Cruz.

A verdade irrefutável é que nas fronteiras dos sofrimentos há sempre uma Ressurreição. Claro, é preciso crer.




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terça-feira, 19 de abril de 2016

PÉS, PESCOÇOS E COSTELAS


Saborear pés, pescoços e costelas de frango caipira, com as mãos, sem pressa, jogando conversa fora, é tudo de bom!

Coisas simples da vida... Mas restritas a uma parcela das pessoas que viveram ou vivem no interior, na zona rural. Coisas simples como comer frango (ou galinha caipira, ou matuta), é bem diferente do frango de granja, consumido nas áreas urbanas.

Nas granjas as aves são industrializadas, alimentadas com ração balanceada, muitas delas carregadas de hormônios, especialmente para o seu rápido crescimento. Já na zona rural elas são alimentadas naturalmente, sendo o milho a base. Os gostos, os sabores, as técnicas de cozimento são completamente diferentes... E o tempero caseiro?!.

Nas cidades consomem-se as partes nobres do franco: o peito, as coxas e as sobre-coxas. Desprezam-se os pés, os pescoços, as costelas, as s e os miúdos. Estes algumas vezes utilizados para as farofas.

Porém, um dos grandes segredos das coisas simples e boas da vida no campo é mesmo o “saborear” o frango caipira com as mãos, desprezando o modus faciendi urbanus... Sim com as mãos, sem pressa de terminar, em família, jogando conversa fora, contando e ouvindo piadas, ainda que repetidas. Claro, com arroz, feijão, macarrão, farofa, e outras cozitas más.

O importante é o momento, a convivência, o relacionamento. Que tenha cerveja, caipirinha, ou suco natural de laranja ou limão, ou de melancia ou abacaxi. Há um “quê” de místico, de romântico, de algo que vai se perder no tempo, pois são momentos que certamente não mais se repetirão.

No esgarçar dos dedos dos pés, com aquele “courinho”, no debulhar das pequenas vértebras do pescoço, depois de extrair-lhe o sangue acumulado, no destrinchamento de cada uma das costelas e aproveitar, entre uma gargalhada e outra, seus fiapos de carne, o lamber os beiços (ou lábios) e os dedos... A vida flui, os sentimentos afloram, as amizades e os amores se consolidam....

Pés, pescoços e costelas de frango caipira convidam, também à reflexão. O ato de comê-los livre das peias das etiquetas abre as portas do pensamento para as questões como a saudade, a família, os projetos de vida, o silêncio, a paz, a introspecção. Daí pode surgir uma nova pessoa; ou uma pessoa nova, reavivada pelo reencontro, pelo perdão, pelo acolhimento.

Momentos únicos, porém absolutamente necessários para o desenvolvimento da vida... Há quem não foste de frango caipira. Respeite-se... Há quem tenha medo do reencontro consigo mesmo, que só o ‘saboreio” sossegado dos pés, pescoços e costelas, proporciona.

Tudo de na vida acontece a partir de atitudes e atos de coragem. Sentar-se à mesa, deixar de lado a timidez, as boas maneiras, as etiquetas, e meter a mão no frango e ter dedos e lábios e parte do rosto e o queixo engordurados é uma superação. Tirar proveito desses momentos mágicos é, também, uma grande vitória.

Feliz aquele que não rompeu com suas origens. Feliz daquele que ainda pode viajar no tempo segurando nas mãos aqueles ossinhos saborosos e muito bem temperados com pitadas eloquentes de amor.

Coisas simples da vida...


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segunda-feira, 18 de abril de 2016

SAÚDE MASCULINA (PRÓSTATA, DIFUNÇÃO ERÉTIL...)

É um tema complicado, machista e pleno de situações aparentemente constrangedoras. Nada disso... Basta o diálogo, o autoconhecimento e a superação da timidez para encarar os problemas de frente... Conhecê-los e tratá-los. Vamos, sem entrar profundamente no mérito médico e científico deles, apresentar alguns, conforme publicação do IAMSPE (Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual de São Paulo)

O que é próstata? É um órgão masculino relacionado ao ato de urinar e à ejaculação. As doenças mais comuns da próstata são: a Hiperplasia Benigna da Próstata (HPB), popularmente conhecida como “inchaço da Próstata” e o “Câncer de próstata”.

O “Câncer de Próstata” é o câncer mais frequente do homem, representando mais de 40% dos tumores que atingem os homens acima de 50 anos. No Brasil, o INCA estima mais de 50.000 novos casos para o ano de 2016.

O diagnóstico dessa doença é feito através de exames de sangue periódicos, como o PSA (Antígeno Prostático Específico) e do toque retal da próstata. Esses exames são complementares e um não substitui o outro. São indicados para os homens acima de 40 anos com história familiar para este tipo de câncer, e acima de 45 anos, mesmo sem história familiar. Sim, existe tratamento. Porém, o diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento bem sucedido.

Em relação a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), ela é caracterizada pelo crescimento exagerado de uma das regiões da próstata, que pode comprimir a via urinária, dificultando ou impedindo a passagem da urina. Isso favorece o aparecimento de infecções e cálculos renais. Ocorre em cerca de 60% dos homens acima dos 60 anos.O tratamento pode ser cirúrgico ou clinico dependendo do paciente e da gravidade dos sintomas.

A Disfunção Erétil é a incapacidade em obter ou manter uma ereção satisfatória para uma relação sexual. Perto de 44% dos homens brasileiros acima dos 40 anos apresentam algum grau de dificuldade de ereção.

As causas mais comuns da Disfunção Erétil são: as doenças neurológicas, os medicamentos (utilizados para outras finalidades e que prejudicam a ereção); alterações nos níveis de testosterona; hipertensão, diabetes; doenças urológicas (cirurgia ou radioterapia para comate ao câncer de próstata); psicológicos (ansiedade, problemas de relacionamento) e outros como colesterol alto, consumo de bebidas alcoólicas, cigarros e drogas, depressão estresse e obesidade.

Outro aspecto da Disfunção Erétil é a “Ejaculação Precoce”, que é a ejaculação ou o orgasmo antes do esperado. Suas causas ainda não são explicadas completamente pela ciência médica, mas referem-se à fatores psicológicos e biológicos. Há tratamentos envolvendo terapias e medicamentos, mas sempre com orientação médica. Há, também, técnicas e práticas de retardamento da ejaculação... Isso dependendo da superação da inibição e abertura para o diálogo com a parceira.

O importante mesmo é a orientação médica especializada. E a certeza de que as “Disfunções Eréteis” têm tratamento. E que não é mal nenhum o homem apresentar alguns desses sintomas, pois são comuns a uma boa parcela da população masculina.

Há vasta literatura sobre esses assuntos. E na internet também...

Portanto, a situação é de calma, autoconhecimento e busca da ajuda necessária no lugar certo e no momento certo.



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sexta-feira, 1 de abril de 2016

MODA, MODISMO E ELEGÂNCIA


A expressão “moda” vem do francês “mode” ou do latim “modus” e identifica uma série de usos e costumes num determinado tempo num determinado território. É uma tendência que transparece fortemente no vestuário e seus adereços, especialmente no universo feminino, sem que o universo masculino, também, não deixe de ser afetado.

Em inglês moda é fashion, que deriva do latim “factio”, que originalmente significa fazer, fabricar, montar.

Moda é uma tendência que nasce a partir de um gesto  ou de uma atitude de uma pessoa influente ou celebridade do mundo da arte, especialmente do cinema. Por isso os grandes eventos como a “entrega dos Oscar”, prêmios relativos ao cinema atraem tanta atenção e joga os holofotes sobre o mundo feminino. Um modelo novo, um estilo novo, aberrantes ou não tem grande chance se tornar uma “moda”, logo absorvida pela industria e pelo consumismo daquelas que querem se manter “na moda”. E o movimento ganha força.

Há os grandes estilistas que arriscam nos “desfiles de moda” lançar modelos de roupas e estilos diferenciados com o mesmo objetivo. Manter-se na moda é uma forma de ostentação, de chamar a atenção, de manter-se por cima na sociedade.

A moda não se preocupa muito com valores quer financeiros quer humanos. Algumas peças do vestuário custam horrores... Outras expõem seus usuários ao ridículo. Mas moda é moda... Muitas pessoas, na anciã de “manter-se na moda” sujeitam a essa espécie de coerção social imposta pela indústria da moda.

Há também os “modismos”, que são movimentos de moda efêmeros, passageiros. Pode e com os vestuários, com a música, com artistas. São comuns cantores de uma única música, uso de adereços um cuirto período de tempo e até linguagem ou bordões que são usados em novelas e desaparecem com o fim da sua exibição.

Moda vai... Moda vem... Modismos aparecem e desaparecem, mas uma coisa continua firme, sem perigo de desaparecer: a elegância.

Elegância é uma forma discreta, educada de se apresentar. Exige gestos comedidos, prudência, fineza no comportar-se socialmente... O fino trato. É lógico que a elegância no vestir, também, é uma moda, uma moda perene. As vezes pode ser confundida com posturas elitizadas. Mas elegância cabe em qualquer lugar, em qualquer momento. É sobriedade...

Um exemplo: numa competição por um emprego numa empresa séria, tem mais possibilidades aquele que se apresenta elegante e sobriamente. O extravagante, só porque está na moda, pode ser preterido.

A elegância tem a ver com a essência, com as premissas, com a base familiar, com o cultivo dos valores humanos, com o respeito, com a humildade, com a não arrogância, com a prudência, com os pés no chão.

Não se arrepende aquele cultua a elegância em todos os sentidos. Elegância não é modismo, muito menos se restringe à elite.



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