Não,
não é uma pregação. Apenas umas considerações a respeito. Quase não dá para
competir e muito menos combater a velocidade dos tempos atuais. É uma realidade
irreversível... Então, resta a adaptação e, na medida do possível, manter a essência
dos valores humanos.
Uma das
grandes preocupações das pessoas maduras e conscientes deve ser a não
banalização de aspectos importantes da pessoa humana, como a própria vida, os
valores espirituais, a cultura, a sabedoria, a religiosidade.
Caminhamos
para um mundo banal. As pessoas estão perdendo a capacidade da perplexidade.
Não há tempo para preocupações com essas coisas. A violência, a destruição da
natureza, o consumismo, a busca do lucro fácil (com produtos a base de
materiais que causam prejuízo à saúde), a pedofilia, o sexo fácil, o desamor, a
corrupção, a política de carreira, a amizade por interesse. Tudo isso e muito
mais, considerados como banais, comuns, inerentes ao mundo atual, causam
espanto às pessoas com um mínimo de senso de humanismo e humanidade.
Um
desses aspectos, que aparentemente não tem importância alguma, é a negligência
da religiosidade e da divindade. Muitas pessoas continuam religiosas, mas buscam
uma religião do imediatismo, dos favores, dos milagres, como se fossem balcão
de negócios. Esquecem a essência.
Outras
tantas deixam isso para um plano secundário ou terciário... Ou dela nem se dá
conta. O resultado é a valorização, por exemplo, do consumismo, bem a gosto do
capitalismo selvagem. É a busca de algum conforto para o espírito, para a sua
essência. Mas o que é material jamais cumprirá esse papel. O espírito
continuará vazio e necessitado da divindade. Ou de valores que vão de encontro
às coisas mais elevadas. De fato, é muito difícil compreender isso,
principalmente quem está no grupo de risco da banalidade.
Para
quem pode, as clínicas de aconselhamento e terapia individual ou de grupo estão
cheias. Para esses profissionais não interessa que as pessoas se liguem à
religião ou à religiosidade, pois perderão seus clientes.
Para os
que não podem, resta o refúgio na banalidade: shoppings, baladas, vícios, sons
altos, consumo enfim.
Em
ambos os casos, as pessoas estão se esquecendo de Deus. Deus como sinônimo de
valores humanos, de relacionamentos saudáveis, das belas paisagens naturais,
dos sorrisos das crianças, do abraço acolhedor, da luta pelo bem comum...
Esquece-se
de Deus quem deixa de fazer suas orações, de frequentar o templo, de agradecer
os dons da vida, da sabedoria, da saúde, da maturidade, de acolher. È preciso
acordar para essa realidade: Deus é necessário, querendo ou não. O equilíbrio
pessoal, familiar e social, a paz, enfim, que o digam.
Não à
banalização!
Imagem:
Google
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