Ser do
contra é uma posição pessoal, uma maneira de ser, até inconsciente, talvez. Não
resta dúvida que ser do contra torna-a pessoa chata, indesejável, de difícil
convivência...
Porém,
os relacionamentos não prescindem do “contrário”, do questionamento, do
contraponto. Nelson Rodrigues já dizia que “...A
unanimidade é burra”.
Isso
quer dizer que para um diálogo construtivo é sempre necessário que todos os
lados contribuam com suas opiniões e que estas devem ser ouvidas, valorizadas e
levadas em conta. Não há problemas em oferecer um questionamento contrário. Na
pior das hipóteses, servirá para que outros ângulos da questão possam ser
vistos ou revistos.
Existem
no mínimo três opiniões: a minha, a sua e o consenso. É muito difícil, em termos
de opinião, a opinião correta. Pode ser a definitiva, a imposta, a opinião da
maioria, mas sempre validada pela análise do contrário, do contraditório.
A
essência da democracia é o respeito pela minoria... A democracia deve existir
em todos os campos da atividade humana. A democracia política (do Estado, dos
poderes constituídos) é o grande guarda-chuva que acolhe todo o movimento
democrático da sociedade.
Entretanto,
a democracia, o diálogo democrático, se essencial para o equilíbrio de todo o
corpo social, não é panaceia, banalidade ou “caixa de Pandora”. Há uma lei
maior, a Constituição que a tudo organiza... Há as normas e procedimentos...
Sim, há
problemas... Principalmente os políticos... A culpa não é deles... A culpa é de
quem os colocaram lá. Nas mãos deles está o aperfeiçoamento da Democracia. Tem
que haver o contraditório, o questionamento. “Fraldas e políticos devem ser trocados periodicamente, sempre pelo
mesmo motivo” (Eça de Queirós)
Respeitar a opinião alheia... Aceitar o diálogo... Acolher
o contraditório... Acatar as leis e regulamentos... Conhecer o funcionamento da
Democracia... Não ser sistematicamente do contra... Exemplos de maturidade...
Caminhos para a paz e equilíbrio da
sociedade.
Imagens:
Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário