Fagner, sobre poema de Florbela Espanca
Minh’alma, de sonhar-te perdida
Meus olhos andam cegos de te ver
Não és sequer a razão do meu viver
Pois que tu és já toda minha vida.
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu a amor a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história, tantas vezes lida!
“Tudo no mundo é frágil, tudo passa...”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina, fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como deus: princípio e fim!
Eu já te falei de tudo, mas tudo isso é
pouco,
Diante do que sinto
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