Com um
olhar um pouco mais atento à evolução dos direitos humanos, pode-se perceber
que o Povo, compreendendo as pessoas que formam uma nação, é anterior ao
Estado, ao poder, político. Isto é, vem antes. O poder, o governo é, portanto
com concessão do povo.
Lembrando-nos
de uma passagem bíblica, Jesus disse que quando três ou mais estiverem reunidos
em nome dele, ele mesmo estaria no meio deles. Parafraseando, quando um grupo
se reúne para realizar uma tarefa, naturalmente ali surge um líder... Ou ainda,
se esse mesmo grupo discutir algo importante para o bem de um número maior de
pessoas, ali, também, está se fazendo política.
Assim,
fazer política é cuidar do bem comum. A política é a ciência do bem comum. Nada
a ver com governo, com nada a ver com partido político, nada a ver com
ideologia. Governo é administração, é cuidado, gerenciamento dos recursos que
devem ser aplicados ao bem comum, ao atendimento das necessidades básica do
povo.
Partidos
e ideologia são caminhos para se atingir o objetivo maior, o poder para
administrar o Estado. Nada mais.
Na
Grécia antiga, mais precisamente em Atenas se exercia a democracia diretamente
na praça, com todos os cidadãos votando por aclamação. É certo que apenas os
cidadãos votavam e estes eram em número pequeno em relação à população total da
cidade.
Hoje a
democracia direta não é mais possível. Por isso a população elege os seus representantes:
vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores. A missão deles
é especialmente vigiar as atitudes administrativas do poder executivo e,
também, legislar, isto e, criar leis que visem o bem comum. Cabe ao povo,
devidamente educado politicamente, acompanhar, vigiar e cobrar os trabalhos dos
seus representantes.
É fundamental
a noção de que o governo (o estado, o poder executivo), está necessariamente a
serviço do povo e não o contrário. Mário Sergio Cartella, pensador
contemporâneo afirma que “Todo poder que ao invés de servir é um poder que se serve,
esse é um poder que não serve”.
A mesma ideia é aplicada ao poder judiciário. Este poder
não cria leis, não faz política nem polêmicas, apenas garante o cumprimento das
leis. O Supremo Tribunal Federal é , sem dúvida, a reserva moral da nação, um
baluarte que deve gerar confiança e tranquilidade ao povo.
Diante
disso temos a convicção de que está havendo no Brasil uma grande aberração. Um
espetáculo de horror, tendo como pano de fundo a ignorância política do povo.
Espetáculo de horror com a corrupção, com todos os poderes se servindo
dos poderes que detém, mandando às favas o bem comum. A pior das ditaduras: uma
mistura de populismo, de ânsia por enriquecimento, de corrupção, de apego ao
poder.
Povo...
Vamos acordar?
Imagem:
Google
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