sexta-feira, 20 de junho de 2014

ESPANHA ELIMINADA!

“Nada amassa mais os louros do que deitar eles!”.
(Autor desconhecido)

A seleção espanhola veio para a Copa do Mundo, como um das favoritas, apesar de ter perdido a Copa das Confederações, exatamente para o Brasil no ano passado. Havia até certa arrogância. Internamente, a última temporada fora emocionante. Os jogos com os estádios lotados e seus clubes participando das finais dos principais torneios da Europa.

Em várias oportunidades o mundo parou para ver Barcelona, Real Madrid e Atlético de Madrid em campo. Exemplos de belos espetáculos.

E começa a Copa do Mundo do Brasil. Expectativa altíssima do primeiro jogo da Espanha, exatamente contra a Holanda. Uma partida, no mínimo equilibrada. E deu no que deu. Holanda 5, Espanha 1. Decepção espanhola total. Todas as bolsas de apostas entraram em colapso. Mas teria sido apenas um mau começo, um susto!

Veio o segundo jogo, contra o Chile. Resultado: derrota de 2x0 e a eliminação. Agora é a vez dos urubus detonarem o boi morto. Muitos “entendidos” em futebol darão seu veredicto.

Mas a situação é bem simples. A Espanha é vítima do capitalismo no futebol. Como foi fito na postagem de ontem, futebol não é uma ciência exata, mas humana, pois ele é feito de gente para gente, e sujeito às variantes, às incertezas, e à imponderabilidade do fator humano.

O futebol espanhol é feito por estrangeiros. Seus clubes, fortemente capitalizados contratam os melhores jogadores em todas as partes do mundo. Formam verdadeiras seleções, imbatíveis e que fazem a alegria de seus torcedores.

Porém, quando convocados esses jogadores vão para seus países, onde são considerados heróis e salvadores da pátria, mas não passam de jogadores normais, e sozinhos, pouco ou nada podem fazer. Salvo raras exceções.

A Espanha é uma seleção envelhecida! E percebe-se que sem a “legião estrangeira” ela fica desarmada e desarrumada. Mas fica claro o desdém em relação á renovação de valores. Em todos os sem tidos da vida é preciso a “oxigenação”, isto é idéias novas, novos valores, novos métodos e fundamentalmente investimento nas categorias de base. Não esperar que os outros países façam isso, pois esses novos valores vão defender as suas seleções de origem.

E uma lição que deve ser aprendida não apenas pela Espanha, mas por todas as seleções. Renovação. E não “deitar sobre os louros”... E confiar nas forças do passado (peças de museu).

A Copa do Mundo vai muito além da geração de lucros para quem quer que seja. Ela é uma manifestação de civismo, de nacionalismo, de alegria, de emoção. Mexe com as estruturas.

É certo que um só será o vencedor, mas a sensação de ter desempenhado um bom papel fica bem melhor do que vivenciar um terrível vexame.


Imagem: Google


Nenhum comentário:

Postar um comentário