segunda-feira, 30 de setembro de 2013

VIVENDO UM GRANDE AMOR


Viver um grande amor significa estar frente a frente com desafios inesperados. Conquistar o amor de uma pessoa e transformá-lo num “grande amor” é não tomar posse, ser o dono e trancá-lo numa camisa de força.

Foi o tempo “das metades que se completam”. Vivemos a era dos inteiros que se juntam para caminhar lado a lado, mirando um único horizonte. Os inteiros se somam.

Os inteiros se somam, agregando forças e valores e essas qualidades ficam ainda mais poderosas porque as pessoas mantém suas individualidades e se respeitam. É lógico que aqueles aspectos românticos permanecem: a fidelidade, os gestos de carinho, a preocupação com o bem estar do outro, as pequenas surpresas que geram alegria e felicidade. Porém, há o respeito pela liberdade, pelos amigos, pela maneira de ser do outro.


Para que se viva um grande amor não precisa renunciar à sua essência, não deve se aniquilar para que o outro seja feliz, transformando-o num troféu de conquista.

O respeito é mútuo. A alegria de um é a alegria do outro. As vitórias são comemoradas a dois e as dificuldades superadas pelo diálogo constante. A transparência é a chave e as mentiras riscadas definitivamente do dicionário, da mente, das atitudes e das possibilidades.

Os amigos de um são amigos do outro. Com isso a agregação de valores é muito maior. O ciúme é uma possibilidade, mas é uma energia que deve ser canalizadas para o bem do outro, para sua proteção, não para sua submissão e aniquilamento. Se isso acontecer, com certeza absoluta esse grande amor deixa de ser e de existir e a relação se transforma em saudade.

Viver um grande amor é, como sempre foi, amar sem medida. É amar o outro por inteiro, respeitando sua liberdade. Um amor assim é muito forte e tem muito mais possibilidade de se eternizar.

O amor não é posse. O amor é construção do outro. Obra conjunta, a dois. Um entra inteiro e cresce; o outro entra inteiro e cresce na mesma medida.

Mas, viver um grande amor assim é um desafio, porque vai exigir de cada um o grande esforço do autodomínio da sua arrogância, do seu egoísmo, do seu sentimento de superioridade, do seu “nariz empinado”, do seu “querer se aparecer”. Dominar o seu medo, o seu ciúme, o seu machismo retrógrado, o seu sentimento de posse.

Viver um grande amor é ter a certeza de que o outro está ao seu lado por opção, por liberdade de escolha e é feliz por isso.


Assim, ninguém segura essa felicidade!

domingo, 29 de setembro de 2013

MOVER MONTANHAS


A fé é capaz de tirar uma montanha de um lugar e transportá-la para outro.. Durante muito tempo pensei nesse ensinamento bíblico. Humanamente impossível. É um delírio. Mas nunca questionei abertamente. Esperei atento a resposta ou o entendimento disso.

De repente surgiu a compreensão, tão clara e cristalina, como água que nasce na fonte da montanha, e que deveria ter apreendido desde muito tempo.

É uma experiência de vida. Viver é estar sujeito às situações boas e difíceis. Nem sempre é um mar de rosas. E não raras vezes as dificuldades aparecem diante de nós como montanhas intransponíveis. Como tirá-las do nosso caminho se as nossas forças se extinguiram e estamos às portas do desespero?

Antes de tudo é preciso ter prudência (prudência e caldo de galinha não fazem mal à saúde) e em seguida manter a fé.

As boas estratégias de guerra recomendam o recuo para evitar uma derrota e ganhar tempo e reorganizar um novo ataque, reavaliando as forças, as armas, o terreno, os apoios necessários, a logística geral do combate.

Assim também é na vida. Não importa a religião que se tem. Nenhum Deus quer o mal de suas criaturas. A montanha e grande? As dificuldades são incontáveis? Recue. Dê um tempo. Reavalie as ferramentas, os apoios, as estratégias. Com calma, sem desespero e, sobretudo com fé no Deus de sua crença.

Importante: não comente abertamente suas dificuldades. Tenha as pessoas certas com quem contar. As soluções são muitas, milagrosas às vezes. Muita gente falando em sua cabeça fará com você perca a coerência e a precipitação pode acontecer.


Mover montanha é isso.  Manter a fé para vencer as dificuldades, mas sempre de forma natural e humana, com prudência e sempre reavaliando as estratégias. Nada de precipitações.

sábado, 28 de setembro de 2013

SAUDADE


Esta aqui pensando na vida. De repente algo apertou o meu peito. Não foi uma dor, foi um sentimento. Muitas coisas passaram pela minha cabeça e me deu uma vontade enorme de remexer os meus guardados. Procurar uma coisa, talvez uma foto, ou carta, ou uma lembrança qualquer.

Demorei eu a entender o que estava acontecendo comigo. Mas percebi. Estava sentindo saudade. Mas de quem? Ou de quê? O        que é saudade?

Fui buscar seu significado. Não tem significado. Os poetas falam muito dela. Os compositores também. E ela aperta o peito, sim.

A saudade nos faz buscar no âmago da alma a presença de alguém ou algo que já nos fez muito bem. É uma tentativa de trazer de volta. É uma vontade de estar junto. Não resta dúvida que entristece, e nos faz buscar momentos de solidão.

A saudade não é um mal. É algo que acontece... que vem preencher vazios  momentâneos em nossa vida.

A saudade causa dor. Se houve uma perda, nos dá a certeza que inevitavelmente num momento da vida também faremos companhia a essa perda.

A saudade nos traz alegria. Remete-nos a momentos de felicidade e nos reconforta e nos fortalece a revivê-los ou fazê-los acontecer novamente.

A saudade está inerente à nossa alma. Não há como nos livrar dela. É uma memória que vai sendo construída à medida que a vida vai passando. E ela nos pega a qualquer momento. E nos abate, como aconteceu hoje.

Procurei, vasculhei, remexi. Foi bom. Revisitei meus parentes, meus amigos, lugares por onde passei. Cartas rascunhadas, recebidas e não respondidas.

Vieram a mim lembranças de amigos que se foram, outros que sumiram, outros ainda a quem tive vontade de reencontrar.

A saudade é assim: presença de ausências, sinal de vida que Deus nos proporciona revisitar.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A FAMÍLIA


A família mudou muito! E como mudou! Mas... deixo para os entendidos as elucubrações semânticas e conceituais a respeito.

Tenho minhas críticas a sobre a família de hoje.

Não adianta tentar voltar ao passado quando a família tinha uma estrutura diferente, certinha. Havia pátriopoder, o pai provedor. A mãe que dominava o ambiente, colocava no colo, dava ordens uma única vez  e os seus olhos, ou a sua maneira de olhar dizia tudo. Só os pais iam às compras e eles sabiam o que os filhos poderiam usar ou não. A mãe dava as ordens e o pai apenas referendava. Essa harmonia e essa estrutura forjavam o caráter, fundava a ética e a moral e modelava pessoas coerentes e equilibradas.

Hoje não é mais assim. O mundo é outro, veloz, imediatista, consumista, artificial. Família não é mais um conjunto harmonioso; é um aglomerado de pessoas individuais e individualistas; cada um por si e Deus por todos...

Ainda há famílias numerosas, Mas quase a totalidade é pequena e os seus agregados, a babá humana e a eletrônica. E aí é comum assistirmos “birras” homéricas em shoppings. As crianças cresceram mais em direitos que em deveres. E algumas (ou muitas) se acham donas do mundo.

Os meus conceitos me levam a crer que a família vai além dos laços de sangue, abrange os laços afetivos e efetivos de amizade. De nada adianta uma família numerosa se seus integrantes não se falam. Primos, sobrinhos, netos, bisnetos, agem como estranhos, Nem ao menos se utilizam dos abundantes meios de comunicação para dar um “alô”, um recado, ou um lembrete.

Penso que a família seja atenção mútua, contatos constantes, não distanciamentos. Tenho amigos que estão mais próximos de mim que os meus parentes. Dou valor às pessoas que sabem captar a importância da amizade e preocupam-se em não perdê-la.

Os parentes (consangüíneos) são definitivos. Nem por isso não podemos deixar de fazer a amizade falar mais alto.

Família p’ra mim é isso: parentes ou não, de longe ou perto, é presença constante na nossa vida.


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

RELIGIÃO QUE É SÓ MINHA

Sou o resultado de uma vida de muitas batalhas, com vitória e derrotas, lucros e perdas, mas que me deu cabedal de experiências, que hoje é o meu maior tesouro a minha maior vitória, o melhor presente que Deus me deu. Portanto, não lamento o meu passado, pois me ajudou a ser o que hoje sou.  Valorizo demais o presente, que é de fato, o “presente” que Deus me dá a cada amanhecer. Agradeço a Deus diariamente por esse “presente”: a vida.

O futuro, não temo. Coloco-o nas mãos de Deus. Esse não temor foi Ele que me ensinou, pois me preparou para viver intensamente o presente.

Assim é a minha religião. Trago do passado as marcas da família, os traços de sua religiosidade e as regras da boa convivência em sociedade. Amo a Deus, respeito-O. Ele cuida de mim. Vivo sob Sua luz e penso n’Ele todos os instantes.

Minha religião é só minha. Deus me ajudou a moldá-la, no meu jeito de ser, de viver e de pensar.

Minha religião não serve para mais ninguém. Não discuto. Respeito a religião das outras pessoas. Se alguém quiser seguir os meus passos deverá fazê-lo pelo meu exemplo, nunca pela minha fala.

Sou feliz assim. E não acho que ela deva ser a religião de todos, pois como já disse Deus a dimensionou para mim. E uma forma única. É o número do meu sapato.

Adotei como oração diária, além das tradicionais, o Salmo 91.

Espero que todos, especialmente os meus amigos, evoluam ao ponto de se relacionar com Deus de forma madura, adulta, calma e natural, como eu consegui.

Essa é a minha maneira de viver a religião.




quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A MÚSICA DA MINHA VIDA

Gosto de música. Mas, não de qualquer música. Gosto da música que se comunica com o meu espírito.

Há quem goste de música barulhenta. Respeito. O barulho não faz bem, Comunica com os sentidos, é periférica e pode ser uma forma de alienação.

Um dos aspectos mais significativos da música é a sua melodia. Uma obra melodiosa, não precisa ter letra, pois é a melodia que perpassa o ser e atinge a alma. A música enleva, faz meditar, faz concentrar, faz atingir um patamar superior da existência.

Gosto de boa música. E há boa música própria para todos os momentos da vida. Se precisar de descanso, há uma música suave. Se precisar de alegria, posso ter uma música alegre, se estou numa festa vou ouvir uma música festiva, e sair de lá alegre e renovada.

Gosto de música, que cria um ambiente saudável, agradável e que permite especialmente manter meus contatos, conversar naturalmente com as pessoas e ampliar minha rede de relacionamento.

A música fala comigo. Comunico-me com outras pessoas através da música. Amo, através da música e com ela falo de amor e do meu amor.

Não sou profissional da música, musicista, instrumentista, compositora ou cantora. Aprecio as músicas compostas por quem sabe fazê-la.

Tenho outras idéias sobre a música. Sei que ela se refere aos fatos e ações do passado. Poucas estão ligadas ao presente e ao futuro. Os pássaros, por exemplo, cantam intensamente enquanto as mães cuidam dos filhotes. Eles querem que os recém-nascidos aprendam a cantar. Portanto, estão preocupados com o futuro.

Penso ainda que a música surge quando as declarações de amor já não têm mais palavras para exprimi-las. É uma forma superior de comunicação.

Assim, não há a música da minha vida. Há milhares de músicas da minha vida. Elas me calam. Elas me fazem sublimar. Elas me fazem amar e aproxima do maior tesouro da minha vida: o brilho dos olhos e o sorriso do meu amor. Não tenho palavras para exprimir tamanha emoção e encantamento

terça-feira, 24 de setembro de 2013

O PALHAÇO

Lá estava ele no alto da carroçaria do caminhão, sacolejando devido aos buracos da estrada. Junto de suas tralhas, mantinha-se como sentinela, contemplando, à medida do possível,  a paisagem que se descortinava à sua frente. Estava acostumado com os solavancos, por isso não enjoava. De repente uma ponte, não muito grande, depois da ponte uma curva (aprendera que após uma pequena ponte, apareceria uma cidade pequena; uma grande ponte, uma cidade grande)
- Oba! Uma cidade não muito grande... Vai dar para fazer uma festa mais ou menos. Acelera motorista, quero chegar logo! O palhaço esta pronto para fazer a alegria do povo.

Assim é a vida do palhaço... fazer a alegria do povo. E como é a vida do palhaço? Ele tem família? Ele ama? Ele tem saudade?

Eis que a cidade aparece no horizonte. Mais que depressa aciona o megafone.
- Alô, Alô, gente querida, o circo chegou.... O palhaço também..... É tempo de alegria! Hoje tem espetáculo? Tem, sim, senhor!

E nem havia chegado à cidade ainda.... E continuou sua entusiasmada gritaria...

O palhaço é um ser humano. Tem seus sentimentos.... Tem suas expectativas, seus sonhos, seus projetos, mas precisa trabalhar. As palhaçadas têm que acontecer. O povo está lá para vê-lo, Pagou seu ingresso ou vai dar sua contribuição.  Não está nem aí se o palhaço tem lá suas tristezas, suas frustrações. O palhaço não pode chorar. Corre o risco de macular a maquiagem. E pior, levar uma vaia.

- Alô, Alô, gente querida, o circo chegou..... O palhaço também..... É tempo de alegria! Hoje tem espetáculo? Tem, sim, senhor!
- E o palhaço o que é? É ladrão de mulher!....

Já na cidade, o ruído estridente do megafone sacudiu a cidade. Já havia uma procissão atrás do caminhão que trafegava lentamente. O palhaço se encheu de alegria...

O primeiro espetáculo foi muito bom. O segundo foi bom. O terceiro também. Mas nos seguintes o público foi diminuindo, diminuindo.... até o que o frio na barriga do palhaço e sua equipe anunciou que havia chegado a hora de partir. Aquela cidade de tamanho mais ou menos, retomou seu marasmo e o circo virou passado. Para o palhaço e seu circo, a estrada, a esperança da próxima ponte, da próxima curva.

De palhaço e bobo, todos nós temos um pouco. Usamos máscaras, às vezes não podemos chorar para não estragar a maquiagem. A vida só nos pede sorrisos.

Temos o mesmo frio na barriga, quando sentimos que não estamos agradando e que precisamos “baixar a bola” e sair de cena. E buscarmos uma próxima ponte, uma próxima curva. A busca do palhaço está na estrada, A nossa busca é uma introspecção, com pontes, curvas e cidades, sinônimos de reavaliações e decisões a serem tomadas.

A vida é um palco... E no palco da vida chora menos quem melhor sabe sorrir.





segunda-feira, 23 de setembro de 2013

SER VERDADEIRO



O que é ser livre? Em que momento o ser humano é livre de fato?

Ser livre é ser verdadeiro. A verdade liberta e é fruto do amadurecimento ao longo da vida. É um aprendizado que acontece numa evolução natural e constante. É como o ferro que se purifica quando submetido ao fogo intenso.

Ser verdadeiro é...
O grande lance para que os relacionamentos sejam transparentes, E as pessoas encontram pessoas em casa, na vizinhança, no trabalho, ao caminhar pelas ruas e na internet.

Ser verdadeiro é...
Ser autêntico, mantendo uma postura constante em todos os ambientes, a mesma alegria, a mesma sinceridade com todas as pessoas.

Ser verdadeiro é...
Ser claro em seus princípios, idéias e concepções. Não vacila em tomar decisões nos momentos certos ou quando necessário.

Ser verdadeiro é...
Dar importância às pessoas sendo elas de qualquer situação ou função social, desde aquele que é gari, guarda de banco ou executivo empresarial.

Ser verdadeiro é...
É ser franco, defender os seus princípios e abrir o jogo da verdade quando alguém fere ou contraria os seus princípios.

Ser verdadeiro é...
É ser autêntico e na ter medos (“quem não deve não teme”), principalmente em sair da vida daquelas pessoas que lhe fazem mal ou não combina os seus princípios.

Ser verdadeiro é...
É ter paz de espírito. A verdade pode doer muito no momento em que é dita ou revelada, mas passa. Uma mentira ou uma falsidade permanecem como feridas incuráveis e quando desmascaradas, a tragédia é inevitável.

Ser verdadeiro é...

É ser livre. É assim que uma pessoa verdadeira é livre. Não tem amarras sentimentais ou afetivas... E pode caminhar de cabeça erguida pelos caminhos da vida.

domingo, 22 de setembro de 2013

HOJE É DOMINGO



E, então?
Que fazer nesse domingo?

Domingo...
É dia de reflexão...
... Ou da inflexão?
É dia do descanso...
... Ou do “pode tudo”...
É dia de faxina...
... Ou de deixar tudo como esta?
É dia de ouvir música diferente...
... Ou do silêncio?
É dia de sair de casa...
... Ou do recolhimento?
É dia da comidinha caseira...
... Ou do restaurante à La Carte?
     ( Xô comida a quilo!)
É dia de torcer para coringão...
... Ganhar ou perder...
     ( Todos, enfim, torce para o Corinthians)
É dia de desligar a TV...
... Ou ficar ligado nos Fantásticos Domingões que têm por aí?

Não interessa....

Domingo é dia...
Da alegria
Do vinho
Da cerveja
Da caipirosca
Da montanha
Da praia
Das muitas risadas
Das bundas escondendo o fio dental
Dos muitos abraços e beijos na pessoa amada
Do senhor,
Do sofá
Da deliciosa preguiça
Da paz

Enfim,
De ser muito feliz
(E nem pensar na segunda-feira)
(Xô mau agouro!)


                           



sábado, 21 de setembro de 2013

O SORRISO NEM SEMPRE DIZ QUEM VOCÊ É


Há muitas definições de sorriso. Muitas. Quero citar hoje aquele que se refere ao sorriso como o espelho da alma.

O sorriso reflete um estado da alma. Uma alma triste não sorri, mas à medida que a alma se transformar e o sorriso se torna espontâneo, fluente,  bonito, mais simpática, empática, agradável a pessoa se torna. O sorriso tem um magnetismo que atrai outras, portanto é uma fonte de amizade, de relacionamentos saudáveis e positivos, uma porta pela qual a felicidade entra.

É muito difícil conceber que haja falsidade por trás de um belo e espontâneo sorriso. É difícil. Tão difícil que quando se percebe essa falsidade ocorre uma grande decepção.

O sorriso franco e feliz é suportado por uma força interior da pessoa que é a sua marca indelével, inapagável, um conjunto de características próprias, específicas, que a pessoa não consegue esconder por muito tempo; é o seu caráter.

O caráter conduz a pessoa a ser boa ou má. Quando boa a pessoa se co sagra, se realiza, potencializa suas possibilidades de ser feliz.  Quando má, gera decepção, o isolamento, a solidão e, na mesma medida gera a infelicidade.

O grande problema é que para tudo há uma solução, um aprendizado. Porém, raramente as pessoas que precisam crescer, evoluir, estão abertas a esse processo. Surge a  arrogância e a ‘Síndrome de Gabriela”. É comum se ouvir expressões como essas:  “...Eu nasci assim...”  “Eu sou assim e não vou mudar. Os incomodados que se mudem...” Está certo. É uma postura coerente com o seu caráter. Mas ninguém nasceu para viver infeliz e para fazer a infelicidade de outras pessoas.

É uma tragédia descobrir que aquela pessoa que antes parecia tão boa, cativou tantas pessoas e até atraiu uma delas para um relacionamento de longa duração a dois, com o tempo mostrou que não era nada daquilo que demonstrava. Tragédia e decepção, que não raras vezes leva à descrença no ser humano e à dúvida quanto à verdade escondida na espontaneidade de um belo sorriso



sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A EXPLOSÃO DE LUZ


Ele e seus companheiros ainda estão lá. Calmos, ao sabor do vento, tranquilos, aquecendo-se ao sol ou alegrando-se com a chuva. Preocupados quando o frio é demais; Temem as geadas, que lhes queimam as folhas, comprometendo-lhe a vida. Não são bonitos.

Por isso eu não os percebia nas minhas idas e vindas, agitada pelo cotidiano do trabalho. Preocupações muitas, gente falando, exigindo, prazos a cumprir, rotina e mais rotina. Coleguismo mais que amizade.

Por eles passavam outras tantas pessoas que igualmente não os percebiam. Gente bonita, outras nem tanto, altos e baixos executivos, visitantes, mensageiros, operários... Arrogantes, sofisticados, egoístas, alegres, tristes, ensimesmados ou expansivos. Nada esperavam dessas pessoas. Ouviam os choramingos de alguns em relação à sujeira que ele e seus companheiros faziam quando o outono (a estação das folhas caídas) chegava. Por isso, de atenção pouco ou nada recebiam. Carinho, só do jardineiro que arrancava as ervas daninhas do gramado que formava o tapete de seus entornos.

O tempo passava. Outono, inverno, primavera e verão, se sucediam. Eles continuavam passivamente emoldurando o painel de gente passageira.

E aconteceu o espetáculo... Fim de inverno, secura, grama amarelada, fuligem de queimadas enegrecendo o chão. Ventania que levantava a poeira, incomodando aquela gente chique e causava manchas amareladas nos punhos e colarinhos dos executivos de primeira viagem. E eu testemunhei aquela explosão. Em cadeia, em silêncio, mas extraordinariamente significativa e humanamente divina: o que se repetia anualmente naquela mesma semana (e ninguém percebia) aconteceu e encheu-me os olhos e iluminou-me a alma: todos os ipês lilás floriram! Um espetáculo de vida! Um show de luz! Uma beleza incrível!

Os ipês lilás floridos... Vida que se potencializa... Recados divinos que chegam através da natureza.

Aprendi a ver não apenas aqueles ipês lilás. De repente outros ipês estavam floridos... Amarelos, vermelhos, brancos! E outras flores se abriam no jardim. De repente vi a natureza toda colorida, viva. Os jardins têm seus jardineiros. A natureza é auto-suficiente (tem seu potencial programado por Deus) e mesmo assim não é menos florida, menos iluminada, menos iluminadora, menos linda!

Aprendi a ver para além da simples aparência. Aprendi a perceber as potencialidades, não só da natureza, mas também das pessoas. Tornei-me uma pessoa melhor, mais aberta para a vida. Deus falou comigo!

Os ipês lilás continuam lá. Impassíveis, firmes, ao sabor do vento, do calor da chuva, não sei se percebidos ou não pelos passantes. Parecem tristes, mas não estão tristes. Estão, como toda a natureza, apenas gestando o próximo espetáculo.

Primavera... Seja bem-vinda!



quinta-feira, 19 de setembro de 2013

AH! QUE SAUDADE DO BRASIL....


Sou brasileira, formada em ensino superior, bem vivida, sofrida e amo meu país.
Mas..... Não estou gostando do que estou vendo e vivendo. Eita país bagunçado!  Alguém já disse, não sei se aqui ou no exterior, que o Brasil “não é um país sério...”, e eu concordo plenamente. Não há um único lugar, um departamento, ou instituição em que não haja uma falcatruazinha, um rolinho, por menor  que seja. E os grandes que a gente já sabe e aqueles que ainda estão embaixo do tapete?
Há, no meu querido Brasil, um emaranhado de leis. Nesse campo, o que é feito hoje,  é desfeito amanhã. Se as leis são confusas, não são entendidas, se não são entendidas, não são cumpridas, se não são cumpridas não existem... E as punições não acontecem...
Tenho medo... Outras pessoas sérias têm medo. Todos têm medo... É por isso que as casas estão gradeadas. Estamos presos. Por isso que é perigoso sair à rua, mesmo durante o dia. À noite, pior ainda...
Dizem os entendidos que a solução é a educação e que o país está muito mal  também em relação à educação. Só discurso... As crianças vão à escola para passar um tempo durante o dia e... passar de ano. As metas dos governos estaduais é distribuir certificados, não educar as crianças, futuros eleitores.
A ignorância política é total. Os políticos aprontam, aprontam e aprontam! São donos de si, pois receberam os seus mandatos através do voto “soberano” do povo e que lhes dão plenos poderes. E se apresentam na mídia, principalmente televisiva com a maior “cara de pau”. Haja lustra-móveis. E o povo? O povo? Ora o povo!  Já votou, não é mesmo?
Ah! Que saudade do Brasil sério...
No Supremo Tribunal Federal, que parecia ser uma fonte de esperança de coisa séria, aconteceu, nesta quarta-feira, dia 18, alguma coisa que não entendi muito bem. Só sei que boa não foi. Parece que para alguns condenados do Mensalão, o julgamento vai começar tudo de novo. Os réus estão enrolando para não serem condenados. Esse julgamento vem desde o ano passado. Tudo pago com o dinheiro do contribuinte. Ninguém se dá conta disso.
Vejam a criminalidade. A polícia prende (parabéns), mas o juiz solta. Se  o criminoso vai a júri, a justiça lhe dá a uma pena até que razoável e o que acontece?  Daqui a pouco ele está solto. Outra coisa: tem gente presa que sai  naqueles “indultos” de Natal, do Dia das Mães, etc. não voltam e acabam cometendo crimes ainda mais graves. Porque os juízes fazem isso? Agem por conta própria ou são orientados por outras pessoas? Quais pessoas?
Ah! Que saudade do Brasil sério que nunca conheci...
E o trânsito? As ruas e estradas esburacadas? Os pedágios cada vez mais caros?  Os rachas noturnos nas grandes avenidas das cidades  grandes?  As calamidades?  As promessas que nunca foram cumpridas?
Ah! Que saudade do Brasil sério que nunca conheci e que talvez nunca conheça...

                             



quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O MUNDO DE HOJE


Não é saudosismo. É, sim, a tomada de consciência de que o  mundo mudou e... para pior.
Venho de um mundo em que os valores humanos falavam mais alto. Venho de uma família estruturada nos moldes tradicionais. Minha mãe era a figura central. Ela falava franca e abertamente sobre todas as situações da realidade da vida e os comportamentos corretos da vida em sociedade. Falava uma única vez. Havia autoridade. O resto ficava por conta da eloquência de seu olhar que traduzia os seus pensamentos, suas ordens e orientações. Aprendi desde cedo a ler e compreender o que diziam seus olhos.
Hoje não é mais assim.
Venho de um mundo em que a família era família. Havia harmonia... Nem por isso eu era infeliz. Nem por isso deixei de viver todas as aventuras e desventuras de acordo com minha idade. Nem por isso fui privada de liberdade. Fui conscientizada sobre os valores humanos, sobre ética, moral, sobre o respeito, sobre a importância dos estudos e do trabalho, sobre a liberdade com responsabilidade.
Hoje, a família parece estar em segundo plano. Os pais não conversam com os filhos, confundem quantidade com qualidade de amor. Sobrecarregam os filhos com coisas, muito menos com diálogo.
O mundo mudou mesmo! A modernidade está demais! E as pessoas estão de menos! Todos têm de tudo, ou quase de tudo.
Mas falta a essência, que a sensibilidade, o diálogo, o ombro amigo, mãos nas mãos, o amor!
Há, ainda o medo, a falta de liberdade pela insegurança pública. Estamos em prisão domiciliar. Do outro lado, há “pode tudo”, menos respeitar as pessoas, exatamente como elas são: corpo e alma. Fere-se o sentimento, que é o que há de mais sagrado no ser humano.
Sou moderna.... Estou plugada no mundo, tenho internet e faço uso dela constantemente. E, através dela, com as redes sociais não estou só.
Mas estou preocupada com as crianças, com os adolescentes e com a juventude. Venho de um mundo em que a maturidade era importante e adquirida naturalmente. Por isso posso usar a internet sem ser dominada por ela. Não é o que acontece hoje. A internet passa a ser uma “babá” especial para as crianças. Não há amor, não há diálogo, não há orientação, não há colo, não há olho no olho. A internet fornece informação. Todos estão informados; a família garante a formação e ambas devem caminhar juntas.
Sou grata pela formação que tive. Sei os meus limites, sei que a minha liberdade termina quando começa a do meu vizinho. Sei, também, que o amor é um sentimento que se multiplica quando dividido... Estou em paz!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

EU APRENDÍ


Aprendi a viver...
Aprendi a viver com o necessário;
Aprendi a ter sonhos e a lutar por eles;
Aprendi a aceitar as perdas, as derrotas, não como definitivas, mas como objetivos a serem  perseguidos;
Aprendi que a realidade da vida tem tudo a ver com a forma como eu a vivo;
Aprendi que a realidade lhe rouba os sonhos e projetos;
Aprendi que ter sonhos roubados deixa vazios, mas que se preenchidos, a vida cresce e a felicidade acontece;
Aprendi a aceitar o que tenho sem dar asas às mágoas e rancores;
Aprendi que o passado só é importante pelo aprendizado que me deu e pela identidade que me forjou;
Aprendi a amar, a respeitar e compreender as pessoas que me fazem bem;
Aprendi que não posso e não devo aprisionar as pessoas que me fazem bem, tal como eu sou livre elas também são livres;
Aprendi que se desejo ter essas pessoas que considero importantes ao meu lado, devo eu me comunicar sempre com elas;
Aprendi que a solidão existe, mas ela é uma opção minha;
Aprendi que é importante ser solidário;
Aprendi a valorizar o que tenho e ser feliz com aquilo que tenho, pois isso me dá PAZ;
Aprendi, então, que a PAZ, é o meu bem mais precioso.


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Dê-me.....

"Dê-me, Senhor,
agudeza para entender,
capacidade para reter, 
método e faculdade para aprender,
sutileza para interpretar, 
graça e abundância para falar.

Dê-me, Senhor,
acerto ao começar,
direção ao progredir 
e perfeição ao concluir".

Santo Tomás de Aquino

domingo, 15 de setembro de 2013


Hoje eu quero apenas agradecer, sua visita em meu Blog é muito importante, um incentivo.....Uma companhia constante...

Que a PAZ e a LUZ reine em seu dia!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

QUERER, MERECER, PRECISAR

Vivo dilemas diariamente...
Quero coisas...
Mereço as coisas que quero?
Preciso dessas coisas?
Esses dilemas remetem-me à minha formação, à minha maturidade. Questiono as minhas idades... Quantos anos tenho biologicamente? Qual e a minha idade psicológica?
A escola da vida tem muito a me ensinar. À medida que cresço fisicamente, preciso crescer psicologicamente. Independente da educação que tive de meus pais, não posso me manter infantil à vida inteira.
Vida é luta...
Vida é construção de ideais a serem atingidos...
Vida são escolhas de caminhos para atingir tais objetivos.
Vida é merecimento... Pois, luta pode levar à conquistas, vitorias, merecimentos... Isso me dá o direito de querer coisas pelas quais lutei.
Mas a minha maturidade me orienta se realmente preciso dessas coisas.
Aí, então, meus dilemas começam a ser desconstruídos e redefinidos. A minha luta pela vida, aliada à busca consciente dos meus objetivos, as vitórias, os direitos, as conquistas e a certeza gerada pela maturidade, de que vou buscar aquilo de que realmente preciso. E ainda, recomeçar, reorganizar quando algo dá errado e recomeçar, sem jamais perder as esperanças em minhas próprias forças. Tudo está em minhas mãos.
Por fim, no horizonte da minha vida está o pós-carreira, isto é, como vou viver quando a minha vida produtiva terminar, tendo inicio a Terceira Idade ou a Melhor Idade, Nesse futuro deverei ter saúde, alegria, o senso do dever cumprido e uma poupança programada para que esses dias sejam realmente os melhores de minha vida.



quarta-feira, 11 de setembro de 2013

À BOCA FECHADA

Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.

Palavras consumidas se acumulam,
Se represem, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.

Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.

Nem só todos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos

Só direi:
Crispadamente recolhido e mudo
Não poderá morrer sem dizer tudo.

(José Saramago)

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A IDADE DE SER FELIZ



“Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-las e despeito de todas as dificuldades e obstáculos. Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente desfrutar tudo com toda intensidade sem medo, nem culpa de sentir prazer. Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida, a nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito e sem pudor. Tempo de entusiasmo e coragem em que todo os desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.”

(Mário Quintana)

domingo, 8 de setembro de 2013

LUZ

O sol acaricia o dia
Com sua luz
Propiciando-lhe vida...
E calor.

A lua, quando plena,
Abraça a noite límpida
Fazendo-a iluminada...
E brilhante!

Assim é o meu amor:
Sol que acaricia,
Lua que faz brilhar
Vida da minha vida
Sonho para os meus sonhos
A maravilha
Que faz a alegria
E a esperança,
Sem ilusão,
De um mundo feliz!

(J.Gonçalves)


sábado, 7 de setembro de 2013

A INDIFERENÇA

 “O que mata um jardim não é o abandono. O que mata um jardim é esse olhar de quem por ele passa indiferente. E assim é com a vida, você mata os sonhos que finge não ver.” (Mario Quintana)


 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

CANÇÃO DO AMOR-PERFEITO

Canção do Amor-Perfeito



Eu vi o raio de sol
beijar o outono.
Eu vi na mão dos adeuses
o anel de ouro.
Não quero dizer o dia.
Não posso dizer o dono.

Eu vi bandeiras abertas
sobre o mar largo
e ouvi cantar as sereias.
Longe, num barco,
deixei meus olhos alegres,
trouxe meu sorriso amargo.

Bem no regaço da lua,
já não padeço.
Ai, seja como quiseres,
Amor-Perfeito,
gostaria que ficasses,
mas, se fores, não te esqueço.

Cecília Meireles

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

AMAR É ISSO.....



"EU ME DEIXO CONDUZIR PELA FELICIDADE; 
JÁ NEM CONTO OS MOMENTOS FELIZES;
NEM MESMO SEI SE O TEMPO ESTÁ PASSANDO;
AGORA COMPREENDO O CÉU."
(F.Ozanam)