Algumas
considerações sobre este árido tema. Há controvérsias, polêmicas muitos narizes
torcidos. Há quem goste... Há quem não goste... Mas, acontece que esses
programas permanecem na mídia
televisiva, com c de aumentar o número de concorrentes.
Dá
mesmo para escolher, pois as opções são várias. E a briga pela “exclusividade”
é interessante.
Verdades
ou não... Toleradas as repetições... Esses programas podem até exercer uma
função social, que é a de mostrar o verdadeiro retrato da sociedade em que estamos
inseridos.
Alguns
veículos televisivos primam pela “qualidade” e centram sua programação no
entretenimento, na informação superficial, sem mergulhar no âmago dos problemas.
Aliás, esse é o “papel” de todos os veículos, pois atuam sob concessão estatal.
Os canais que eles usam são propriedade do Estado (este como instituição federal)
e concedidos para exploração de uma empresa ou grupo (pool). Rádio também é
assim.
Voltando
aos programas policiais... O que eles mostram é um mundo cão. Crimes, crimes,
crimes... Dos mais variados tipos, desafiando os legisladores. Aumenta, isto
sim, o sentimento de insegurança da população.
Quando
nos referimos à sua função social, como denúncia, levamos em conta que os crimes
são cometidos e não punidos. Muitos criminosos são reincidentes, são
beneficiários das brechas da lei ou favorecidos por decisões discutíveis de
juízes que os liberam sob qualquer argumento. Basta um bom advogado.
Muitas
vezes está visível e patente a autoria do crime e o criminoso sai peoa porta da
frente da delegacia, rindo de tudo e de todos e pronto para um novo ataque.
Quantas
mulheres são mortas quando deveriam estar protegidas pela “lei Maria da Penha”,
por exemplo. Os homens que agridem as mulheres, são presos e soltos, mandam às
favas essa lei, procuram as mulheres, matam-nas e fogem. E o juiz que o liberou
continua como se nada tivesse acontecido. Mas as famílias estão esgarçadas para
sempre. Não é isso que mais se vê nesses programas?
E as
autoridades, por pertencerem à elite do entretenimento, não levam em
consideração esses acontecimentos, achando que é divertimento para a classe
pobre, excluída e desprotegida.
Quantos
crimes são cometidos por aqueles que usufruem dos indultos em datas especiais.
Quantos criminosos hediondos são beneficiados por uma lei frouxa e logo saem
das cadeias e com a cabeça erguida estão livres para fazerem tudo novamente e,
de fato, fazem.
Todos
os dias esses programas mostram situações assim. Sem contar o trabalho de “enxugar
gelo” da polícia que prende e a justiça solta. Não há “moral de tropa” que
resita.
É bom a
gente aprender a ver os programas de televisão com um sentido mais crítico... Vamos
assistir de tudo um pouco. Porém, não podemos aceitar a condição de “massa de
manobra”.
Entretenimento
sim... Ferramenta de dominação não!
Imagem: Google
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