Estive pensando seriamente sobre um assunto
que está sendo muito comentando ultimamente (parecendo até chique, quando
envolve as celebridades da grande mídia).
Mas é um assunto sério, pois é uma doença que
vem se alastrando pela sociedade, acometendo pessoas de todas as classes
sociais, exigindo uma atenção muito forte de pais, parentes, cônjuges, amigos e
autoridades da área da saúde pública.
“As compulsões, comportamentos compulsivos ou aditivos
são hábitos aprendidos e seguidos por alguma gratificação emocional,
normalmente um alívio de ansiedade e/ou angústia. São hábitos mal adaptativos
que já foram executados inúmeras vezes e acontecem quase automaticamente”, Diz o Dr. Geraldo
Ballone.
Ele continua: ”Diz-se que esses comportamentos compulsivos são mal adaptativos
porque, apesar do objetivo que têm de proporcionar algum alívio de tensões
emocionais, normalmente não se adaptam ao bem estar mental pleno, ao conforto
físico e à adaptação social. Eles se caracterizam por serem repetitivos e por
se apresentarem de forma freqüente e excessiva. A gratificação que segue ao
ato, seja ela o prazer ou alívio do desprazer, reforça a pessoa a repeti-lo,
mas, com o tempo, depois desse alívio imediato, segue-se uma sensação negativa
por não ter resistido ao impulso de realizá-lo. Mesmo assim, a gratificação
inicial (o reforço positivo) permanece mais forte, levando a repetição”.
Compulsão (ou compulsões, pois são muitas),
envolve alterações comportamentais, com consequencias na deterioração física,
na desorganização da família, no comprometimento da carreira profissional, na
área financeira e na evolução crescente da desintegração psicológica.
Quanto a sua origem, podemos citar dois
aspectos:
1. Ela começa acontecer com os exageros e
descontroles praticados em uma ou mais atividades da vida cotidiana. Serão
citadas mais abaixo.
2. Sua
origem (aí se entra no terreno das hipóteses) mais remota está nas várias fases
da infância, e até mesmo na vida intra-uterina, quando alguma coisa de errado
aconteceu com a pessoa e a marcou para sempre. Rejeição, tragédias, bullyng,
doenças graves, estão entre os principais fatos que os estudiosos comentam como
possíveis geradores da compulsão, que pode se instalar a qualquer momento.
Listar as compulsões não é tarefa fácil. Aqui
seguem algumas:
Compulsão por compras
Compulsão por drogas
Compulsão por limpeza
Compulsão por sexo
Compulsão por jogo
Compulsão por trabalho (os workaholics)
Compulsão por atividade física exagerada
Compulsão por comida
Compulsão por não comer
(E tantas outras...)
As pessoas compulsivas por trabalho, as
workaholics, são severas, isoladas, inflexíveis, perfeccionistas, amargas e
exageradamente “realistas”. Tais características também são encontradas em
pessoas com algumas das demais compulsões.
A Compulsão tem cura. Mas a pessoa acometida
por ela, geralmente conhecida como TOC – Transtorno obsessivo-compulsivo, não
consegue sair dela sozinho. Precisa de ajuda. E as pessoas que convivem com
ela, também. A área da medicina que trata desses casos é a Psiquiatria, que em
casos extremos receitam medicamentos antidepressivos. A Psicologia também
trabalha muito nesses casos, pois ajuda a pessoa buscar em sua essência as
causas remotas da Compulsão e tratá-las.
A ajuda e colaboração das pessoas próximas
também é importante. Mas precisa ser uma ajuda séria, construtiva, amiga e
amorosa, sempre de acordo com os parâmetros dos psiquiatras e psicólogos.
Na internet há muitas informações sérias a
respeito da Compulsão.
Tenho esperança de que as pessoas compulsivas
venham a encontrar os caminhos para que sua vida seja normal e feliz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário