quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

HUMANIZAR-SE



“Hoje, sorria para um desconhecido. Esta poderá ser a única alegria que ele terá neste dia...

Esta é uma frase que tem circulado nas redes sociais, frase atribuída ao Papa Francisco. Em minha opinião traduz um pedido e uma preocupação do Pontífice com a excessiva desumanização que está ocorrendo no mundo de hoje.

Há um grande movimento para se viver, especialmente consumir. A tecnologia está presente na vida das pessoas, facilitando-lhes a vida. Ao facilitar a vida das pessoas, a tecnologia as torna suas reféns. É por isso que percebemos em todos os lugares muita gente com um equipamento nas mãos, conectadas aos seus ouvidos. Gente que olha fixamente para a  tela desses aparelhos, mas que permanecem desconectadas ao que está acontecendo ao seu redor.

Conexão e desconexão. Conexão com o mundo virtual, isolamento, fechamento, cabeça baixa, redoma de vidro. Desconexão com o mundo real, desumanização. Volta à barbárie.

Para sorrir, para cumprimentar alguém, é necessário levantar a cabeça, religar-se, encarar o outro olho no olho. Humanizar-se é comunicar-se, criar laços, estar disponível, romper o isolacionismo tecnológico.

Humanizar-se é estar pronto para dirigir uma palavra amiga. Desejar um “bom dia”... Um “bom trabalho”... Um “ que Deus o abençoe e o guarde”... Um “seja feliz sempre”... Um “que bom revê-lo ou revê-la”...

Sorrir é o melhor presente que uma pessoa pode oferecer à outra. É gratuito e vem do coração humano. Por isso sorrir é humanizar-se!

E o mais importante de tudo é que qualquer gesto de bondade, de humanidade, de altruísmo, volta na mesma intensidade. Com o passar do tempo esse retorno dobra. A pessoa se torna muito mais feliz e quase não se dá conta que foi a partir de pequenos gestos que a construção da felicidade começou.

É bem diferente do que vai acontecer com as pessoas centradas em si mesmas, fechadas em seu mundo, cabisbaixas, tristes, chatas, arrogantes, metidas, senhoras de seus destinos simplesmente porque estão dotadas de tecnologia, plugadas no mundo virtual, mas irremediavelmente solitárias.

Que pena!


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