Estamos
no terceiro dia do ano. Na imprensa a repercussão da posse dos prefeitos e
vereadores eleitos em 2016. No foco a crise e a constatação de que a grande
maioria das prefeituras está com os cofres vazios, salários e 13ºs não pagos,
bem como fornecedores e prestadores de serviço. Culpa da crise que vem
atingindo do país. Será que é só da crise?
Não
vamos comentar isso... Já tem muita gente cuidando disso. Gostaríamos de tentar
o velho foco da educação política.
No ano
novo renovam-se as esperanças e as mensagens dão conta de que tudo vai melhorar.
Assim são os votos, os desejos, o protocolo. Porém, nada vai mudar, porque a
estrutura da sociedade não vai mudar. Principalmente a classe política.
A
classe política está tão contaminada pela prática do enriquecimento pessoal,
que de nada adiantam as pressões sociais para mudança, para o fim da corrupção.
Eles continuam fazendo as mesmas coisas de antes. Às favas os interesses do bem
comum. Mas é para isso que a classe política serve: para defender o bem comum,
isto é de todos, da sociedade como um todo.
A
classe política nasce do povo... Portanto, é a partir do povo que a mudança tem
de acontecer. E sem educação, educação completa, inclusiva, holística, humanística,
sem esquecer as exigências da modernidade, nada vai acontecer.
Pensamos
numa educação política, com ênfase dos direitos e deveres humanos, no bem
comum, a partir da condição de que a sociedade precede, isto é, vem antes da classe
política e de todos os poderes constituídos. Essa ideia é fundamental para se
restabelecer o equilíbrio nas relações sociais, sem exclusividade para as
elites econômica, social e política. Os poderes est à serviço da sociedade e
não o contrário.
Vivemos,
no Brasil, um mundo de mentiras. A inflação é uma mentira, pois a realidade das
gôndolas dos supermercados não é a mesma oficialmente divulgada. Nos discursos
políticos são visíveis (e risíveis) as mentiras descaradas e deslavadas. A
grande mídia se não mentem, falseiam as notícias para que a verdade (se é que
ela existe) não chegue às camadas populares. É o mesmo critério utilizado pelos
imperadores romanos no ocaso do império, quando ofereciam às massas populares
desempregadas e perambulantes, comida e circo para distraí-las, enquanto os
desmandos e a corrupção corriam soltos nos palácios e no senado.
Na
atualidade o “pão” está simbolizado nas “bolsas” que o governo federal
distribui para a população carente. O “circo” está por conta da grande mídia,
que funciona como luz que atrai a atenção do povo, enquanto os poderes constituídos
deitam e rolam.
As
bolsas são necessárias num determinado momento. Mas eleas devem ser acompanhas
de medidas, possibilidades e oportunidades para que os beneficiários delas se utilizem nesse
determinado tempo e cresçam social e economicamente. É no ingresso desse
contingente no mercado de trabalho e do consumo que reside a verdadeira
esperança de salvação da sociedade brasileira. Educação transformadora.
Pouca
gente se dá conta disso. E quem percebe não tem os canais adequados para a se
manifestar.
Tudo
vai melhorar, sim, se a educação mudar já. E isso não está acontecendo... Então...
Imagem: Google
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