Um diálogo
para ilustrar nosso comentário:
- Por que você toma café quente com leite
frio?
- Tomo assim porque eu gosto... E você, toma
café quente com leite quente, por quê?
- Bem, espere um pouco... Vamos conversar.
Como estão as coisas? Seu trabalho? Sua saúde? Como vai a família? A saúde das
crianças?
O
primeiro já há via completado o seu café e engolia seu último pedaço de pão,
enquanto respondia as perguntas de seu amigo. Este sorvia lentamente o café com
leite quente e, de vez em quando, até mergulhava o pedaço de pão na xícara antes
de levá-lo à boca.
Terminado
o o diálogo, o amigo lhe disse. "É por isso que eu tomo café com leite quente: a
gente não precisa ter pressa, toma devagar, saboreia o café e o pão e ainda
pode ter uma boa conversa. Não é bom assim?"
O primeiro respondeu: você parece doido!
Quem é
mais “doido”, aquele que tomou café às pressas e nem sentiu o gosto ou aquele
que lentamente foi sorvendo e absorvendo o café, sentido o prazer de um
desjejum gostoso e necessário?
Claro
que tudo depende do momento e do ponto de vista. E também dos gostos. Mas é um
exemplo do que acontece na vida. Hoje há tanta correria que parece que o mundo
vai acabar amanhã e muita coisa ainda precisa ser feito. Quando na verdade
estamos sendo dragados pela velocidade do tempo e não conseguimos mais parar
para desfrutar da vida, das coisas boas que ela oferece e, principalmente,
estreitar os laços que nos mantém na nossa rede de relacionamentos. Perdemos
oportunidades.
Uma
verdade é irrefutável: o tempo passa muito depressa... As ocupações e
preocupações são muitas... As exigências também... E ainda a questão da
insegurança, da violência, das drogas. A vigilância tem de ser constante.
Mas,
outra verdade também é importante: a vida não é feita apenas de preocupações.
Ela proporciona momentos maravilhosos que só são percebidos por olhos atentos e
por situações em que a pressa e a correia não estejam presentes. Como um bom
café da manhã (ou da tarde) entre amigos.
Pode,
sim, se tomar café com leite frio, mas sem pressa. Vale pensar nisso.
Imagem:
Google
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