quarta-feira, 18 de junho de 2014

BRASIL EMPATA COM O MÉXICO

Futebol, uma ciência humana...

Copa do Mundo de 2014. A Holanda massacra a Espanha (5x1), a Costa Rica ganha do Uruguai (3x1), a Alemanha surpreende a França (4x0) e o Brasil acaba de empatar com o México (0x0). Quem contava com a lógica, a lógica não apareceu. Futebol é surpreendente. É uma ciência não exata, mas humana.

Futebol é um divertimento, um momento em que pessoas se juntam para “correr atrás de uma bola” e assim praticar alguns exercícios físicos, ou na pior das hipóteses, eliminar pelas glândulas sudoríparas parte da cerveja tomada anteriormente.

A grande mudança foi a profissionalização. A partir de então o amadorismo, isto é, a pratica do esporte pelo esporte foi substituída pelo dinheiro. Surgem então as superestruturas: os clubes, as federações regionais, a confederação nacional e a federação internacional, mais conhecida como FIFA. Tais superestruturas precisam ser mantidas pelo dinheiro, pelos patrocinadores, pela grande mídia. Os jogadores, seus praticantes não passam de meros instrumentos dessa engrenagem toda. E tem um período de produtividade muito curto. Logo são substituídos.

Porém, nem por isso o futebol deixou de ser uma paixão nacional, não só no Brasil como em todas as partes do mundo. O futebol como esporte amador continua a ser praticada nas periferias e nas “escolinhas” (outra fonte de renda dos empresários, que nada mais são que mercadores de jogadores potenciais).

Já nos clubes, especialmente os de ponta, sustentados por mega-empresários, os atletas são treinados “cientificamente”, monitorados por equipamentos de última geração, com o objetivo de transformá-los em superatletas ou super-homens, capazes de alto rendimento nos gramados.

Fora dos gramados, especialmente na Europa, os ingressos são vendidos a peso de ouro (ou de euro) para a temporada toda. Isso possibilita, em conjunto com os grandes investidores as transações de atletas cada vez mais bilionárias. O futebol ganha características de um grande empreendimento, tendo à frente sua maior mantenedora, a FIFA.

São milhares de praticantes do futebol em todo o mundo. Milhares que sonham com a fantasia dos grandes clubes, das grandes fortunas, do corpo perfeito, da possibilidade de ser o melhor do mundo e poder estar na mídia e faturar cada vez mais.

Mas o futebol é humano. É criatividade... O humano é alma, é sentimento, é expectativa, é medo, é tensão... Pode ser até condicionamento físico, saúde perfeita, mas jamais é condicionamento psicológico.

Futebol é um jogo. Numa partida há três resultados possíveis: vencer, perder ou empatar. Há um campeonato, um torneio, uma copa... Durante a disputa só time sairá vencedor, exatamente a equipe que estiver mais bem preparada, física, mental e emocionalmente (... E com uma boa dose de sorte).

E o que aconteceu com o Brasil ontem? Milhões de opiniões a parte, os jogadores brasileiros estavam preparados cientificamente para vencer. Os mexicanos também. Esqueceram a criatividade.

Ciência ajuda a dominar a natureza, mas não melhora a criatividade, nem mesmo o dinheiro, ao contrário, castra-a... E deu no que deu.


Imagem: Google

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