Há muito
que falar sobre “heróis” ou “pessoas heroicas”... Faz parte da história da
humanidade e da cultura geral. A mitologia grega, especialmente, está plena de
exemplos, pois os gregos consideravam heróis (ou semideuses) os filhos do
relacionamento de deuses com seres humanos. Esses semideuses foram autores de
façanhas nunca esperadas de seres humanos comuns.
A
História registra, por outro lado, as façanhas de personagens que arriscaram
suas vidas em lutas, revoluções e guerras para salvar e preservar suas origens
e/ou seus povos.
Hoje,
em dia, já se fazem heróis como antigamente. E é verdade. Em tempos de “cada um por si e Deus por todos” ser heróis
já é uma questão de segundo plano. Ninguém mais está disposto a arriscar sua
vida por uma causa nobre.
As exceções
acontecem por questões e atividades específicas, como por exemplo, os
bombeiros, os paramédicos, o voluntário nas ações de salvamento em grandes
tragédias quer nas estradas ou na natureza.
De fato
há as situações secundárias: o jogador de futebol que marca vario gols numa
partida e salva seu time de um vexame ou o goleiro que defende pênalti e leva
seu time à conquista de um determinado título. Há aqueles que se destacam em
filmes e novelas e, alavancados pela mídia, caem nas graças do povo, como
verdadeiros ídolos (falsos deuses) e heróis.
Sim,
hoje quase não há mais espaço para os heróis em grande estilo, a não ser
aqueles já citados, aos quais devemos todo o respeito e consideração, pois são
indispensáveis.
Os heróis,
sim, estão nos desafios do cotidiano da vida. Que são grandes, mas não aparecem
para que todos vejam ou são relatados ou ressaltados pela grande mídia.
Assim
falamos de mães que abandonadas por seus maridos criam seus filhos sozinhas e
os formam para uma vida digna. Assim falamos de professores mal pagos que correm
de escolas em escolas em busca de uma remuneração à altura de sua formação.
Assim falamos de médicos recém-formados, de trabalhadores braçais, daqueles que
enfrentam horas e horas no trânsito engarrafado para cumprirem suas tarefas.
Assim falamos de pais que primeiro alimentam seus filhos e depois comem, caso
ainda haja comida nas panelas.
Parece,
então, contradição e incoerência. Se não existem mais heróis, por que tratamos
essa gente como heróis? Porque são anônimos... Porque sofrem em silêncio...
Porque não têm a quem recorrer... Porque a vida é ingrata para eles... Porque a
cruz que carregam é pesada...
Eles,
sim, são os heróis verdadeiros que nos restam... O resto é balela e entretenimento.
A ilustração acima nos ajuda a compreender o que tentamos hoje refletir.
Imagem:
Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário