Algo
emblemático é a questão do número do sapato. Não existe algo pior do que sapatos
inadequados nos pés. Se apertados, até o cérebro sofre. Impossível pensar, raciocinar, fazer valer a
razão. O foco da vida muda para os pés. Não vemos a hora de tirá-los, jogá-los
longe e colocar os pés para cima, quando não num “escalda-pés”.
Quando
os sapatos são grandes e os pés ficam soltos dentro deles, o problema passa ser
a insegurança. Vem o medo de tropeçar e mesmo dos sapatos escapulirem dos pés
(que vergonha!). Hoje se fabricam sapatos com o bicos levantados. Talvez sejam
para evitar os tropeços.
E
aqueles quem têm os pés pequenos, tipo 36,5? Os sapatos números 36 apertam e os
de número 37 são grandes. A esperança é encontrar os 36 com forma grande ou os
37 com forma pequena. É um sufoco. O jeito é quando encontrar o número correto
comprar mais de um par.
O
número do sapato é muito mais simbólico do que possa parecer. O número ideal de
calçados é sinônimo de equilíbrio e vale para a vida como um todo. Sim, tudo na
vida precisa ser com base no equilíbrio. Nem mais nem menos.
Os prazeres
precisam ser na dose certa. Assim o consumo, a alimentação, os limites, as
liberdades, o egoísmo... Assim, também, a maneira de ver o amor, a pessoa
amada. O amor verdadeiro exige renúncias, na dose certa. Nada de exigências que
vão além da felicidade do outro.
Por
falar nisso, a grande verdade é que para um relacionamento a dois dar certo,
com certeza vale o equilíbrio e a consciência que um vai ser feliz quando
constrói a felicidade do outro.
Quando
alguém diz que a pessoa amada é o número do seu sapato é porque nesse relacionamento
um preenche os vazios do outro; um compreende a essência do outro e sabe, de
fato, que a felicidade do outro está em suas mãos.
Tudo que
é demais é demasia... Nada de exigências absurdas... Exigências que minam a
relação como a ferrugem e a maresia corroem o ferro. Como este se desmancha, os
relacionamentos também acabam. E muitos
não se dão conta da verdadeira razão desse fracasso. Simplesmente alguém exigiu
demais do outro... Não dá para suportar, como não dá para suportar uma longa
caminhada com sapatos sufocando os dedos dos pés.
Os sapatos
e as roupas devem gerar conforto para as pessoas para que elas possam ver o
lado bom da vida. Esta precisa ser vivida em equilíbrio e harmonia para que
gere paz, segurança e a certeza de que a felicidade é apenas uma consequência
do ato de viver. Assim no amor, nas amizades, nos negócios, nos gestos, nos hábitos
e costumes.
Agora,
quando o amor de nossa vida é mesmo o número do nosso sapato, aí, então, é tudo
de bom... Ai, ai! Que felicidzde!
Imagem:
Google
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