Contemplar
as estrelas é algo estranho hoje em dia. A geração jovem parece totalmente
alheia a esse tipo de assunto. As luzes das cidades não nos permitem ver as
estrelas. Elas ofuscam a nossa visão do universo, que passa a ser assunto para
alguns poucos curiosos e cientistas malucos.
Mas
elas, as estrelas, continuam lá, brilhando, impressionando, causando
curiosidade e desafiando o entendimento humano. De fato, compreendê-las é mesmo
coisas de malucos.
Entretanto,
elas ainda chamam a atenção desses poucos...
Aqueles
que são românticos e sonhadores têm nelas as fontes de inspiração para as
declarações de amor à moda antiga. Os filósofos buscam nelas as raízes, os
começos ou os “fins últimos”.
As
estrelas e o universo infindo ao olho humano, pode permitir ao observador comum
inúmeras ilações à respeito da vida, seus objetivos, seus inícios, suas
finalidades, seu fim.
A
estrofe final da música “Indagação”, do Pe. Zezinho, diz:
“Se tu não fazes perguntas
Como pretendes saber?
Como pretendes saber?
Por que é preciso saber que se vem?
Por que é preciso saber que se vai?
Por que se parte buscando as origens?
Por que se volta buscando o futuro?”
Sim, é
possível dialogar com as estrelas, não só para buscar inspirações românticas. É
possível, a partir delas, imaginar o tamanho e a potência de Deus que tudo
originou e tudo organizou. Isso não é um chute ou uma opinião aleatória, é a
própria ciência que confessa: os cientistas têm um limite para a compreensão
dos fenômenos físicos, astronômicos, químicos e biológicos. A partir desse
limite eles mesmos remetem à crença religiosa de cada um.
O
diálogo com as estrelas, longe de ser coisa de “maluco”, é fascinante, pois
envolvem todos os esforços feitos até aqui para a compreensão do universo. Os
satélites, as viagens à lua, a exploração dos planetas, os artefatos que já
deixaram o sistema solar, os observatórios terrestres e espaciais. Estes,
fornecendo milhões de fotos das profundezas do universo, auscultando os seus
limites. São imagens de impressionante beleza e seriedade, tornado madura a
preocupação humana e sua reflexão, sobre a razão de sua existência, sua
organização e suas finalidades.
Ainda
que pareçam inúteis tais reflexões... Ainda que as luzes da modernidade
ofusquem as nossas visões... Ainda que na varredura do universo não seja
possível ver Deus... Ainda que permaneçamos “um minúsculo ponto azul” na
imensidão astronômica... O universo é lindo, como as estrelas que pacientemente nos observam, nos escutam e nos
oferecem “algumas” respostas.
Ah!
Sim... Deus existe...
Imagem:
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