sexta-feira, 6 de junho de 2014

A COISIFICAÇÃO DAS PESSOAS

Muito se fala sobre o amor, sobre o amar e o ser amado, sobre o amor em tempos de mudanças, sobre o amor desvinculado dos valores humanos (contradição?), sobre a banalização do amor, sobre o conflito entre o amor e o sexo.

Há quem diga que o amor à moda antiga, de fato, hoje, se fosse concreto, seria peça de museu. Polêmica? Nem tanto... Banalização, sim. As relações humanas estão pautadas pelo imediatismo, pela superficialidade, algo parecido como todas as coisas hoje em dia: descartável. Não deu certo? Larga-se, vai p’ra outra. Aventuras, aventuras, aventuras...

E os sentimentos? Ah! Isso é coisa de museu! Ledo engano... As banalidades, as vulgaridades, os superficialismos, os artificialismos, geram, isto sim, vazios nas almas... Pessoas saudáveis fisicamente, malhadas, torneadas, bronzeadas, sobrancelhas em alinhamento com o rosto, cútis bem cuidadas, mas tristes, solitárias, ansiosas, olhos perdidos no horizonte... Estresse à vista...

O consumismo como panacéia, fazendo a alegria dos capitalistas... A coisificação das pessoas é o grande mal do mundo atual. Ninguém percebe. Essa constatação apenas acontecerá no futuro, sendo, então um dos grandes desafios para os historiadores sociais.

Pessoas existem para amar e serem amadas... O amor é nobre, humaniza o divino e diviniza o humano, mesmo que os pragmáticos torçam o nariz. Não dá para fugir da beleza do amor da mãe que amamenta o seu filho. Dos olhares brilhantes dos adolescentes que se descobrem amando. Das mãos que sobrepõem complementando as promessas de amor eterno. Não, não dá para esconder a importância do amor, como essência humana.

Coisas são objetos de consumo.  Estas são manufaturadas para servirem às pessoas, como utensílios necessários para o desenrolar da vida. Não são feitas para serem acumuladas, guardadas como troféus supérfluos e depois de algum tempo transformadas em lixo.

Porém, como já está provado que quem está inserido no paradigma não o percebe e dele não se dá conta, o mundo atual continua com os valores invertidos. E essa é a fonte do caos reinante. As pessoas permanecem sendo usadas e as coisas mais amadas que nunca.

Durma-se com um barulho como esse!



Imagem: Google

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