quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

O MUNDO ESTÁ EM CHAMAS


No final do Século XIX, um chefe indígena americano, contemplando as planícies que os homens brancos tomaram na chamada “Marcha para o Oeste” ou na “Corrida do Ouro”, disse uma frase muito séria: “...Quando os últimos animais da terra se forem, os homens brancos sentirão um grande vazio na alma, pois terão a certeza de que o que aconteceu com os animais, em breve acontecerá com eles mesmos”.

Os índios certamente já sentiam esse vazio, pois estavam sendo dizimados, como de fato o foram.

Hoje percebemos certo pânico com a destruição da natureza. Água sumindo, animais desaparecendo, calor excessivo, cidades entupidas de gente e carros...

O governo desorientado, só sabe mesmo subir impostos... Pequenas ditaduras.

O planeta está em chamas... Atentados, guerras, medos pelo mundo... Medos e insegurança quanto à qualidade de vida no Brasil. Os animais silvestres, essenciais pelo equilíbrio natural estão quase extintos. Sem alimentos nas florestas cada vez menores, esses animais (alguns) tentam alimentos nas áreas urbanas e depois desaparecem, mortos não se sabe como...

Os rios secos... As represas em índices zero... Inicio dos apagões... Um país historicamente rico em águas, agora tem de importar energia da argentina (aconteceu esta semana).

Erros de gestão a longo prazo. Coisas de políticos, não de estadistas. Políticos não constroem infraestrutura que desaparecem depois de pronta, mas elefantes brancos, como os estádios de futebol, projetados para 40 ou 50 mil pessoas, quando na verdade, são freqüentados por menos de duas mil. Milhões que renderam muitos holofotes durante a Copa de 2014, aliás, com uma apresentação pífia da seleção brasileira.

A zona rural brasileira, sempre foi mal dividida: 75% das terras produtivas (que não produzem) nas mãos de 25% dos mais ricos e 75% dos pequenos produtores (corajosos) trabalhando em 25% das terras efetivamente produtivas. Roger Bastide chamou este país de “Terra de Contrastes”... Diríamos: “Terra de Ignorantes Políticos”...

Delfim Neto disse recentemente na Rádio Bandeirantes: “...O Brasil é um país miserável em termos de infraestrutura”. O Rádio continua sendo uma bela fonte de informação e de formação. Infelizes dos surdos (ou melhor, desinteressados).

O mundo está em chamas. O país está em chamas e à deriva. Vamos terminar com uma reflexão de Bertolt Brecht: “Do rio que tudo arrasta diz-se que é violento. Mas nada se fala da violência das margens que o comprimem”.

Irônico, não? Ou um alerta real, verdadeiro, apocalíptico...



Imagem: Google

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