Separar o bom do ruim:
É fundamental saber separar quem é quem na
hora de votar. Para não ser enganado, a melhor coisa é:
·
Não ficar sozinho.
Forme um grupo com seus amigos, vizinhos e, juntos, procurem conhecer o passado
de cada candidato.
·
Verificar suas
propostas
·
Ver se o candidato
realmente merece seu voto. É aquela velha história: “Diz-me com quem andas e te direi quem és“
Tipos de eleitor:
Eleitor
que vota pela tradição: Há tradições, mas
há outras que são atraso e fator de empobrecimento. Votar só pela tradição é
argumento fraco. Será que a situação de hoje é a mesma do passado?
Eleitor
que vota no mais forte: Há pessoas que
votam em candidatos mais fortes e poderosos e que estão gastando muito dinheiro
com propaganda. Tais candidatos podem ser “testas de ferro” para defender os
interesses de grupos privilegiados e que querem manter-se sempre no poder.
Eleitor
que vota na aparência: Muitas pessoas se
enganam com a aparência do candidato. O que vale mais: o papel que embrulha o
presente ou o conteúdo? Um critério importante é verificar se as propostas são
de fato exequíveis.
Eleitor
que anula o voto ou vota em branco: Isto
contribui para manter as coisas como estão. É preciso não abrir mão do direito
de votar a fim de mudar para melhor ou evitar males maiores.
Eleitor
que aceitam a conversa de cabos eleitorais:
Muitos votam pela conversa bonita dos cabos eleitorais e por aquilo que dizem
os meios de comunicação.
Eleitor consciente: é aquele que valoriza o
voto. É preciso analisar, refletir sobre o passado e o presente e acreditar num
futuro melhor. Depois das eleições é necessário acompanhar os eleitos.
Tipos de político:
Político
Profissional: É aquele que há
muito tempo está no poder e quase nada faz de concreto para o bem comum.
Político
Interesseiro: É aquele que
trabalha para o seu próprio proveito, tendo em vista as próximas eleições e não
o bem comum.
Político
exibicionista: É o gastador de
recursos públicos para a sua autopromoção. Está comprometido com os grandes
grupos econômicos.
Político
“engomadinho”: É aquele que fala
bonito, se apresenta bem, mas não tem conteúdo e nem propostas sérias.
Político
de promessa: É aquele que
somente se lembra do povo na época das eleições e que abusa dos meios de
comunicação com propagandas enganosas.
Político
sem identidade: É aquele que muda
de partido conforme as suas conveniências, não é comprometido com os anseios do
povo. É conhecido também como “camaleão”, pois muda de acordo com o que mais
lhe convém.
Político ideal: É aquele que tem proposta
política viável, defende a vida, os direitos humanos, é preocupado com os
empobrecidos e luta pelo bem comum.
Pensamentos que devemos evitar:
“Vou
votar em quem está na frente, porque não quero perder o meu voto”.
“Ele
rouba, mas faz!”.
“Política
e religião não se misturam!”.
“Política
não se discute!”.
“Políticos
são todos farinha do mesmo saco!”.
Assim, devemos votar em quem...
·
Defenda uma sociedade
que tenha a pessoa humana como valor central, tenha uma prática política
passada e presente de defesa das causas populares e do bem comum.
·
Pertença a um Partido
Político com plano de governo bem elaborado, que se proponha a resgatar a nossa
cidadania, e a melhorar nossa sociedade.
·
Seja honesto e que
suas propostas atendam ao que esperamos para a sociedade.
·
Não faça promessas
miraculosas, nem gaste muito dinheiro em campanha.
·
Não ofereça presentes
ou favores pessoais para conquistar o nosso voto
Concluindo: Democracia não é feita só de
eleições
Não devemos reduzir a democracia só às
eleições, deixando que os eleitos tudo resolvam durante o seu mandato. Ao
contrário, uma verdadeira democratização da sociedade requer que os cidadãos
sejam corresponsáveis pela gestão dos bens públicos (escolas, postos de saúde,
orçamento municipal) e assumam a tarefa de orientar e vigiar a administração
pública por meio de conselhos paritários, previstos na lei ou que podem ser
criados para garantir transparência ao serviço público e a participação do
maior número possível dos cidadãos.
(Este
texto foi preparado com base na Cartilha Política da Diocese de São José dos
Campos nos anos 90)