“A Condição
Humana” é o título de um dos mais importantes livros da filosofia
contemporânea, escrito pela não menos importante pensadora Hannah Arendt. É uma
obra essencialmente humanista, tratando dos mais diversos aspectos da vida do
homem, com ênfase nas suas condições de sobrevivência.
Arendt,
autora de várias outras obras, tem sido estudada, reestudada, visitada,
revisita por tantos e tantos pensadores da atualidade e tema recorrente no meio
acadêmico, isto é, nas universidades.
A sua
obra é realmente atraente e importante... Porém, sua análise não cabe neste
espaço, ma vez que exige profundidade e contextualização abrangente.
Pegando
uma carona no tema gostaríamos tratar da condição humana de forma mais
pragmática, não muito filosófica. O humano destaca-se sobre o animal pela Inteligência
e sensibilidade. O animal é gerido pelo instinto natural e nele tudo funciona
naturalmente. Qualquer quebra ou alteração de seu ritmo de vida ou de seu
círculo biológico ele sofre e morre. O ser humano tem a capacidade de superação
das condições adversas. Tem o domínio sobre si mesmo (quando amadurecido) e
sobre a natureza e sobre os animais. As vezes sofre, quando a natureza se
revolta. Vide as catástrofes naturais...
O homem
tem algo mais que os animais não têm: o livre arbítrio, a capacidade de
escolha. O homem tem mais, tem a capacidade de responsabilizar-se por seu atos
e assumir as consequências desses atos.
É aí
que mora o perigo. Muitas vezes o homem é irresponsável e não assume as
responsabilidades de seus atos. Nem dela deseja saber... Fez, está feito e
pronto. A destruição da natureza, a poluição, a violência, as desigualdades
sociais, a corrupção, continentes inteiros à deriva como a África, as
intermináveis guerras espalhadas pelo mundo... Exemplos mínimos da irresponsabilidade
humana... Evitamos a expressão animalização do ser humano, pois os animais não destroem,
não poluem, não fabricam armas, não traficam, só lutam pelo seu espaço natural.
É uma ofensa a eles a comparação com os seres humanos.
Hannah
Arendt vivenciou as maiores atrocidades humanas como o holocausto. Ela tem a
noção exata do desequilíbrio da mente humana, quando entra em cena a banalização
da vida e o fundamentalismo político.
Na prática,
mas em escala menor, mas pulverizada por todo o planeta, a banalização e o fundamentalismo ( em suas
várias apresentações, com destaque ao fundamentalismo religioso) estão
presentes e fazendo vítimas em grande escala. A questão dos refugiados é um
exemplo. O desemprego é outro... A violência, outro... O terrorismo, outro... O
capitalismo selvagem, outro... Exemplos mil!
A condição
humana é uma questão para ser repensada. Se for preciso revisitar Hannah Arendt,
melhor ainda.
Imagem:
Google
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