segunda-feira, 30 de setembro de 2013

VIVENDO UM GRANDE AMOR


Viver um grande amor significa estar frente a frente com desafios inesperados. Conquistar o amor de uma pessoa e transformá-lo num “grande amor” é não tomar posse, ser o dono e trancá-lo numa camisa de força.

Foi o tempo “das metades que se completam”. Vivemos a era dos inteiros que se juntam para caminhar lado a lado, mirando um único horizonte. Os inteiros se somam.

Os inteiros se somam, agregando forças e valores e essas qualidades ficam ainda mais poderosas porque as pessoas mantém suas individualidades e se respeitam. É lógico que aqueles aspectos românticos permanecem: a fidelidade, os gestos de carinho, a preocupação com o bem estar do outro, as pequenas surpresas que geram alegria e felicidade. Porém, há o respeito pela liberdade, pelos amigos, pela maneira de ser do outro.


Para que se viva um grande amor não precisa renunciar à sua essência, não deve se aniquilar para que o outro seja feliz, transformando-o num troféu de conquista.

O respeito é mútuo. A alegria de um é a alegria do outro. As vitórias são comemoradas a dois e as dificuldades superadas pelo diálogo constante. A transparência é a chave e as mentiras riscadas definitivamente do dicionário, da mente, das atitudes e das possibilidades.

Os amigos de um são amigos do outro. Com isso a agregação de valores é muito maior. O ciúme é uma possibilidade, mas é uma energia que deve ser canalizadas para o bem do outro, para sua proteção, não para sua submissão e aniquilamento. Se isso acontecer, com certeza absoluta esse grande amor deixa de ser e de existir e a relação se transforma em saudade.

Viver um grande amor é, como sempre foi, amar sem medida. É amar o outro por inteiro, respeitando sua liberdade. Um amor assim é muito forte e tem muito mais possibilidade de se eternizar.

O amor não é posse. O amor é construção do outro. Obra conjunta, a dois. Um entra inteiro e cresce; o outro entra inteiro e cresce na mesma medida.

Mas, viver um grande amor assim é um desafio, porque vai exigir de cada um o grande esforço do autodomínio da sua arrogância, do seu egoísmo, do seu sentimento de superioridade, do seu “nariz empinado”, do seu “querer se aparecer”. Dominar o seu medo, o seu ciúme, o seu machismo retrógrado, o seu sentimento de posse.

Viver um grande amor é ter a certeza de que o outro está ao seu lado por opção, por liberdade de escolha e é feliz por isso.


Assim, ninguém segura essa felicidade!

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