quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

FILHOS: PONTOS E CONTRAPONTOS

Os filhos são os nossos melhores presentes. São bênçãos de Deus em nossas vidas. Ninguém nega isso. Ninguém nega esforço para tê-los, vê-los crescer, educá-los, crescerem, se tornarem adultos e obterem sucessos em suas vidas.

Invariavelmente eles voam antes da hora. Procuram outros ninhos, caminhos, muitas vezes diferentes dos que para eles fizemos planejamentos.

Criar filhos tem seus pontos e contrapontos.

Muitos de nós nem admitimos os filhos longe, queremos vê-los sempre por perto, queremos protegê-los, não gostaríamos vê-los crescidos... Embora com isso a gente jamais concorde racionalmente.

Há mães que se tornam o terror de seus filhos e filhas. Não largam de seus pés. Há pais que desprezam suas filhas porque esperam filhos homens.  Outros pais querem seus filhos à sua cara, com os mesmos valores e defeitos. Algo quase impossível. Muitos só perceberão seus erros e exageros quando tornaram a vida deles um inferno e as modificaram para sempre.

Pontos e contrapontos... Muitos pais criam seus filhos com equilíbrio, dando a eles bons exemplos, mostrando caminhos com responsabilidades, inclusive da religiosidade. O quê eles serão no futuro, o serão a partir de suas próprias escolhas, cujas sementes foram plantadas na base dos relacionamentos com os pais.

Pontos e contrapontos... E os filhos, que seguindo modas recorrentes e inerentes às suas idades, dão de ombros aos conselhos e alertas de seus pais. Literalmente batem asas e só voltam para suas casas muito tempo depois com as asas quebradas e esperando de seus pais o abraço necessário para o recomeço. Mas, aí contam o tempo, a saúde, as feridas não cicatrizadas.

As famílias já não existem.  Pais e mães morreram ou partiram para novos relacionamentos. Mas corações deles são insondáveis. Os acolhimentos ocorrem, sem que isso cure as feridas.

Alegria nos rostos, o abraço dos netos... Nos contrapontos a falta de reconhecimento, ingratidão, os limites intransponíveis...

No ponto, o mesmo amor, os mesmos sentimentos, as mesmas esperanças... No contraponto, a fragilidade e a incapacidade de ação.

No ponto, pais felizes pela realização dos filhos... Modelos irretorquíveis e irretocáveis... Peitos empolados... Consciência tranqüila pelo dever de pais inteiramente cumpridos. No contraponto, há! No contraponto, o tempo que ficou no tempo e sentimento de vazio pelo dever de pai não cumprido...

No ponto corações plenos e merecidamente transbordantes... No contraponto.... Sem contrapondo! E os filhos continuam sendo nossos melhores presentes, da vida e de Deus.

Pena que a vida é apenas uma...



Imagem: Google

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