Não é
fácil falar de perdão.... Se não é fácil falar, mais difícil ainda exercitá-lo.
Exige um enorme esforço para a superação de si mesmo... Só quem já foi
ofendido, principalmente por pessoas próximas, parentes e amigos tidos como
verdadeiros, sabe o quanto de dor inunda a sua alma.
O
perdoar, um ato de esquecer as ofensas recebidas, uma necessidade fundamental
para nossa vida. Não perdoar significa permanecer escravo da pessoa ofensora.
Enquanto a gente permanece remoendo aquela ou aquelas ofensas essa pessoa
continua fazendo parte de nossa existência, onde e quando a gente estiver.
O
perdão é o caminho para eliminar as feridas da nossa alma. Jamais vai existir
um tratamento médico ou psicológico, ou
mudar de religião, ou ler livros de auto-ajuda, que possam curar tais
feridas. Eles farão de tudo, nos intoxicarão de remédios, de muitas
conversas... Nada vai acontecer... A não ser que aconteça o perdão, a partir de
uma atitude sua, própria, consciente de perdoar. Então, antes de investir
dinheiro nesses tratamentos, é bom pensar em praticar o perdão. Com isso, tudo
ficará mais fácil. É impossível ter uma vida (emocional, espiritual e física)
saudável, cultuando mágoas e ressentimentos. Perdoar é a única maneira de
ficarmos livres, quebrando os elos que nos unem e nos prendem ao passado.
Quem
não perdoa, não pode esperar perdão. “Querer
ser perdoado, sem querer perdoar, além de incoerência é crueldade premeditada”
(Pe. Zezinho).
O
perdão tem o dom de curar os relacionamentos doentes.
O
exercício do perdão é também um exercício de sinceridade, de generosidade, de
doação. O maior beneficiado é quem perdoa. Menos quem é perdoado. Este muitas
vezes nem fica sabendo, pois ou já morreu ou está muito distante no passado, ou
muito longe geograficamente. Se estiver por perto melhor ainda. Gera paz, de
espírito e de consciência. É gesto de amor, o amor no melhor sentido da
palavra: o amor-ágape.
Todas
as religiões têm o perdão como um dos elementos fundamentais de seus
ensinamentos. E evocam os seus fundadores como exemplos máximos do exercício do
perdão. É o caso de Jesus Cristo, que assumiu em sua vida todas as ofensas da
humanidade. Como homem foi corajoso. Como Deus, cumpriu sua missão.
Quando
a gente perdoa somos mais ou menos isso. É preciso coragem, ter fé,
especialmente quando o nosso perdão significa o esquecimento completo e
definitivo das ofensas, nada exige do ofensor e o expressa não só por palavras,
mas com atos concretos.
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