quinta-feira, 26 de junho de 2014

VIAJAR


(Isto é Recife - Pernambuco - Brasil)

Ah! Como é bom viajar! Sair da rotina, conhecer novos lugares, outras pessoas, outras culturas, sítios arqueológicos e históricos, monumentos, lugares exóticos... Dar a volta ao mundo...  Fazer fotos, muitas fotos e postá-las nas redes sociais e, assim, tornar-se importante, poder contar vantagens...

Bom, muito bom...

O crescimento pessoal obtido numa viagem, especialmente ao exterior, são, talvez, o grande benefício. Resta saber se quem viaja está preocupado com isso. A vida, enfim, é um processo de aprendizado constante, dia após dia, num processo formiguinha. O dia seguinte  deverá sempre ser melhor que o anterior, para que a vida não caia na mesmice e não seja dominada pela rotina. Uma viagem também entra nesse processo de aprendizado e de crescimento pessoal.

É importante, também, refletir se não seria legal conhecer primeiro o país onde reside, para depois partir para exterior. O Brasil é um país gigante, continental, com diferenças regionais em termos de cultura, de modo de falar, de culinária, de organização urbana, de pontos turísticos específicos. 

No Brasil, há em andamento uma crise de identidade. O brasileiro não ama o seu país como os habitantes dos outros países amam os seus. Lá fora o civismo é forte, o orgulho nacional e a defesa dos seus valores também  o é. É muito comum se portar bandeiras e símbolos nacionais, cantar seus hinos, mesmo fora de momentos especiais. Lá todos conhecem sua história, seus construtores da pátria, seus heróis. Por aqui não. 

Viajar é conhecer... Viajar pelo Brasil é conhecê-lo. Muito mais que tirar fotos e postá-las, é amá-lo, para defendê-lo ter orgulho de ter nascido nele e nele viver e construir seu sucesso e felicidade.

Amar o seu país é se conformar com suas diferenças socioeconômicas. Não é aceitar a corrupção, a violência em todas as suas formas, as desigualdades urbanas, a existência das favelas, a prepotência dos meios de comunicação, a falácia e a falência da educação. Não é nada disso.

Amar o seu país não é fazer uma revolução violenta, mas ter a consciência do quão belo ele e, na mesma medida, portador de tanta pobreza, abandono, diferenças, alheamento e ignorância. É ter a coragem de falar sobre isso de formar clara e objetiva, tanto no olho no olho, como nas redes sociais.

Viajar é conhecer gente... É vencer os preconceitos... Depois do Brasil, alô mundo... Estamos chegando!

(Mas se a maioria quer fazer diferente e deixar o Brasil para depois, tudo bem... Direitos respeitados).


Imagem: Google


Nenhum comentário:

Postar um comentário